Abertas as urnas em Goiás, uma constatação: as pesquisas de intenções de votos não refletiram a verdade. A divulgação quase diária de levantamentos feitos por diversos institutos, ampliando gradativamente os votos de Marconi Perillo, mostraram-se tendenciosas e tinham a clara intenção de induzir o eleitor menos atento. Não bastasse o erro proposital das pesquisas, as análises embasadas nos números suspeitos ajudaram a maximizar o efeito desse marketing nefasto no resultado final do primeiro turno. Institutos como Veritá, Fortiori, Serpes, Grupom e outros, insistiram até o último momento na tese de que Marconi Perillo seria eleito no primeiro turno e criaram uma confusão na cabeça do eleitor. Resultado: uma abstenção de quase 19%. Analistas e a mídia não tão imparcial insistiram na metodologia de que os votos dos indecisos, que apareciam nos levantamentos, deveriam ser desprezados no comput dos votos válidos, assim como são os nulos e brancos. Como a intenção era mesmo o de confundir o eleitor, muitos analistas se justificavam dizendo que era esse o método que o TSE utilizava para determinar os votos válidos. Era outra mentira. Na legislação não existe a figura do "indeciso". Tais votos só aparecem nas pesquisas e quando do pleito serão votos válidos de A, B ou C. Excluí-los na projeção de um resultado é falsear o prognóstico e induzir o eleitor ao erro. Os números apresentados pelos institutos de Goiás são nocivos à democracia, causam descrença em parte do eleitor e induz outro tanto. As autoridades, dada a discrepância entre o que foi apurado e os números apresentados durante a campanha, não podem ficar alheios a essa forma criminosa de induzir o eleitor.
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