sábado, 28 de fevereiro de 2015

O impeachment de Dilma Roussef e o discurso oportunista de Marconi Perillo (PSDB).

Tem ganhado corpo a tese do impedimento da Presidente Dilma Roussef. O aprofundamento das investigações do escândalo do Petrolão tem respingado no PT e a tendência é arrastar Dilma para o centro do maior esquema de corrupção que se tem notícia na história contemporânea do Brasil. As delações premiadas, conseguidas com anuência da justiça, já revelaram que o PT recebeu mais de R$ 200 milhões do propinoduto instalado na Petrobrás. O rombo na estatal e a consequente perda de valor de mercado da maior empresa brasileira, podem sim, tecnicamente falando, culminar com um pedido de impeachment da Presidente. A oposição se prepara e convoca o povo, que já marcou data e hora para uma grande manifestação em favor da cassação de Dilma Roussef, o que colocaria fim ao ciclo petista no Brasil. Aqui em Goiás, instado a se manifestar, Marconi Perillo (PSDB), governador do estado, joga pra plateia e posa de vestal republicano, defensor da democracia e do estado de direito. "Eu não defendo essa tese do impeachment, do golpe", teria dito durante a abertura do II Congresso Estadual Ordinário da União Geral dos Trabalhadores no Estado de Goiás (UGT), no último dia 25. Ao chamar o movimento pró-impeachment de Dilma de golpe, Marconi, na realidade, advoga em causa própria. Assim como Dilma, Perillo enfrenta um mal explicado processo de rombo nas contas públicas do estado de Goiás. O recente bilionário perdão fiscal concedido à JBS, de Júnior Friboi, seu aliado nas últimas eleições, é outro imbróglio mal explicado. A venda da CELG por apenas 0,6% do seu valor de mercado, é outro ponto nevrálgico da administração tucana em Goiás, sem falar que seus processos continuam tramitando no STJ, inclusive aquele que apura seu envolvimento com o esquema comandado por Carlos Cachoeira, desbaratado pela PF em fevereiro de 2012, que entre outros, foi motivo para a cassação do ex-senador Demóstenes Torres. Um hipotético impeachment de Dilma Roussef poderia colocar o tucano goiano como a bola da vez. A defesa que Marconi faz do mandato de Dilma nada tem a ver com espírito democrático que ele diz ter, mas uma defesa de seu próprio mandato. O impedimento de Dilma representaria um real perigo pra todos aqueles que agiram locupletando-se do erário em detrimento dos mais comezinhos interesses sociais. Se o PT sofresse essa medida capital, iria, com sangue nos olhos, atrás de todos os tucanos passíveis da mesma medida. Com certeza Marconi seria o primeiro tucano da lista. Com rombo de mais de R$ 1,3 bilhões na contas do estado, uma dívida consolidada de mais de R$ 22 bilhões, dívidas com prefeituras que já ultrapassam R$ 120 milhões, doações de campanha de R$ 2 milhões recebidas das empresas Odebrecht e OAS, envolvidas no Petrolão, são alguns fatos atribuídos a Perillo que poderiam servir ao contra-ataque petista em caso da tese do impeachment de Dilma Roussef de fato se materializar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Autódromo de Goiânia: Marconi Perillo quer retirar nome de Ayrton Senna para homenagear governador biônico.

Imbuído no propósito de homenagear seu aliado político, Marconi Perillo (PSDB), Governador de Goiás, está prestes a cometer uma grande indelicadeza ao maior nome do automobilismo mundial de todos os tempos, nosso querido, saudoso e inestimável Ayrton Senna. Não obstante a ilegalidade da sua pretensão, Marconi Perillo, em carta publicada no último dia 25/02 no Jornal Diário da Manhã, diz que irá rebatizar o Autódromo Internacional de Goiânia, que leva o nome do maior ídolo brasileiro, morto em maio de 1994 num terrível acidente no circuito de Imola, na Itália. Marconi pretende, como ele próprio diz, dar à praça esportiva goiana o nome do ex-governador biônico de Goiás, Ary Valadão, indicado pelos militares para o governo de Goiás no período de 1979 a 1983. Não se tem notícias de algo relevante feito em Goiás por obra do pretenso homenageado. Cria da ditadura, Ary Valadão é uma figura folclórica em Goiás, tem 94 anos e apoiou Marconi Perillo nas últimas eleições. A homenagem de Perillo ao quase centenário aliado deve-se, sobretudo, ao fato de Ary Valadão ter se insurgido contra o maior adversário político de Perillo em Goiás, o ex-governador Iris Rezende Machado. Servindo de cabo de chicote, Valadão se indispôs gratuitamente contra Iris Rezende, em plena campanha, criando ambiente para que a imprensa chapa-branca de Goiás pudesse maximizar os factoides por ele criados e assim favorecer o atual governador. A pretensão de Perillo, entretanto, esbarra numa questão legal: a lei federal 6.454/77 proíbe "em todo território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da Administração Indireta". Ainda que a lei não vedasse tal absurdo, a atitude de Marconi, de retirar o nome de Ayrton Senna do autódromo de Goiânia para dá-lo a Ary Valadão, estaria maculada de imoralidade, já que é inadmissível, do ponto de vista moral, que se vilipendie a memória de um dos mais honrados e queridos heróis nacional, praticamente uma unanimidade, que é Ayton Senna do Brasil. Por toda sua história no automobilismo mundial, de glórias e de elevação do nome do país por esse mundo afora, Senna tem tudo a ver com o Autódromo Internacional de Goiânia. Marconi Perillo, embora se ache dono do Estado, não tem o direito de menosprezar a história desse grande ídolo brasileiro.

