Goiás é o 4º estado mais violento do Brasil, com uma taxa de 41,53 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. Goiânia, a capital, ocupa a preocupante 28ª posição de cidade mais violenta o mundo. De janeiro a setembro de 2014 ocorreram, em Goiás, 2008 homicídios dolosos, uma estarrecedora média de 7,43 mortes/dia. Só no terceiro mandato de Marconi Perillo (PSDB), reeleito para mais quatro anos, foram 9.254 assassinatos, segundo dados da própria Secretaria de Segurança Pública e Justiça do Estado de Goiás. Vivemos uma verdadeira epidemia de homicídios. E a violência não cessa. Não obstante a esse quadro tenebroso, mais de 1,750 milhões de goianos, que foram as urnas reeleger o atual governador, disseram, com suas atitudes, que está tudo bem, que isso não preocupa e que devemos deixar como está. Outros 1,2 milhões de eleitores abstiveram-se de opinar e viraram as costas para o problema. A caótica situação da Segurança Pública em Goiás não foi e não é só uma bandeira da oposição. É problema que diz respeito a todos nós, inclusive aos eleitores de Perillo. Se a propaganda suplantou a realidade no auge da campanha política, estamos de volta ao mundo real. Marconi está reeleito e o caos permanece. A Polícia goiana trabalha, mas o resultado não reflete em segurança para a população. Os números da proatividade da Polícia são significativos: 78.887 abordagens policiais; 18.059 averiguações; 3.890 operações e 62.984 patrulhamentos no último mês. Apesar disso a criminalidade não diminui. Em setembro foram 214 homicídios e mais de 15 mil ocorrências de crimes contra o patrimônio no estado. É fundamental, desarmado os palanques, que a sociedade tenha altivez para cobrar soluções, para exigir projetos que efetivamente venham dar segurança a todos os goianos. É necessário que não percamos nossa capacidade de nos indignar com esse inaceitável quadro de insegurança pública, que nos coloca a todos como vítimas em potencial. Infelizmente, Marconi Perillo, enquanto governador, nunca teve competência para cuidar da segurança do povo goiano. Desde que assumiu em 1999, o número de homicídios em Goiás cresceu 220%. Apesar disso recebeu, democraticamente, o sufrágio popular para mais quatro anos. Rogamos, então, que algo seja feito e não sejamos nós os próximos a engrossar essa nefasta estatística da violência em Goiás.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Advogado-Geral da União manifesta pela inconstitucionalidade do SIMVE.
Em manifestação à Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIN, ajuízada pelo Procurador Geral da República, tendo por objeto a Lei 17.882 de 27 de dezembro de 2012 do Estado de Goiás que institui o Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (SIMVE) na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, o Advogado Geral da União, Luis Inácio Lucena Adams manifestou-se pela procedência do pedido do PGR, aduzindo que a aludida lei deve ser declarada inconstitucional. Segundo o AGU, a lei atacada viola os artigos 37, Inciso II e 144 § 5º da Carta da República, "uma vez que a lei estadual em exame não comete aos policiais militares voluntários exercício de serviços administrativos ou auxiliares, mas atribuições próprias da graduação de soldado de 3a classe da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, destinadas "à execução de atividades militares de competência estadual, bem como de outras necessárias à proteção e defesa civil da comunidade". Ainda segundo o Advogado Geral "não há razão fática ou jurídica que autorize, exclusivamente no âmbito desse Estado-membro (Goiás), a instituição de critérios diversos dos definidos pelas normas federais para a prestação de serviço voluntário na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar. Para o Advogado Geral da União, "A regra do concurso (Art. 37 Incisos I e II da CF/88), como condição de acesso a cargos e empregos públicos, aplica-se tanto à primeira investidura como proíbe o aproveitamento de servidores em cargos de natureza e grau de complexidade diverso daqueles no quais se deu o ingresso no serviço público". Por derradeiro, Luis Adams ressalta que, "em situações como a retratada na presente ação direta, em que a União e Estado-membro legislaram sobre um mesmo aspecto de determinada matéria, a defesa da constitucionalidade da lei editada por um desses entes implica o reconhecimento da invalidade do ato normativo veiculado pelo outro". O AGU lembrou na sua peça que o Governador de Goiás deixou de prestar as informações solicitadas.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Advogado Alex Neder consegue importante vitória em favor da Liberdade de Expressão e Informação.
