Pacote de Maldades: Marconi Perillo (PSDB) aprova projeto que retira direitos dos servidores públicos de Goiás.
Reeleito com o discurso da valorização do servidor público, Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, aprovou ontem, em segunda e última votação no plenário da Assembleia Legislativa do Estado, o Projeto de Lei 814/15, que retira direitos dos servidores públicos de Goiás. O projeto altera as Leis 10.460/88 e 13.909/01, do Estatuto dos Servidores Públicos e Plano de Vencimentos do Pessoal do Magistério, respectivamente. Pelo "pacote de maldades" aprovado pela ALEGO, os servidores que têm direito a Gratificação Adicional por Tempo de Serviços, os chamados quinquênios, só farão jus a percepção da vantagem no janeiro subsequente ao ano em que cada quinquênio for completado. Assim, se um servidor adquirir tal direito em janeiro de determinado ano, pór exemplo, só o receberá no ano seguinte, perdendo 12 meses de gratificação. O projeto alterou, ainda, dispositivos relacionados as faltas ao serviço que poderão ser abonadas. Doravante só serão aceitas faltas justificadas por atestados médicos até o limite de três em cada mês civil e não poderão exceder a 18 em cada exercício. O Governo justifica a "tunga" nos direitos dos servidores alegando "racionalização dos custos da máquina pública, objetivando a diminuição do gasto com pessoal em virtude da forte crise econômica nacional" (sic).
Mais uma vez Marconi Perillo joga na conta do servidor as consequências de sua má administração. A crise que o Governo goiano vive hoje, com déficit bilionário na conta centralizadora do estado, não surgiu nesse mandato e nem tão pouco é consequência da anunciada "crise nacional". Desde 2012 o governo tucano tem enfrentado as dificuldades financeiras do estado com ações pouco eficazes. A princípio, para sair do olho do furacão da Operação Monte Carlo, que desbaratou um dos maiores esquemas de corrupção já visto em Goiás, Perillo apostou forte na propaganda e gastou mais de R$ 600 milhões para manter sua imagem de bom gestor. Em 2014, ano eleitoral e buscando a reeleição, a estratégia da propaganda continuou sendo a tônica do tucano e a real situação de Goiás continuou sendo negligenciada. A conta chegou e a realidade mostra um estado completamente quebrado, sem condições de fazer frente aos mais elementares serviços públicos. As mazelas que se tornaram públicas no início desse quarto mandato de Perillo corroboram a tese de que o povo goiano, e principalemente o servidor público, foi vítima de um grande e indiscutível estelionato eleitoral.
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