Vereador fala sobre a crise financeira que atinge municípios goianos.

Batista, vereador (PSD)

Em visita ao editor do blog, o Vereador por Marzagão, cidade a 200 km de Goiânia, João Batista Martins Filho, ou simplesmente "Batista", como é conhecido na cidade, falou, entre outras coisas, da crise enfrentada pelas prefeituras do Estado. Batista, que é do PSD e está no exercício do segundo mandato como vereador, é um dos líderes da oposição local e faz questão de destacar que sua atuação é sempre propositiva e que privilegia os interesses da cidade e do seu povo. "Claro que um dos papéis do vereador é fiscalizar. E isso, obviamente, nós fazemos. Agimos, entretanto, sem o objetivo de inviabilizar os projetos efetivamente importantes e de interesse da população. Fazemos política de forma propositiva", assegura. Para o atuante vereador, as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios, especialmente os goianos, deve-se, sobretudo, a famigerada prática do clientelismo que domina a política brasileira: "há uma prática recorrente do clientelismo, do toma-lá-dá-cá, onde o menos favorecido é o povo. As benfeitorias e o progresso muitas vezes são preteridos em virtude de vaidades políticas", pontua. Para Batista, há uma inversão na divisão do bolo arrecadado através dos impostos: "o município, que é onde o cidadão tem atendida suas demandas, onde trabalha e produz, é o que menos recursos recebe. Ironicamente, toda geração de impostos parte dos municípios. Essa é a administração mais próxima do cidadão, mas a que tem menos condições de atender suas necessidades". O Vereador entende que, embora não esteja na pauta do congresso, deveria haver um pacto federativo que invertesse a ordem na divisão da arrecadação de impostos. "O município deveria fazer jus a maior parte da arrecadação, porque assim teria mais condições de atender o pleito da população, como saúde, educação, segurança e lazer, além de prover o desenvolvimento local", diz. Em relação ao que tem sido divulgado pela Associação Goiana dos Municípios de que muitas prefeituras enfrentarão sérias dificuldades, inclusive quanto ao pagamento da folha do funcionalismo, Batista lamenta o tratamento que o Governo do Estado tem dispensado aos municípios, com cortes e atrasos no repasse de verbas de convênios assumidos. "Tem sido divulgado que a dívida do Estado para com os municípios já chega a R$ 120 milhões. Isso é algo inconcebível e que tem que ser resolvido com a maior brevidade possível, sob pena de inviabilizar algumas administrações", assinala. Por outro lado, o vereador marzagonense chama a atenção para o fato de que muitos prefeitos usarão o pretexto da crise financeira para esconder suas próprias incompetências: "muitas prefeituras já estavam no vermelho bem antes de se anunciar essa crise e isso em virtude da má administração de anos a fio. O povo tem que estar atento para que não seja ainda mais prejudicado sob o pretexto de dificuldades financeiras que assola os municípios pelo Brasil afora". Marzagão localiza-se no sul do estado, tem uma área de 228.091km2 e 2.182 habitantes, segundo dados do IBGE/2014. A renda per capita do município é de R$ 12.480,00, IDH-M 0,779 e PIB de R$ 26.009.000,00.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ronaldo Caiado (DEM) chama o ex-Presidente Lula de "bandido frouxo".

Em post publicado hoje, 25/02, na sua página no Facebook, o Senador por Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), chamou o ex-presidente Lula de bandido, e "bandido frouxo". A irritação do senador se deve ao fato do ex-presidente, em ato intitulado "em defesa da Petrobrás", ocorrido no Rio de Janeiro na última terça-feira, ter afirmado que "está pronto para a guerra" e, numa clara demonstração de que pretende mover montanhas em defesa do PT, ter convocado o "exército" do MST para abraçar os interesses petistas. Para o Senador, "Lula tem postura de bandido, e bandido frouxo". Indo adiante, Caiado diz que o líder maior do PT é contumaz na prática da agitação: "igual a época que instigava metalúrgicos a protestar e ia dormir na sala do Delegado Tuma", numa alusão a fama de alcaguete, o chamado X-9, que cerca o passado do ex-presidente. Há boatos que indicam que Lula contribuiu com os agentes da repressão em troca de sua liberdade, entregando companheiros que militavam com ele nos famosos protestos dos sindicatos dos metalúgircos do ABC paulista no final dos anos 70, durante a repressão. Para Caiado, Lula tenta mudar o rumo da conversa para não ser incluído no escândalo do Petrolão. "Lula e sua turma foram pegos roubando a Petrobrás e agora ameaça com a tropa do MST do (João Pedro) Stédile e do (José) Rainha para promover a baderna", disse o Senador. Pra terminar, Ronaldo Caiado chama a atenção para o perigoso expediente usado por Lula e sua turma, "que coloca em risco a instabilidade democrática no Brasil de forma idêntica ao que ocorre na Venezuela do ditador Maduro". 


