quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O voto contra Marconi Perillo é antes de tudo uma questão de responsabilidade e respeito à democracia.

O 2º turno das eleições em Goiás se avizinha. No dia 26/10 haveremos de decidir o futuro de Goiás pelos próximos 4 anos. Tudo foi dito. Tudo foi mostrado. Ninguém em sã consciência poderá alegar ignorância quanto as mazelas que tomaram Goiás nos últimos 16 anos. A situação da segurança pública, por exemplo, é fato que todos nós goianos sentimos na própria pele. Somos todos vítimas em potencial de um estado largado a própria sorte. Nenhum goiano poderá alegar ignorância quanto ao fato de que mais de 24.500 pessoas morreram assassinadas em Goiás desde que Marconi Perillo assumiu o governo em 1999. A violência cresceu tão assustadoramente quanto as consequências que assistimos hoje. Se em 1998 a taxa de homicídios era de 13/100 mil habitantes, em 2013 fechou a 41,53 mortes por cada grupo de 100 mil moradores. Um aumento de 220%. Ninguém poderá dizer que não sabia que só nesse terceiro mandato de Perillo 8.908 pessoas foram assassinadas, numa triste média de 6,52 pessoas por dia. Nenhuma pessoa de bem poderá alegar que não soube do suposto envolvimento de Perillo com o esquema do bicheiro Carlos Cachoeira. Cópia do inquérito penal aberto no STJ contra o governador de Goiás correu as redes sociais. Exaustivamente a oposição goiana mostrou o quanto o crime dominou Goiás nos últimos três anos e nove meses. Aquele que votar em Marconi Perillo para seu quarto mandato, não poderá alegar que não sabia que a CELG foi vendida por menos de 1% do seu valor de mercado: avaliada em R$ 6,5 bilhões, Marconi Perillo vendeu seu controle acionário por R$ 56 milhões. As consequências disso já estão sendo sentidas pelos goianos: aumento da conta de luz e os cotidianos apagões nas diversas regiões de Goiás. Quem votar em Marconi não terá como reclamar da má prestação de serviços da SANEAGO, por exemplo, que vem obscuramente praticando o racionamento de água na periferia de Goiânia e em cidades do interior. Nenhum goiano poderá alegar que não sabia que estava legitimando um estado de exceção em Goiás, já que é público e notório o aparelhamento do estado, a subserviência do legislativo e dos tribunais de contas ao executivo goiano. Ninguém poderá dizer que não viu o esfacelamento da política partidária, o aniquilamento da oposição no estado por meio da cooptação,  o que enfraquece consideravelmente a política representativa, favorecendo o autoritarismo e a ilegalidade. O que cada eleitor deverá ter consciência, no entanto, é que se reeleger Marconi estará referendando tudo de ruim que aconteceu em Goiás nos últimos 16 anos e que estarão legitimando um governo de 20 anos, algo só visto nas ditaduras. Portanto, que a consciência seja o norte de cada goiano de bem nesse segundo turno das eleições estaduais e que o medo, a leniência e a conivência não sejam maiores do que a coragem de mudar para manter a democracia no nosso Goiás.

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