Governo de Perillo tenta transferir sua incompetência na gestão da segurança pública para o MP/GO.
Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás no exercício do quarto mandato, há muito se sustenta amparado pelos sofismas maximizados pela mídia conivente e irresponsável de Goiás.
Seu terceiro mandato consumiu mais de R$ 600 milhões do erário em publicidade, cujo único objetivo era o de sustentá-lo no cargo, abalado por notícias de envolvimento com um grandioso esquema de corrupção desbaratado pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Entre 2012 e 2014, enquanto a mídia comprada alardeava mentiras estrategicamente elaboradas para suplantar a verdade real de um Goiás dilacerado pela má administração de 16 anos do chamado "Tempo Novo", Perillo costurava alianças para nova reeleição. Embora a oposição tenha se esforçado em mostrar os números de um estado à beira da falência, Perillo venceu. O eleitor fez ouvidos moucos à verdade sufocada por uma legião de áulicos dispostos a tudo para levar Marconi ao quarto mandato. E ele chegou. A realidade deu as caras e escancarou um estado financeiramente quebrado. Com déficit de mais de R$ 1,5 bilhão na conta centralizadora e dívida consolidada de quase R$ 22 bilhões, todas as mazelas jogadas para debaixo do tapete vieram à tona. No final de 2014, já garantida a reeleição, com a conivência da Assembleia Legislativa, Marconi aprovou manobra que o permitiu alterar o superávit primário de R$ 650 milhões para um déficit de R$ 440 milhões. Ato contínuo, para pagar a folha de dezembro, também com a anuência dos senhores deputados goianos, Perillo concedeu perdão fiscal à JBS, de Júnior Friboi, de mais de R$ 1,3 bilhão. Com o desequilíbrio nas contas, o atraso de salários foi inevitável e o parcelamento do vencimento dos servidores é uma realidade que deve prosseguir até dezembro de 2015, no mínimo. Outros projetos que retiram direitos dos servidores públicos foram aprovados, também com a conivência dos senhores deputados.
Mas o governo de Perillo continua com os seus sofismas. Depois de inventar uma polícia temporária e ser desautorizado pelo STF, que no último dia 26 de março a julgou inconstitucional, o governo tucano quer agora jogar a culpa por sua incompetência na gestão da segurança pública nas costas da justiça e do Ministério Público. Os exonerados do chamado SIMVE, e a própria população, estão sendo induzidos a acreditarem que a culpa é do promotor de Justiça de Goiás, Fernando Krebs, que em 2013 impetrou ação questionando a legalidade da lei estadual 17.882 que instituiu a polícia temporária em Goiás. Numa atitude criminosa, sites que ostentam publicidade oficial do Governo de Goiás, estão divulgando, sem nenhuma responsabilidade, matérias que colocam o promotor como o vilão da história e responsável direto pela falta de policiais nas ruas de Goiânia e de Goiás como um todo. Tentando se safar da responsabilidade constitucional de gerir a segurança pública do estado, o governo de Marconi Perillo age de má-fé e faz da falácia a tônica de sua incompetência. Desde 1999, primeiro ano do primeiro mandato de Marconi Perillo, a violência em Goiás aumentou 230%. Os homicídios passaram de 13,9 mortes/100 mil habitantes para algo em torno de 44,5 homicídios por cada grupo de cem mil moradores. Goiânia foi alçada ao horroroso título de 23ª cidade mais violenta do mundo e Goiás ao 4º estado mais violento do Brasil. A polícia ilegal de Perillo foi só mais uma ação equivocada, um arremedo que é prática de um governo omisso e irresponsável. Os fatos estão aí e mesmo os eleitores que foram enganados em outubro de 2014 já se deram conta de que caíram no "conto do vigário" e elegeram uma da maiores mentiras que Goiás já conheceu.
Nenhum comentário :
Postar um comentário