O post original você poder ler clicando aqui

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sintego acusa Governo de Perillo de estar sucateando sistema para entregá-lo às Organizações Sociais.

Raquel Teixeira, Secretária de Educação/GO

A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás - SINTEGO, Bia de Lima, acusou o Governo de Goiás de estar agindo para entregar a gestão da educação em Goiás às Organizações Sociais, as chamadas OSs. Segundo a dirigente, o déficit de professores na rede estadual é de aproximadamente nove mil professores. Com a reforma administrativa de Perillo, 8 mil professores temporários foram dispensados em dezembro do ano passado. Os docentes têm se virado como podem para não prejudicar os alunos. Conforme reportagem do Jornal  O Popular do último dia 21, os alunos estão sendo dispensados antes mesmo do horário de intervalo. Em outros casos, professores estão dobrando e dando duas aulas da mesma disciplina. Bia de Lima diz que se encontrou com a Secretária de Educação, Raquel Teixeira, e que ela disse que foi autorizada a contratação de apenas 3 mil temporários e que não há previsão para concurso público visando completar o quadro de docentes na rede estadual. Bia entende que essa possa ser uma tática do Governo Estadual para a terceirização da gestão, "transferindo a administração das escolas para uma organização social, como se fosse uma salvadora da pátria", pontua. Lamentavelmente, a Professora Raquel Teixeira, com um currículo invejável, dirigente respeitada, pode estar fazendo parte de um processo pouco ortodoxo do ponto de vista moral. A estratégia de provocar o caos para depois "vender" a solução tem sido uma prática do Governo do PSDB em Goiás. Foi assim com a saúde e caminha pra ser também com a Educação, que enfrenta um dos piores momentos da história. Além da falta de professores, a Secretária Raquel Teixeira tem outra grande demanda a ser atendida: a volta do pagamento por titularidade, que foi retirada no terceiro mandato de Marconi Perillo. Tudo indica, entretanto, que a nobre Secretária não terá condições financeiras de atender tais pleitos, já que o estado passa por uma situação de desarranjo nas contas públicas, sem previsão de estabilidade. Sem orçamento, apenas boa vontade não basta.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

No "Baixo Clero" da política nacional, Delegado Waldir estaria triste e decepcionado.

O Deputado Federal Waldir Soares (PSDB), o Delegado Waldir, campeão de votos em Goiás, eleito com mais de 274 mil sufrágios, estaria cabisbaixo e decepcionado com a atividade parlamentar. Segundo nota da coluna "Bastidores" do Jornal Opção, Waldir estaria triste e decepcionado porque, em Brasília, se deu conta de que pertence ao baixo clero da política nacional. Segundo os analistas políticos, convencionou-se chamar "Baixo Clero" aqueles parlamentares federais com pouca ou nenhuma expressão, cujo único valor que tem ao executivo é o voto mantido sob cabresto em troca de migalhas de recursos que os deputados levam para seus estados para manter a base. Dono de uma retórica populista, daquelas que enchem o ego de quem a ouve, principalmente os sedentos por segurança e justiça, o Delegado Waldir fala pra ninguém em Brasília. O fato é que, infelizmente, o sucesso na política no Brasil não depende só da vontade do parlamentar, mas de uma série de outros fatores, uns não tão republicanos quanto se pensam. Não obstante a sua elogiável atuação como delegado da Polícia Civil em Goiás, apenas a espalhafatosa verborragia de Waldir Soares não o colocará entre os políticos com visibilidade em Brasília, por um simples motivo: ele já não fala mais para seus eleitores, senão para um amontoado de parlamentares que não estão nem aí para seus pleitos.    

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O vândalo que depreda nas ruas é apenas consequência do vândalo que opera no palácio.