Alex Neder, Advogado |
Atuando na defesa dos jornalistas Ulisses Aesse, Deusmar Barreto, Sabrina Ritiely e João Bosco Bittencourt, em ação movida pelo ex-secretário da fazenda do Governo Alcides Rodrigues, Jorcelino Braga, o Advogado Alex Neder (foto), um dos maiores nomes da advocacia goiana, conseguiu importante vitória que privilegia a liberdade de expressão e de informação. Julgando recurso do ex-secretário, que acusava os jornalistas da prática de injúria por matéria veiculada na coluna "Para-Choque" do Jornal Diário da Manhã em 2011, a Junta Recursal dos Juizados Especiais acolheu a tese defendida por Neder e negou provimento ao recurso de Braga. No seu voto, o juiz Osvaldo Rezende Silva anotou que "o ânimo de gracejo, ainda que ácido, não abrange necessariamente o elemento subjetivo exigido para a caracterização do tipo penal (a injúria)". Alex Neder, filho de tradicional família da advocacia goiana, que há mais de três décadas tem se dedicado à defesa de jornalistas e profissionais da imprensa em geral, elogiou a decisão da justiça e a atuação do Ministério Público, representado pelo Promotor Luis Eduardo Barros Ferreira que defendeu a liberdade de imprensa, entendendo-a como instrumento de cidadania. Segundo Neder "o profissional da imprensa narra o fato e leva ao conhecimento da sociedade fatos de interesse moral, social e público. Essa é uma bandeira que sempre defendemos", frisou. O advogado, sempre atento a liberdade constitucional assegurada pela carta cidadã, sustenta que "as pessoas investidas em um cargo público precisam ter um nível maior e mais elevado de tolerância à críticas, porque está exposto como agente público e não como defensor de seus interesses particulares". Neder conclui brilhantemente a sua defesa em prol da liberdade de expressão e opinião, dizendo que "quem está na vida pública precisa estar pronto para debater e se defender sem se valer de processos judiciais ou da intimidação de perseguir jornalistas e mover toda estrutura do poder judiciário em proveito próprio. Felizmente a justiça já está corrigindo isso e negando prosseguimento a essa anomalias", completa. De fato a inalienável liberdade de imprensa, opinião e expressão é o baluarte da democracia e de uma sociedade mais justa e fraterna.
domingo, 26 de outubro de 2014
Parabéns, Iris Rezende, por sua coragem e seu amor por Goiás.
Iris Rezende Machado é um homem que tem o mais alto lugar na história política de Goiás e do Brasil. É antes de tudo um democrata. Cassado pelo regime de exceção instalado no Brasil, Iris voltou nos braços do povo, literalmente, em 1982 para reconstruir e construir Goiás. Governador por 2 mandatos, Ministro da Justiça e da Agricultura, Senador e Prefeito de Goiânia por 3 vezes, Iris é a representação máxima da política goiana. Com 56 anos de vida pública, doou-se para a construção de uma sociedade democrática, mais justa e mais fraterna. Aos 80 anos de idade não se acovardou e partiu para mais um embate contra o desmando que domina Goiás. Não teve medo de mostrar ao povo goiano as mazelas de Goiás, a falta de governabilidade, a omissão estatal e a incompetência de um governo midiático. Infelizmente, o eleitor goiano preferiu o continuísmo nefasto, muito embora não tenha consciência disso, pois foi induzido pelas milionárias campanhas midiáticas e o agachamento vergonhoso da imprensa local patrocinado pelo atual governo. Iris saiu da comodidade dos gabinetes refrigerados e veio para a rua bradar contra a violência absurda que domina Goiás, veio bradar contra o achaque aos professores, contra a elitização da saúde e contra a corrupção que tomou o governo de Goiás. Sentiu o aço do punhal dos pusilânimes, aquele que nunca enferruja pois sempre estará cravado nas costas de alguém. Foi traído dentro do partido que sempre defendeu e que nunca abandonou. É um dos poucos políticos do Brasil que nunca mudou de partido em mais de 56 anos de vida pública. Por tudo isso Iris Rezende está de parabéns. Se encerrasse aqui a sua carreira política o faria com honra, com todas as glórias de um vencedor. É um homem a quem Goiás deve muito de sua história e de suas conquistas. Goiás e Iris se confundem. Se o povo goiano o privou de fazer o melhor governo de sua vida, Iris nos deixa o exemplo de luta, de coragem e dignidade, com os quais haveremos de continuar nossa luta em defesa da liberdade e da democracia em Goiás. Obrigado Iris Rezende Machado.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
O voto contra Marconi Perillo é antes de tudo uma questão de responsabilidade e respeito à democracia.
