Marconi Perillo fraciona salários dos servidores, mas autoriza descontos integrais na primeira parcela.
Artigo publicado no Jornal O Popular de hoje, 05/05, assinado pela Jornalista Fabiana Pulcineli, sob o título: "Salário parcelado, mas com descontos integrais", traz relatos de servidores que estão passando dificuldades depois da medida adotada pelo Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de parcelar em 2 vezes o pagamento dos salários dos servidores estaduais. Alegando dificuldades financeiras, sob o argumento (já desmentido) de diminuição na arrecadação, Marconi Perillo determinou que até dezembro de 2015, no mínimo, os vencimentos do funcionalismo sejam fracionados. No artigo de Pulcineli, a Analista Lucynes Mendonça diz que "recebeu 34% do salário bruto na semana passada". Segundo a reportagem, ela não tem empréstimo consignado, mas o imposto e previdência foram descontados já na primeira parcela. "É no início do mês que a gente se organiza e, pra mim, ficou bem apertado. Não dá pra entender. O governo faz tanta propaganda, tem tantos gastos e quer jogar a culpa só em cima da folha?", questiona. A colunista informa, também, que recebeu do Sindipúblico, via de seu presidente Thiago Vilar, relatos de servidores que recorreram ao sindicato em prantos, já que muitos haviam recebido apenas R$ 50,00 da primeira parcela.
Mergulhado em déficits que se acumularam ao longo dos últimos quatro anos, Marconi Perillo encontrou no parcelamento dos salários e na antecipação das receitas do ICMS uma forma de postergar o fiasco total do seu quarto mandato. Numa analogia coloquial podemos dizer que "Marconi tá vendendo o almoço para comprar a janta". A antecipação do ICMS para pagar uma despesa de custeio do mês anterior é uma medida que não se sustentará por muito tempo. É prova cabal de que o Estado perdeu completamente sua capacidade financeira. Os sindicatos que congregam as várias categorias de servidores prometem recorrer da medida de parcelamento dos salários e vários já ensaiam paralisações. Se Perillo não tá dando conta de pagar os salários, imaginem o data base, hein?
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