De novo a história se repete. Em manifestação contra o aumento abusivo das passagens de ônibus na capital e região metropolitana, um grupo de aproximadamente 400 pessoas, segundo a PM/GO, composto principalmente de estudantes, fizeram ontem, 20/02, uma manifestação contra o que chamaram de abuso. O custo da passagem, que era de R$ 2,80, passou para R$ 3,30, um aumento de quase 18%. A qualidade dos serviços, entretanto, continua a mesma. A Polícia Militar, que já sabia da manifestação, haja vista que a mesma foi divulgada nas redes sociais, armou uma verdadeira operação de guerra para conter os mais afoitos. E não deu outra: cenas de violência marcaram a manifestação. Obviamente, ninguém em sã consciência defende o vandalismo, na acepção literal da palavra, e quem o pratica, depredando o patrimônio público ou privado, deve responder conforme prevê a legislação pátria. Entretanto, temos que ter a hombridade de buscarmos as causas e cobrar responsabilidades daqueles que dão azo a esse vandalismo que estoura nas ruas toda vez que o cidadão é vilipendiado pelo poder público. O Transporte público em Goiânia e região metropolitana sempre esteve marcado por notícias de monopólio, cartel, licitações fraudulentas e o poder público nunca foi capaz de regular o serviço e exigir uma boa prestação aos usuários. O poder econômico sempre prevaleceu sobre os interesses da população. Nesse caso específico (aumento da passagem de R$ 2,80 para R$ 3,30), o vandalismo palaciano atende pelo nome de Marconi Perillo, governador de Goiás no exercício do quarto mandato. Em abril do ano passado, quando ensaiava-se lançar candidato à releição, Perillo assinou com as empresas que operam o transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia, um acordo onde se comprometia a franquear 50% da gratuidade do sistema, que são concedidas a estudantes, idosos, deficientes físicos e policiais fardados. O custo mensal desses 50% foi calculado em R$ 4,5 milhões e o Governo de Goiás deveria começar a pagar às empresas já em maio de 2014. Passados, portanto, nove meses, nenhum centavo entrou nos cofres das empresas de ônibus. A dívida já chega a mais de R$ 40 milhões. Depois de vencer as eleições, e não tendo como esconder a calamitosa situação financeira do estado, Marconi diz que não vai pagar sua parte na gratuidade. As empresas, que alegam acumular prejuízos por conta desse descumprimento de obrigação do governo estadual, foram autorizadas a promover o aumento nas passagens para o valor que contemplasse a gratuidade. Ou seja: os usuários que pagam a passagem estão franqueando a gratuidade que o senhor Governador, em campanha, prometeu assumir. É esse tipo de vandalismo palaciano que dá causa ao vandalismo nas ruas. Antes do vândalo que vira e apedreja carros da imprensa, existe um vândalo no Palácio, posando de senhor da razão, induzindo o povo ao erro e distribuindo sofismas. No anonimato dos gabinetes, entretanto, esses vândalos palacianos riem e brindam a cada notícia de que um vândalo na rua foi preso pela polícia. Nada beneficia mais um vândalo palaciano do que a criminalização das manifestações. Infelizmente, o cidadão, incauto, não percebe que discutir, se espantar e repudiar apenas o vândalo comum acaba privilegiando o vândalo do palácio. Temos que ter coragem de punir as consequências sem contudo inocentar as causas. 

Promotor diz que o Governo de Goiás pratica crime de tortura contra seus prisioneiros.

Promotor Haroldo Caetano

Em sua página no Facebook, o Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, titular da 25ª Promotoria de Justiça, acusou o Governo de Goiás de praticar crime de tortura contra seus prisioneiros. Segundo Caetano, que é o promotor da área de execução penal do MP/GO, "tortura como política de segurança pública não é novidade no Brasil e a violação de Direitos Humanos chega a extremos em Goiás no novíssimo Centro de Triagem que, inaugurado há menos de dois meses para 212 homens, ontem chegou a 600 prisioneiros". O Promotor, que em diversas outras oportunidades tem chamado a atenção para o quadro de violações de direitos humanos praticados pela política prisional em Goiás, é enfático ao afirmar, sem meias palavras, que "o Governo de Goiás pratica crime de tortura (inafiançável, imprescritível e bárbaro) contra seus prisioneiros. Sob o pretexto de combater o crime, o Estado comete crimes muito mais graves do que aqueles que diz combater". O Centro de Triagem foi construído no complexo prisional de Aparecida de Goiânia para abrigar aqueles presos temporários que aguardam decisões judiciais, principalmente aqueles que ocupam celas em delegacias de polícia. Haroldo Caetano diz que, entre outras irregularidades, encontrou, no recém inaugurado Centro, presos incomunicáveis, sem visitas, sem colchões, alimentação insuficiente e até 26 presos em celas que caberiam, no máximo, 10 homens e que, em virtude disso, os presos dormem por turnos. "A tortura é inaceitável em qualquer situação! E os responsáveis pelo crime de lesa-humanidade, praticado bem aqui ao lado de nossas casas no recém-inaugurado caixote de concreto, devem responder pelos seus atos", disse o representante do MP/GO, num claro sinal de que irá tomar as providências cabíveis e legais para responsabilizar o governo de Goiás pela grave violação dos direitos humanos dos presos amontoados no Centro de Triagem.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Em artigo, Daniel Vilela sugere que Marconi Perillo (PSDB) mentiu para se reeleger.

Em artigo publicado no jornal O Popular de hoje, 19/02, o Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB) criticou duramente o Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo. Para Vilela, Marconi Perillo mentiu ao povo goiano com o único propósito de se reeleger e garantir a perpetuação de seu "projeto de poder". Segundo o deputado federal mais votado da oposição goiana, "descobre-se agora, ironicamente após a eleição, que para esse Governo transparência e planejamento são apenas expressões publicitárias, que nunca foram levadas a sério. E nem foi preciso a oposição provar isso. O governo confessou", disse. Daniel Vilela entende que ao admitir rombo de R$ 1,3 bilhões nas contas do estado, Marconi Perillo confessou que faltou transparência e que "não existe planejamento, ao lançar mão de uma reforma administrativa improvisada, aprovada a toque de caixa, e que a cada dia provoca surpresas na própria equipe de governo". Para o parlamentar, da afirmação do governador de que os cortes propostos irão proporcionar uma economia de R$ 2 bilhões por ano, "emergem duas constatações possíveis, ambas preocupantes: ou o governo, para sobreviver à crise, irá comprometer a prestação de serviços, ou, a mais provável, fica provado o desperdício que se fez nesses anos todos em gastos sem necessidades". Finalizando, Daniel Vilela é taxativo: "das palavras do próprio governador constata-se que a cada um dos quatro anos que passou, o governo de Perillo simplesmente jogou fora R$ 2 bilhões. Recursos públicos usados para alimentar uma política antiga de clientelismo, de compra de apoios e de desperdício. Não é exagero dizer que esse foi o custo da reeleição, numa conta paga por ninguém menos que o povo goiano". Acrescente-se a essa bagatela de aproximadamente R$ 8 bilhões jogados no ralo por Marconi III, o fabuloso perdão fiscal concedido à JBS de Júnior Friboi, no valor aproximado de R$ 1,2 bilhões.                                                          