O 2º turno das eleições em Goiás se avizinha. No dia 26/10 haveremos de decidir o futuro de Goiás pelos próximos 4 anos. Tudo foi dito. Tudo foi mostrado. Ninguém em sã consciência poderá alegar ignorância quanto as mazelas que tomaram Goiás nos últimos 16 anos. A situação da segurança pública, por exemplo, é fato que todos nós goianos sentimos na própria pele. Somos todos vítimas em potencial de um estado largado a própria sorte. Nenhum goiano poderá alegar ignorância quanto ao fato de que mais de 24.500 pessoas morreram assassinadas em Goiás desde que Marconi Perillo assumiu o governo em 1999. A violência cresceu tão assustadoramente quanto as consequências que assistimos hoje. Se em 1998 a taxa de homicídios era de 13/100 mil habitantes, em 2013 fechou a 41,53 mortes por cada grupo de 100 mil moradores. Um aumento de 220%. Ninguém poderá dizer que não sabia que só nesse terceiro mandato de Perillo 8.908 pessoas foram assassinadas, numa triste média de 6,52 pessoas por dia. Nenhuma pessoa de bem poderá alegar que não soube do suposto envolvimento de Perillo com o esquema do bicheiro Carlos Cachoeira. Cópia do inquérito penal aberto no STJ contra o governador de Goiás correu as redes sociais. Exaustivamente a oposição goiana mostrou o quanto o crime dominou Goiás nos últimos três anos e nove meses. Aquele que votar em Marconi Perillo para seu quarto mandato, não poderá alegar que não sabia que a CELG foi vendida por menos de 1% do seu valor de mercado: avaliada em R$ 6,5 bilhões, Marconi Perillo vendeu seu controle acionário por R$ 56 milhões. As consequências disso já estão sendo sentidas pelos goianos: aumento da conta de luz e os cotidianos apagões nas diversas regiões de Goiás. Quem votar em Marconi não terá como reclamar da má prestação de serviços da SANEAGO, por exemplo, que vem obscuramente praticando o racionamento de água na periferia de Goiânia e em cidades do interior. Nenhum goiano poderá alegar que não sabia que estava legitimando um estado de exceção em Goiás, já que é público e notório o aparelhamento do estado, a subserviência do legislativo e dos tribunais de contas ao executivo goiano. Ninguém poderá dizer que não viu o esfacelamento da política partidária, o aniquilamento da oposição no estado por meio da cooptação, o que enfraquece consideravelmente a política representativa, favorecendo o autoritarismo e a ilegalidade. O que cada eleitor deverá ter consciência, no entanto, é que se reeleger Marconi estará referendando tudo de ruim que aconteceu em Goiás nos últimos 16 anos e que estarão legitimando um governo de 20 anos, algo só visto nas ditaduras. Portanto, que a consciência seja o norte de cada goiano de bem nesse segundo turno das eleições estaduais e que o medo, a leniência e a conivência não sejam maiores do que a coragem de mudar para manter a democracia no nosso Goiás.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Adesismos, frutos da cooptação política praticada por Perillo, colocam em risco a democracia em Goiás.
