João Campos é nada mais nada menos do que o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), integrante da famosa "Bancada Evangélica", com grande poder de fogo, por ser a 4ª maior bancada, dentre as 17 bancadas suprapartidárias existentes no Congresso Nacional. Estão lá para fazer patrulhamento contra toda e qualquer lei que contrarie os "princípios religiosos" por eles defendidos. E normalmente conseguem, por meio da obstrução e/ou barganha de votos, já que fazem parte da base aliada do governo. Será que expurgar essa turma da política não melhoraria um pouquinho mais as coisas? Pesquisa do site "Transparência Brasil" revela que esta é a pior bancada do Congresso e também a mais ausente, inexpressiva e processada. Quase todos os seus deputados respondem a processos e 87% deles estão entre os mais inexpressivos do DIAP e só apresentaram um projeto de valor de expressão, com benefícios para o país. Então, por que se julgam tão especiais e gozam de tantos privilégios? Será pelo temor de enfrentá-los, em função do grande número de votos de eleitores que representam? Provavelmente sim.
O que se pode fazer?
A questão já foi colocada. Cabe agora à nação, agir. E só existem dois meios: a lei (???) e o protesto. Pela lei, e arguindo-se o direito de igualdade, poder-se-ia argumentar que o privilégio é incabível porque favorece uma categoria especial de pessoas, em detrimento de outras. Por analogia e direito de igualdade, as associações que representam gays, os afrodescendentes, os ateus e agnósticos, por exemplo, deveriam ter os mesmos privilégios legais, já que a situação é a mesma: são segmentos da sociedade organizados em forma de associações. De ressaltar, que estes sim, são minorias discriminadas; os religiosos, não. Pelo contrário, eles são maiorias. Que país bagunçado é este, sem critérios, sem justiça, sem direito de igualdade? Se o país é laico, por que os irreligiosos não têm os mesmos direitos e não gozam de qualquer proteção legal?
A matéria original dos IRRELIGIOSOS trata o deputado João Campos (PSDB-GO) como "PERIGOSÍSSIMO" POR SER EXTREMAMENTE FUNDAMENTALISTA E INFLUENTE, exerce patrulhamento ostensivo com a "BANCADA EVANGÉLICA" contra todo e qualquer projeto que não seja do seu interesse. É autor da PEC 99/11 que pretende dar poder as igrejas e organizações religiosas para propor ações de inconstitucionalidade pelas decisões tomadas pelo STF. Com isso ofende a laicidade brasileira e institui-se o Estado Teocrático.
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