domingo, 15 de setembro de 2013

VIOLÊNCIA: CONSEQUÊNCIA NEFASTA E INEGÁVEL DE UM MAU GOVERNO

Sofisma ou sofismo: do grego, "fazer raciocínios capciosos", ou seja, induzir a erro, criar fatos que tendem a enganar. Em filosofia, diz-se que sofisma é a conexão de ideias para se defender algo falso para confundir o contraditório. A Operação Monte Carlo da Polícia Federal, deflagrada em fevereiro de 2012, trouxe à baila o maior e mais intrincado esquema de corrupção já visto no Estado de Goiás. O esquema comandado, segundo a PF, por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, respingou no Governador Marconi Perillo: alcançou sua chefe de gabinete, seu ajudante de ordens, além do próprio, pilhado em conversas nada convencionais para um chefe de estado. Desde então o Governador tem tentado, a todo custo, distanciar-se do imbróglio, o que não tem sido fácil. A condenação de Cachoeira, a quase 40 anos de prisão pela Justiça Federal de Goiás, deu ainda mais verossimilhança às denúncias que atingiram o Governador Perillo. 

Alvo de CPMI do Congresso, Perillo explicou mas não convenceu. O Relatório Final da comissão, que pedia seu indiciamento por participação no esquema, dada a acordos políticos e não republicanos, não foi votado. Esse expediente também não foi capaz de dar-lhe o salvo conduto. Embora não votado, o Relatório do Deputado Odair Cunha foi enviado à PGR, que já havia solicitado ao STJ a abertura de inquérito para investigar Marconi Perillo. Desde aquela época, desde as primeiras gravações que ligavam Perillo a Cachoeira, começaram os famigerados sofismas. As ações do governo concentraram-se em confundir a opinião pública, a criar mecanismo que induzisse o povo ao erro, a aceitação de uma versão que não guardava nenhuma aparência de verdade. Os sofismas passaram a ser o plano maior de governo. 

 Entretanto, há fatos que não podem ser "sofismados", não há como não enxergá-los, não há como não senti-los. O caso cachoeira tornou-se assunto proibido, senão calado por processos judiciais, foram ignorados pela mídia, talvez por falta de tempo, já que a propaganda do governo tomou 160 milhões de tempo dos veículos de comunicação do estado, em 2012. Mas a realidade seguiu seu curso. Sem ações, sem projetos, sem vontade política do atual governo, os números da violência em Goiás não tiveram como passar despercebidos. Aliás, a própria violência faz-se notar diariamente, seja nos jornais, seja no cume calmo dos olhos dos cidadãos goianos. A trágica violência que assola Goiás é uma realidade em cada cidadão, em cada lar, em cada comércio, em cada rua das cidades. A irresponsabilidade de um Governo que ocupou-se dos sofismas para salvar seu mandato, levou Goiás a um verdadeiro inferno em se tratando de violência.
E a realidade não pode ser mascarada. Os números divulgados pela SSP-GO., ainda que subestimados, já que muitas vítimas de roubos e furtos sequer vão às delegacias prestarem queixas, mostram que ocorre um crime contra o patrimônio a cada 1 minuto e 35 segundos em Goiás. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, é de 45,35, quando a OMS considera como aceitável a média de 10 homicídios/100mil habitantes. Ou seja, mata-se em Goiás 4 vezes mais do que a média tolerada pela Organização Mundial de Saúde. Em Goiânia, essa média é ainda maior: 48,75 homicídios/100mil habitantes. Difícil, pra não dizer impossível, encontrarmos uma pessoa que não tenha sido, ou que não tenha tido um parente, vítima da violência em Goiânia, principalmente. O quadro real do estado é a realidade de um estado em guerra. O crime está banalizado, o governo de joelhos para a criminalidade. Vivemos uma verdadeira epidemia do crime, sobretudo pela falta de ações do governo estadual. As propagandas oficiais do governo mostram um estado que não existe, um estado sofismático, um estado de faz-de-conta. O que existe de fato em Goiás, é o medo de ser a próxima vítima, é o temor de chorar nossos filhos vítimas da violência sem controle e ignorada pelo estado. A irresponsabilidade do Governo Marconi beira a crueldade com os cidadãos goianos. Não é crível que assistamos passivamente o nosso estado sendo consumido pela violência, consequência única do mau governo que insiste em nos mostrar o contrário. O que está em jogo é a nossa vida, a vida dos nossos entes queridos, são os nossos bens, é a nossa paz. Essa é a verdadeira consequência de um governo que governa pra si, que governa para se manter no poder. A sua, a minha, a nossa leniência com esse quadro político que domina Goiás pode custar uma vida!

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