Goiás é o 4º estado mais violento do Brasil, com uma taxa de 41,53 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. Goiânia, a capital, ocupa a preocupante 28ª posição de cidade mais violenta o mundo. De janeiro a setembro de 2014 ocorreram, em Goiás, 2008 homicídios dolosos, uma estarrecedora média de 7,43 mortes/dia. Só no terceiro mandato de Marconi Perillo (PSDB), reeleito para mais quatro anos, foram 9.254 assassinatos, segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública e Justiça do Estado de Goiás. Vivemos uma verdadeira epidemia de homicídios. E a violência não cessa. Não obstante a esse quadro tenebroso, mais de 1,750 milhões de goianos, que foram as urnas reeleger o atual governador, disseram, com suas atitudes, que está tudo bem, que isso não preocupa e que devemos deixar como está. Outros 1,2 milhões de eleitores abstiveram-se de opinar e viraram as costas para o problema. A caótica situação da Segurança Pública em Goiás não foi e não é só uma bandeira da oposição. É problema que diz respeito a todos nós, inclusive aos eleitores de Perillo. Se a propaganda suplantou a realidade no auge da campanha política, estamos de volta ao mundo real. Marconi está reeleito e o caos permanece. A Polícia goiana trabalha, mas o resultado não reflete em segurança para a população. Os números da proatividade da Polícia são significativos: 78.887 abordagens policiais; 18.059 averiguações; 3.890 operações e 62.984 patrulhamentos no último mês. Apesar disso a criminalidade não diminui. Em setembro foram 214 homicídios e mais de 15 mil ocorrências de crimes contra o patrimônio no estado. É fundamental, desarmado os palanques, que a sociedade tenha altivez para cobrar soluções, para exigir projetos que efetivamente venham dar segurança a todos os goianos. É necessário que não percamos nossa capacidade de nos indignar com esse inaceitável quadro de insegurança pública, que nos coloca a todos como vítimas em potencial. Infelizmente, Marconi Perillo, enquanto governador, nunca teve competência para cuidar da segurança do povo goiano. Desde que assumiu em 1999, o número de homicídios em Goiás cresceu 220%. Apesar disso recebeu, democraticamente, o sufrágio popular para mais quatro anos. Rogamos, então, que algo seja feito e não sejamos nós os próximos a engrossar essa nefasta estatística da violência em Goiás.
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