Governo de Marconi Perillo "abre o bico" de vez e anuncia parcelamento do salário do funcionalismo.
Quatro meses depois da posse e o quarto governo de Marconi Perillo (PSDB) "abriu o bico" de vez. Depois de garantida a reeleição, em outubro de 2014, o terceiro governo tucano em Goiás já vinha dando claros sinais de dificuldades financeiras. Em novembro e dezembro de 2014, Perillo teve que lançar mão da suplementação de verbas para conseguir pagar o funcionalismo. Na época o governo tentou um empréstimo de R$ 80 milhões com o Tribunal de Justiça, o que não se viabilizou devido a má repercussão da medida. Temendo uma negativa do judiciário goiano, o próprio governo desistiu do empréstimo. No fim de dezembro, já sem dinheiro para pagar a folha, Marconi entabulou acordo com a JBS/Friboi para abastecer seu caixa com pouco mais de R$ 150 milhões. Para isso perdoou mais de R$ 1,2 bilhão de ICMS da empresa do apoiador Júnior Friboi. Alegando diminuição na arrecadação, o que tem sido desmentido por parte da imprensa e sindicatos, Marconi iniciou seu quarto mandato anunciando profundos cortes de despesas na administração, como a demissão de 16 mil funcionários comissionados e extinção de várias secretarias. A Associação Goiana dos Municípios cobra do estado uma dívida de mais de R$ 118 milhões, oriundas do não pagamento de convênios firmados no terceiro mandato de Marconi. A dívida se arrasta desde abril de 2014. Ao assumir o governo em 2015, Marconi havia herdado de si mesmo um déficit na conta centralizadora do estado em torno de R$ 1,3 bilhão e o estado sem nenhuma condição de receber novos empréstimos. Em março próximo passado os salários dos servidores do MP/GO e TJ/GO foram parcelados em virtude da falta de recursos do governo para fazê-lo integralmente de uma única vez. Hoje, 28 de abril, a Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, anunciou que os salários dos funcionários públicos estaduais serão parcelados em duas vezes e que tal prática deve persistir até o final do ano, no mínimo. Definitivamente, Perillo não tem mais como esconder a real situação financeira do estado. Infelizmente os servidores estão sendo compelidos a arcar com o ônus da má administração tucana, que desde o início de 2012 tem privilegiado a propaganda em detrimento de uma política responsável.
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