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Marconi diz que não pagará sua parte no acordo da gratuidade do sistema de transporte coletivo.

Em abril do ano passado, já assumindo-se pré-candidato à reeleição para o quarto mandato, Marconi Perillo (PSDB), Governador de Goiás, assumiu publicamente, mediante acordo firmado com as empresas de transporte coletivo da região metropolitana da Capital, Goiânia, o pagamento de 50% da gratuidade do sistema, que contempla uma gama de usuários do transporte coletivo, tais como os estudantes, idosos e portadores de deficiências físicas. Segundo o acordo firmado entre as empresas de ônibus, as prefeituras da região metropolitana e o Estado de Goiás, o valor estimado da gratuidade de todo o sistema seria de R$ 9 milhões/mês. Desse total o Governo estadual pagaria 50%, ou seja, R$ 4,5 milhões, já a partir de maio do ano passado, e os outros 50% seriam pagos pelas prefeituras e deveriam começar a ser pagos em janeiro de 2015. Entretanto, nenhuma parcela do acordo foi pago pelo Estado de Goiás e a dívida já chega a R$ 45 milhões. Nenhuma das prefeituras também efetuou o pagamento devido em janeiro. Por conta desse calote as empresas acharam-se no direito de aumentar a passagem do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia para R$ 3,30, um aumento de quase 18%. O tempo é senhor da história, e hoje fica muito claro que a atitude de Marconi Perillo foi absolutamente eleitoreira, de um populismo ululante e que penaliza sobremaneira o cidadão usuário do transporte. Sacramentando o calote, Perillo foi à televisão dizer que não pagará sua parte na gratuidade do sistema, ficando o dito pelo não dito. Lamentável a decisão do senhor governador, embora essa seja só mais uma promessa não cumprida dentre muitas que os goianos, inacreditavelmente, suportam há mais de 16 anos. Esse não é o único calote perpetrado pelo Governo de Goiás. Os repasses às Prefeituras goianas, decorrentes de convênios assinados, tais como o Saúde da Família (PSF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), transporte escolar e a alimentação para presos do sistema prisional estadual nos municípios, estão atrasados há mais de 11 meses e a dívida já chega a R$ 120 milhões. Para piorar a situação, o déficit nas contas do estado é de R$ 1,3 bilhões, o que representa praticamente o que o governo gasta num mês inteiro com folha de pagamento e outras despesas de custeio.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Reforma que promete cortar R$ 2 bilhões em despesas é confissão da má gestão de Marconi Perillo.

À frente do executivo goiano há mais de 12 anos e no seu quarto mandato, Marconi Perillo (PSDB) enxergou agora que o estado é um gigante inoperante. A reforma administrativa anunciada promete economizar aproximadamente R$ 2 bilhões já nesse exercício de 2015. Mais de 16 mil cargos comissionados foram extintos e seis secretarias deixaram de existir. "Estamos entre os estados com maiores cortes", gaba-se Perillo. Inacreditável é que só agora, depois do estado perder a CELG e a sua capacidade de endividamento, já que o percentual máximo permitido para operações de créditos é de 18% da receita líquida do estado, o atual governo resolva por em prática os cortes anunciados. A redução prometida por Perillo representa aproximadamente 17% das despesas correntes do estado. Durante 12 anos a máquina pública comandada por Marconi Perillo e o PSDB em Goiás esteve muito inchada, e R$ 2 bilhões foram jogados no ralo a cada ano do famigerado Tempo Novo. Sem dúvidas isso denota falta de responsabilidade do gestor público. Para a oposição, Marconi manteve o inchaço da máquina pública para garantir a governabilidade, acomodando seus aliados em áreas absolutamente desnecessárias em detrimento de uma gestão eficiente, principalmente em áreas essenciais para a população, como é o caso da segurança pública de Goiás, uma das piores do Brasil. A falta de investimentos na segurança pública colocou Goiás no mapa mundial da violência e Goiânia, a capital, figura como a 23ª cidade mais violenta do mundo. Para o Deputado Federal Daniel Vilela (PMDB), "o governo de Marconi Perillo é o mais clientelista já visto na história de Goiás. Bilhões de reais gastos sem necessidades administrativas", postou Vilela na sua conta do Twitter. E faz uma pergunta pertinente e oportuna: "por que não tomaram essa iniciativa em 2011, só agora depois da reeleição?". Em 2012, envolto com o escândalo Cachoeira, desbaratado pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, Marconi intensificou os gastos com publicidade e "vendeu" Goiás como um estado enxuto e uma máquina administrativa operante. Foram R$ 600 milhões para segurar uma imagem de gestor eficiente e honesto. Findo o terceiro mandato e garantida a reeleição, a verdade veio à tona. O déficit do estado é de R$ 1,3 bilhões e a dívida consolidada ultrapassa R$ 22 bilhões. Os municípios cobram repasses que há 10 meses não são efetuados pelo estado e a dívida chega a R$ 120 milhões. Se tal reforma se efetivar de fato, há que se aplaudir o enxugamento da máquina. Resta, entretanto, saber se Marconi Perillo terá condições de conviver politicamente com a insatisfação de velhos aliados, que já manifestaram publicamente o ressentimento pelo não atendimento de suas demandas. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Marconi Perillo defende a liberdade de expressão na França, mas processa e persegue chargista goiano.

