CelgTelecom, subsidiária da CelgPar, nunca saiu do papel, mas pagou R$ 867 mil em salários em 2014.
Segundo nota publicada na coluna Giro do Jornal O Popular de hoje, a CelgTelecom, empresa criada pela Lei Estadual 16.237/08 como subsidiária da Estatal CelgPar, que em tese, ofereceria serviços de telefonia e banda larga via rede elétrica, pode ser, na verdade, uma empresa de fachada com o objetivo de acomodar apadrinhados políticos do governo estadual. Na nota, intitulada "só dá despesa", o jornalista Jarbas Rodrigues Jr, anota que a "CelgTelecom teve faturamento zero no ano passado, mas pagou R$ 1,2 milhão em despesas administrativas, sendo R$ 867 mil em salários". A empresa goiana só existe no papel e nunca atuou de fato. Segundo Jarbas, a atual diretoria da empresa tinha a intenção de colocá-la em funcionamento em 2012, mas não conseguiram. A desculpa é de que a empesa está presa à transição da holding CelgPar, federalizada recentemente. Sem receita alguma, a empresa que só existe no papel, portanto de fachada, abriga três diretores e oito conselheiros. Essa turma recebe do erário goiano a bagatela de quase R$ 80 mil mensais. Em 2013 foi anunciado que o Governador Marconi Perillo havia assinado, juntamente com o Diretor-Presidente da CelgTelecom Pedro de Morais Jardim e com o Diretor Técnico e Comercial Ricardo de Sousa Correia, Termo de Cooperação Técnica com a Telebrás para interligação da rede da Celg Telecom com o Backfone da estatal brasileira. Esse serviço nunca se operacionalizou. Pesquisa na internet pelo site da empresa (www.celgtelecom.com.br) leva-nos a um anúncio de venda do domínio, conforme é visto na foto. Diante da situação caótica do estado, que atrasa pagamentos de servidores e repasses de convênios às prefeituras goianas, é absolutamente inadmissível que mais de R$ 1,2 milhão de reais sejam usados para bancar uma empresa de fachada, cujo único objetivo tem sido assegurar salários para amigos e apadrinhados da corte goiana.
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