segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Os homicídios em Goiânia e o pretexto que não justifica os números

A violência em Goiás é uma realidade dura e cruel. A experiência vivida por parentes de vítimas é de cortar o coração de quem tem sensibilidade. Na contramão da tristeza e da dor incomensurável dos que perdem um ente querido, sobretudo pela leniência e omissão do Governo goiano, está a mídia vendendo a falsa ideia de uma causa que não é a causa, mas a própria consequência do mau governo instalado na casa verde. Hoje, no JA 2ª edição, da Televisão Anhanguera, anunciaram que 563 pessoas foram vítimas de homicídios em Goiânia no ano de 2013. Embora seja um número assustador, a desgraça é pior um "bocadinho". Na verdade já são 588 mortes. O recorde vexatório foi alcançado no dia 12/12 quando foram contabilizados 578 homicídios na capital. Pior que substimar os números, é a pressa de ligar os homicídios às drogas. E isso tem sido uma regra. Sem se investigar nada, os policiais que atendem a ocorrência já vão logo dizendo que há ligação com o mundo das drogas. No sábado, dia 14/12, em Aparecida de Goiânia, um homem foi assassinado quando dirigia o próprio carro. O sub-tenente que atendeu a ocorrência disse que a motivação seria o tráfico. O irmão da vítima nega e diz que o rapaz assassinado era trabalhador e não tinha envolvimento com drogas. A testemunha, que estava no carro, disse tratar-se de briga de trânsito. Longe de qualquer juízo de valor, intriga a pressa em atribuir às drogas todos os homicídios que estão ocorrendo em Goiás e em Goiânia. Perdemos completamente a luta contra a violência e as drogas são o pretexto para justificar o injustificável? 

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