Pegando carona no "ba-fá-fá" do livro-bomba "Assassinato de Reputações" (o que mais há no Brasil é livro-bomba) do ex-Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr, Marconi Perillo tenta jogar sobre o colo de Lula as acusações que lhe pesam por suposta participação no esquema que ficou conhecido no Brasil inteiro, como o "Caso Cachoeira", desbaratado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Perillo diz que foi vítima do ódio de Lula e que tudo não passou de denuncismo. Não é bem assim. Marconi Perillo não foi denunciado. Ele foi flagrado em escutas telefônicas e citado em outras 800 ocasiões. Ninguém denunciou Perillo para a PF. Assim como Demóstenes, o governador de Goiás apareceu no meio do imbróglio. Não há que se falar em denúncias para atingi-lo. Nunca houve uma armação para envolvê-lo no esquema. As escutas, gravadas com autorização da justiça, não tinham Perillo como alvo. O problema foi que, uma vez flagrado, Marconi não conseguiu se explicar. A apuração da Polícia Federal mostrou-se absolutamente verossímil, tanto que o STJ aceitou a ação proposta pela PGR, e, se a baixa política não tivesse imperado, o relatório final da CPMI, que pedia o indiciamento de Perillo, teria sido votado e aprovado e hoje seria peça de acusação dos supostos crimes atribuídos ao governador de Goiás. Não caia nessa: Perillo não foi denunciado, até porque ninguém sabia de seu estreito relacionamento com Cachoeira.
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