sexta-feira, 1 de maio de 2015

Marconi Perillo (PSDB) parcela salários, antecipa ICMS e expõe uma crise financeira sem precedentes no Estado.

Há apenas quatro meses de seu quarto mandato e Marconi Perillo não consegue mais esconder as mazelas causadas por uma administração midiática, que nos últimos 04 anos consumiu mais de R$ 600 milhões em propagandas. Desde o estouro da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que o arrastou pra dentro do imbróglio Cachoeira, Perillo enxergou na propaganda a salvação de seu futuro político e deu azo a um dos maiores planos midiáticos de que se tem notícias na história de Goiás. A coisa funcionou tão bem que ele foi reeleito para mais quatro anos em 2014. Entretanto, o Goiás das peças midiáticas bem elaboradas, sustentadas por uma imprensa parcimoniosa e tendenciosa, tinha prazo de validade. Em dezembro de 2014, já sem condições de, sequer, pagar a folha do funcionalismo, Perillo, que sempre contou com a complacência e subserviência dos senhores deputados goianos, editou a lei nº 18709 e concedeu à JBS/Friboi, do apoiador político, Junior Friboi, um perdão fiscal de mais de R$ 1,2 bilhão de uma dívida total de algo perto de R$ 1,6 bilhão. Isso permitiu que o caixa do estado fosse abastecido com pouco mais de R$ 150 milhões. Reeleito, Marconi mudou o discurso de campanha. A maioria das obras anunciadas não saíram do papel e aquelas que tiveram os canteiros inaugurados simplesmente pararam. Sob o pretexto de cortar despesas, o Governador anunciou reforma administrativa e mandou ao meio fio cerca de 16 mil comissionados. À Assembleia foram enviados projetos de lei que retira direitos adquiridos dos servidores públicos, como o não pagamento de quinquênios e redução de faltas abonadas, além do fim da promoção de Oficiais da PM/GO, Bombeiros e Policiais Civis no meio do ano. Os prefeitos, cooptados com a garantia de obras para seus municípios, o que viabilizaria, em tese, a reeleição dos administradores municipais, estão com o "pires na mão" e um calote anunciado de quase R$ 120 milhões em convênios não pagos pelo estado aos município goianos. E o que já era ruim, ficou pior: sem dinheiro em caixa, com um rombo que pode chegar a R$ 5 bilhões, o governo de Marconi Perillo anunciou o parcelamento do salário do funcionalismo goiano, que até dezembro de 2015, no mínimo, receberão seus vencimentos em duas parcelas. Nesse quadro de desespero, Perillo, via Secretaria da Fazenda Estadual, antecipou a data para pagamento do ICMS pelas empresas goianas que estão fora do simples nacional. Tal medida impõe  aos empresários um arrocho sem precedentes, já que coincidirão o pagamento da folha de pagamento e o recolhimento dos impostos. A antecipação do ICMS para pagamento de uma despesa anterior é vista por economistas como um claro sinal de desequilíbrio nas contas públicas, ainda mais quando não houve diminuição relevante de arrecadação. Toda essa dificuldade financeira que vive o Estado de Goiás hoje, não é uma surpresa e não tem a ver com o cenário nacional, como querem que os goianos vejam. Esse desequilíbrio nas contas do Estado de Goiás é fruto de uma política midiática e eleitoreira que domina a administração pública goiana há mais de 12 anos. Nas rodas de conversas, os goianos se perguntam: se Marconi não tá dando conta de pagar o salário dos servidores, como ficam Segurança Pública, Educação e Saúde? 

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