Sintego acusa Governo de Perillo de estar sucateando sistema para entregá-lo às Organizações Sociais.
Raquel Teixeira, Secretária de Educação/GO
A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás - SINTEGO, Bia de Lima, acusou o Governo de Goiás de estar agindo para entregar a gestão da educação em Goiás às Organizações Sociais, as chamadas OSs. Segundo a dirigente, o déficit de professores na rede estadual é de aproximadamente nove mil professores. Com a reforma administrativa de Perillo, 8 mil professores temporários foram dispensados em dezembro do ano passado. Os docentes têm se virado como podem para não prejudicar os alunos. Conforme reportagem do Jornal O Popular do último dia 21, os alunos estão sendo dispensados antes mesmo do horário de intervalo. Em outros casos, professores estão dobrando e dando duas aulas da mesma disciplina. Bia de Lima diz que se encontrou com a Secretária de Educação, Raquel Teixeira, e que ela disse que foi autorizada a contratação de apenas 3 mil temporários e que não há previsão para concurso público visando completar o quadro de docentes na rede estadual. Bia entende que essa possa ser uma tática do Governo Estadual para a terceirização da gestão, "transferindo a administração das escolas para uma organização social, como se fosse uma salvadora da pátria", pontua. Lamentavelmente, a Professora Raquel Teixeira, com um currículo invejável, dirigente respeitada, pode estar fazendo parte de um processo pouco ortodoxo do ponto de vista moral. A estratégia de provocar o caos para depois "vender" a solução tem sido uma prática do Governo do PSDB em Goiás. Foi assim com a saúde e caminha pra ser também com a Educação, que enfrenta um dos piores momentos da história. Além da falta de professores, a Secretária Raquel Teixeira tem outra grande demanda a ser atendida: a volta do pagamento por titularidade, que foi retirada no terceiro mandato de Marconi Perillo. Tudo indica, entretanto, que a nobre Secretária não terá condições financeiras de atender tais pleitos, já que o estado passa por uma situação de desarranjo nas contas públicas, sem previsão de estabilidade. Sem orçamento, apenas boa vontade não basta.
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