Governador de Goiás homenageia chargistas franceses

Quem ouviu Marconi Perillo enquanto depositava flores em frente a sede do semanário Charlie Hebdo, em homenagem às vítimas do atentado terrorista ocorrido em Paris no último dia 7 de janeiro, talvez tenha ficado com a sensação de que não era o governador de Goiás. "Estou aqui para homenagear o valor da democracia, que é ancorado na liberdade de expressão", teria dito Perillo durante o gesto em defesa do direito dos chargistas expressarem suas críticas. Muito legítima a homenagem, mas o mesmo homem que defende a liberdade de expressão na França, que homenageou àqueles que sucumbiram porque expressavam-se por meios de charges, umas bem humoradas, outras nem tanto, foi capaz, aqui em Goiás, de levar aos tribunais um professor da rede pública de ensino porque não aceitou a crítica retratada numa charge. O Professor e Chargista Marcos Roberto dos Santos foi processado por Marconi Perillo por ter publicado, na sua página do facebook, 82 charges que tinham o propósito de protestar contra o projeto de lei do governador que retirava as conquistas da categoria, como a gratificação por titularidade, entre outras. Embora tenha vencido nos tribunais, o professor goiano sofreu toda sorte de perseguição: foi removido da escola estadual que trabalha havia 8 anos e foi demitido do jornal semanário, Tribuna do Planalto, onde era ilustrador, por forte influência dos governistas. "Foi um verdadeiro purgatório! Estava na justiça lutando contra a minha remoção, perdi meu emprego e minha vida financeira virou um caos", detalha Marcos Roberto. A violência contra o chargista goiano equipara-se à mesma violência que vitimou os chargistas franceses. A mesma mão que oferece rosas às vítimas da intolerância à liberdade de expressão lá em Paris, é a que patrocinou a violência contra o chargista goiano por não suportar a liberdade de se expressar de um cidadão. Como Marcos Roberto, outros 60 cidadãos goianos foram processados por Perillo por críticas ao seu governo, numa clara demonstração de força a partir da judicialização da opinião. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Jornalista vai ao STF contra ação de Marconi Perillo.

O jornalista goiano, Luiz Henrique Morgantini Santos, protocolou, no último dia 28/01 no Supremo Tribunal Federal - STF, uma Reclamação, que é uma ação onde se procura garantir a autoridade das decisões do Supremo sobre os demais tribunais. Na Reclamação 19567 o jornalista pede a cassação da decisão do TJ-GO, que o condenou a pagar R$ 10 mil de indenização ao Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), por publicação de artigo no portal Brasil 247, em maio de 2012, quando Marconi era destaque na imprensa nacional por suposto envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira. Condenado pela primeira instância do judiciário goiano e após uma série de incidentes processuais e novos recursos, o Tribunal de Justiça de Goiás acabou declarando o trânsito em julgado da decisão de primeiro grau, alegando que a defesa do jornalista não havia ratificado a apelação. Na ação proposta no STF, Morgantini sustenta que a decisão é "um verdadeiro assaque à liberdade de expressão, de opinião e de imprensa" e uma tentativa de censurar e amordaçar a imprensa e jornalistas que sejam contrários ao governo de Goiás. Henrique Morgantini foi um dos primeiros jornalistas processados por Marconi Perillo, que em 2012, envolvido no escândalo desbaratado pela Operação Monte Carlo da PF, iniciou um verdadeiro processo de judicialização da opinião em Goiás. Blogueiros, tuiteiros, jornalistas, promotores de justiça e outros cidadãos foram acionados na justiça goiana por manifestarem-se contrários ao governador de Goiás. Perillo moveu mais de 60 ações visando inibir críticas ao seu governo e conter a insatisfação da população de Goiás com o seu suposto envolvimento com o esquema comandado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Vários desses processos foram julgados improcedentes já na primeira instância, quando os juízes passaram a reconhecer que a crítica ao homem público faz parte do processo democrático. O próprio Ministro Marco Aurélio Melo, que é o relator da aludida Reclamação no STF, assim se posicionou em outro julgado: "o homem público está na vitrine, é um livro aberto, e não se pode tomar a privacidade dele do modo como ocorre quanto aos cidadãos em geral. Presta contas, passo a passo, aos destinatário dos serviços a serem desenvolvidos, que, com isso, podem cobrar a necessária eficiência". Morgantini espera no Supremo a justiça que lhe foi negada no seu estado. 


