Apesar da suposta neutralidade de Vanderlan Cardoso, conforme anunciado por ele próprio, o 2º turno das eleições em Goiás começa pra valer. A oposição, representada por Iris Rezende (PMDB) busca pôr fim a 16 anos de governo do chamado "Tempo Novo", um tempo que envelheceu faz tempo. Goiás, massacrado por uma das mais altas taxas de homicídios do país (41,53 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes) e 4º mais violento do país, tem em Iris Rezende a esperança de recuperar sua condição de estado tranquilo, próspero e pacífico. Sem ações efetivas do governo Marconi, os goianos sentem-se amedrontados e reféns em suas próprias casas, temendo o risco de serem as próximas vítimas do genocídio que assola o estado. Abertas as urnas no 1º turno, os números animam a oposição: Marconi não é imbatível. Analisando o resultado, chegamos a conclusão que o atual governador está longe de ser uma unanimidade, muito pelo contrário. Do total de 4.329.603 eleitores aptos a votarem no estado, Marconi foi sufragado nas urnas por apenas 1.451.330 goianos, ou seja, 33,52% dos eleitores goianos. Portanto, 66,48%, praticamente o dobro dos eleitores, não votaram em Perillo, ou porque votaram na oposição ou porque se abstiveram de ir às urnas. A alta abstenção verificada nesse pleito, algo em torno de 18,83%, deve-se, sobretudo, às falsas pesquisas que colocavam Perillo vencedor ainda no primeiro turno. Essa manipulação plantou uma certa descrença nos eleitores que entenderam que já não adiantava mais o voto contra Marconi e assim não perderam tempo em cumprir o seu dever cívico. Nesse 2º turno, entretanto, quando a eleição assume um caráter plebiscitário, onde o eleitor dirá se concorda ou não com todas as mazelas que tem sofrido a partir da leniência e inoperância do atual governo, a tendência é de baixa abstenção e de um maior número de votos contrários ao senhor governador do estado. O primeiro turno foi claro: Marconi não é imbatível e Goiás não tem dono.
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