Com a "máquina" na mão e dono da "caneta", Marconi Perillo, governador de Goiás e candidato à reeleição pelo PSDB, abusa do poder político e pratica um grave atentado à democracia no estado. A estratégia da cooptação é um duro golpe à política partidária e as consequências disso são extremamente graves para o futuro das gerações e, sobretudo, para o equilíbrio das forças políticas em Goiás. Exemplos dessa estratégia nociva ao regime democrático já vimos em estados que foram dominados por oligarquias, como o Maranhão e Bahia, por exemplo. Marconi Perillo, eleito governador em 1998 em meio ao sentimento de mudança que tomava o eleitor goiano, transformou-se, 16 anos depois, num verdadeiro coronel da política local e tem usado a força da máquina pública para cooptar adversários e minar os partidos oposicionistas, desequilibrando o processo político. Segundo os bastidores, como denunciado pelo senador eleito, Deputado Ronaldo Caiado, no início da campanha de 2014, vários prefeitos da oposição foram coagidos a declarar apoio a Marconi, sob pena de não terem seus convênios liberados. Vários peemedebistas, os quais continuam filiados ao partido, assumiram publicamente apoio a Marconi em detrimento da candidatura de Iris Rezende, cooptados que foram pelo governo de Perillo. São atitudes que colocam em risco a democracia e a política partidária, assegurada pela lei 9096/95. A prática da cooptação é o primeiro passo para o regime de exceção. Sem oposição representativa, o mandatário maior tende a se exceder, exercendo seu mandato de forma autoritária e arbitrária, enfraquecendo as instituições e sobrepujando os demais poderes constituídos. Goiás não pode aceitar essa politiquice mesquinha e perigosa. A democracia não pode ser negligenciada. A liberdade é um bem inalienável.
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