Fonte: Notícias do STF.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Com a capital entre as mais violentas do mundo, Goiás ocupa a 7ª posição em mortes de adolescentes.

Depois do vergonhoso título de 5º estado mais violento do país, de ter a capital ocupando a horrorosa posição de 23ª cidade mais violenta do mundo, Goiás aparece como o 7º estado onde mais se mata jovens e adolescentes no Brasil. Os números são da 5ª Edição do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e referem-se ao ano de 2012. Goiás teve média de 4,82 mortes por cada grupo de 100 mil jovens. Os números de assassinatos de adolescentes no estado quase dobraram em 10 anos. Em 2001 foram 419 assassinatos contra 791 mortes de jovens e adolescentes em 2011, um aumento de 88,78%. Goiânia ficou em 10º lugar entre as capitais brasileiras onde adolescentes são vitimados pela violência, com IHA de 3,82 por cada grupo de 100 mil. No geral, o Estado de Goiás, governado há 12 anos por Marconi Perillo (PSDB), reeleito para seu quarto mandato, ocupa a 5ª posição de estado mais violento do país, com taxa de homicídios de 40,82 por cada grupo de 100 mil habitantes. Já a capital goiana é considerada a 23ª cidade mais violenta do mundo, com taxa de 44,86 mortes por 100 mil moradores. Esses números absurdos são consequências da falta de políticas públicas que privilegiem os jovens goianos, sobretudo aqueles em situações de riscos, que pudessem interromper a epidemia das drogas nas grandes e médias cidades goianas. Se faltam políticas preventivas, faltam, também, medidas assistenciais, socio-educativas que sejam eficazes na recuperação do jovem drogado e sua ressocialização. Sequer os centros de internações a cargo do Estado têm condições de abrigar os adolescentes apreendidos e condenados à internação compulsória. Os Credeqs prometidos por Marconi nunca saíram do papel. Por essa omisão do governo Perillo, marca da administração tucana no estado, é que a violência cresceu assustadoramente nesses 16 anos de tempo novo. De 1999 até 2014 a violência aumentou 230% no estado.

Sob a alegação de "Missão Oficial", Governador de Goiás, Marconi Perillo, patrocina turismo à Europa.

Acompanhado do fiel escudeiro João Bosco Bittencourt e da editora-chefe do Jornal O Popular, Cileide Alves, o Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) viajará, na próxima segunda feira (09/02) à Europa. Classificada como "missão oficial", a comitiva do governador contará ainda com o jornalista Isanulfo Cordeiro, secretário de relações internacionais e Danin Júnior, gerente do Grupo Executivo de Comunicação. A viagem, que terá a França e a Itália como destinos, custará aos cofres públicos a bagatela de aproximadamente R$ 100 mil reais. Entretanto, a notícia de que a primeira-dama, Valéria Perillo e a esposa do convidado Hélio de Souza, Presidente da ALEGO, estarão na comitiva, dá à viagem o inegável caráter de turismo. Causa espécie, também, que as custas da viagem da convidada Cileide Alves, funcionária de um dos maiores veículos de comunicação do estado, tenha sido bancada pelo erário. Segundo o próprio O Popular, onde a convidada ilustre trabalha, o custo parcial referente a editora-chefe do jornal é de quase R$ 32 mil reais. Já as despesas referentes ao coordenador de mídias digitais, João Bosco Bitencourt, conhecido nos bastidores do jornalismo goiano como um dos operadores do site governista Goiás24Horas, custará ao contribuinte, no mínimo R$ 25 mil reais. Talvez haja explicações, mas dificilmente o goiano, que vive num estado onde faltam recursos para os mais elementares serviços essenciais à população, entenderá a razão pela qual o estado tenha que bancar a viagem desses cidadãos à europa. Para aqueles funcionários levados à guilhotina sob o pretexto de se cortar despesas, soa absolutamente incompreensível que o erário patrocine o turismo de pessoas cuja maior contribuição que têm prestado ao estado seja desfrutar da amizade do governador.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Promotor denuncia violações aos direitos humanos no recém inaugurado Centro de Triagem.

Haroldo Caetano, Promotor de Justiça.

O Promotor de Justiça da área de Execução Penal do Ministério Público de Goiás, Haroldo Caetano, denunciou hoje (05/02) na sua página no Facebook, o que ele chamou de reflexo de uma "política de segurança sociopata e autofágica". Segundo Caetano, titular da 25ª Promotoria de Goiânia, o recém inaugurado Centro de Triagem no complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, construído para abrigar presos que aguardavam decisão da justiça nas delegacias da polícia civil do estado, já apresenta os mesmos problemas de uma cadeia velha. O Promotor afirma que "o quadro é de graves violações de Direitos Humanos. Prisioneiros incomunicáveis, sem visitas, sem colchões, alimentação insuficiente, celas com até 26 homens (onde caberiam no máximo 10), problemas de saúde sérios e desassistência, ausência de advogados e de contato com o juiz do processo, presos dormindo por turnos, água não potável para consumo, energia elétrica insuficiente até para manter computadores ligados, servidores sem condições de trabalho, não há telefone, não há material de limpeza e de higiene pessoal". O representante do MP/GO afirma que o centro, que foi construído para abrigar 212 detentos temporários têm, hoje, 462 presos. É evidente que o tratamento desumano dispensado aos segregados, portanto sob a custódia do estado, gera nesses indivíduos um sentimento de ódio, cuja consequência será, inevitavelmente, a retaliação ao cidadão de bem, assim que tiverem a primeira oportunidade. Não há como recuperar e reinserir na sociedade o indivíduo que sofre as humilhações morais e os próprios danos físicos, oriundos de um cárcere cruel e desumano. Uma vez fora, a tendência é que o criminoso se torne ainda mais violento e muitas outras vítimas sucumbam a sua ira. Em parte esse é um dos motivos pelo qual a violência não cessa. Com essa preocupação, Haroldo Caetano sugere que se pergunte ao Secretário de Segurança Pública de Goiás, "como ele pretende devolver essas pessoas à sociedade?" Usando de uma fina ironia, o próprio Promotor responde: "esqueci que isto não faz parte do plano".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

José Nelto (PMDB) diz que Júnior Friboi é uma piada como político.

José Nelto (PMDB) líder da oposição na Assembleia

O deputado estadual pelo PMDB e líder da oposição na Assembleia, José Nelto, comentou a entrevista de Júnior Friboi publicada no Diário da Manhã da edição do último dia 02/02. Para o deputado peemedebista, Friboi é um autêntico "macaco em lojas de louças: muita bagunça e nenhuma ordem". Júnior Friboi, que no apagar das luzes de 2014 recebeu um generoso perdão fiscal do Governador de Goiás, que ultrapassou a casa de R$ 1 bilhão de reais, disse na entrevista que pretende comandar o PMDB goiano e que está alinhado com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. Para Nelto, Friboi é muito bom para negociar boi e dívida com o governo, mas como político é uma piada. "Ninguém o leva a sério como político. Em Goiás é tido como o "cavalo de tróia" plantado dentro do PMDB", disse o líder oposicionista. José Nelto enfatizou, ainda, que "na verdade Friboi estava a mando do sistema governista em Goiás para segurar uma candidatura ao governo do estado", numa clara alusão ao fato de Friboi ter contribuído com o racha peemedebista que só favoreceu o então candidato da situação, Marconi Perillo. José Nelto explicou também que Júnior Friboi praticamente se "auto expulsou" da legenda ao apoiar publicamente Marconi no segundo turno das eleições e que o mesmo está afastado de todas e quaisquer reuniões do partido em Goiás. "Friboi  não tem a mínima legitimidade para falar em nome do PMDB goiano", disse Nelto.

Perillo só aprovou a "Lei Friboi" na Assembléia, graças a omissão e covardia dos oposicionistas.

"O que me preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons". A célebre frase, atribuída ao Pastor e ativista americano Martin Luther King, corrobora outra máxima, a de que "a audácia dos maus se alimenta da omissão e da covardia dos bons". A Lei 18.709/2014, também conhecida como "Lei Friboi", que tramitou em regime de urgência na Assembleia Legislativa de Goiás, aprovada em 22/12/2014, publicada em 26/12, válida até 29/12/2014 e que permitiu um perdão fiscal à JBS, empresa do Júnior Friboi, ex pré candidato ao governo de Goiás pelo PMDB no ano passado, na ordem de R$ 1,232 bilhões, não mereceu daqueles que se intitulavam oposição ao Governo Marconi, nenhum repúdio público. O povo, o maior interessado, não tomou conhecimento da aprovação da Lei, nem pela imprensa e nem tampouco pela voz da oposição na casa. Deputados como Daniel Vilela (PMDB), Mauro Rubem (PT), Major Araújo (PRP) e nenhum dos demais 11 oposicionistas tiveram a hombridade de bradar, pelo menos do púlpito, contra a lei oportunista e nefasta aos cofres públicos do estado. E esse não foi o único diploma legal aprovado na legislatura passada que conspirou contra o erário goiano. Naquela casa de leis a oposição se agachou para outros absurdos perpetrados pelo governo do estado. Votaram em silêncio a mudança do superávit primário, de R$ 440 milhões positivos para R$ 650 milhões negativos. Mas nenhum silêncio da oposição foi mais covarde do que esse que permitiu que o Governador de Goiás aprovasse tamanha renúncia fiscal em prol de um aliado político. Era absolutamente normal que Perillo conseguisse a aprovação da lei no plenário da ALEGO, uma vez que lá tem maioria esmagadora, mas os oposicionistas não poderiam se calar diante de tamanha aberração. O silêncio da oposição foi entendido como omissão e contribuiu para o desfecho esperado de achaque aos cofres públicos. A audácia de Perillo, em conceder perdão de mais de R$ 1 bilhão a Júnior Friboi, só foi possível graças a covardia de Daniel Viela e companhia.