Com a "máquina" na mão e dono da "caneta", Marconi Perillo, governador de Goiás e candidato à reeleição pelo PSDB, abusa do poder político e pratica um grave atentado à democracia no estado. A estratégia da cooptação é um duro golpe à política partidária e as consequências disso são extremamente graves para o futuro das gerações e, sobretudo, para o equilíbrio das forças políticas em Goiás. Exemplos dessa estratégia nociva ao regime democrático já vimos em estados que foram dominados por oligarquias, como o Maranhão e Bahia, por exemplo. Marconi Perillo, eleito governador em 1998 em meio ao sentimento de mudança que tomava o eleitor goiano, transformou-se, 16 anos depois, num verdadeiro coronel da política local e tem usado a força da máquina pública para cooptar adversários e minar os partidos oposicionistas, desequilibrando o processo político. Segundo os bastidores, como denunciado pelo senador eleito, Deputado Ronaldo Caiado, no início da campanha de 2014, vários prefeitos da oposição foram coagidos a declarar apoio a Marconi, sob pena de não terem seus convênios liberados. Vários peemedebistas, os quais continuam filiados ao partido, assumiram publicamente apoio a Marconi em detrimento da candidatura de Iris Rezende, cooptados que foram pelo governo de Perillo. São atitudes que colocam em risco a democracia e a política partidária, assegurada pela lei 9096/95. A prática da cooptação é o primeiro passo para o regime de exceção. Sem oposição representativa, o mandatário maior tende a se exceder, exercendo seu mandato de forma autoritária e arbitrária, enfraquecendo as instituições e sobrepujando os demais poderes constituídos. Goiás não pode aceitar essa politiquice mesquinha e perigosa. A democracia não pode ser negligenciada. A liberdade é um bem inalienável.
sábado, 18 de outubro de 2014
Prisão de suposto serial killer expõe a incompetência do Governo Perillo com a Segurança Pública.
Thiago Henrique confessou ter matado 39 pessoas em Goiânia. |
A prisão do suposto serial killer que agia havia mais de 3 anos em Goiânia, expõe, definitivamente, a incompetência da Segurança Pública do Governo Marconi Perillo. Só depois de 39 homicídios e aproximadamente 90 assaltos ao comércio e transeuntes, o maior matador em série da literatura policial do mundo foi capturado pela polícia goiana. Infelizmente o governo que se sustenta numa milionária campanha midiática, não conseguiu, através da sua secretaria de segurança, evitar a morte dos inocentes que sucumbiram à psicopatia do assassino. Mais revoltante, ainda, é ver o governador candidato vir a público capitalizar politicamente a prisão do homicida, como se esse fato pudesse, de alguma forma, dar uma conotação de competência à polícia goiana e, concomitantemente, ao seu governo. Pelo contrário, Goiânia, já conhecida no mundo inteiro como uma das cidades mais violenta do planeta, "título" conquistado no 3º mandato de Perillo, agora é vista lá fora como a cidade que faz jus a posição que ocupa no ranking da violência mundial. Goiânia, agora, é vista como a cidade do maior serial killer da história mundial. O pai de uma das vitimas do matador, muito emocionado em saber que o filho foi uma das vítimas do suposto assassino, soou muito oportuno e coerente em suas palavras: "meu filho estaria vivo se eles tivessem prendido ele". É exatamente assim que sentem-se os demais familiares das vítimas desse matador que, por quase 3 anos, agiu livre e sistematicamente para tirar a vida de pessoas de bem e completamente inocentes. Parentes e amigos das vítimas relataram que, além da dor da perda do ente querido, muitos tiveram que conviver, também, com a insinuação de que a vítima estivesse envolvida com drogas e outros crimes que a princípio poderiam explicar a execução. Esse tem sido o retrato da Segurança Pública em Goiás. As vítimas, em geral, têm sido criminalizadas antes de qualquer investigação e atribuir um assassinato e/ou execução ao envolvimento dessas pessoas com drogas tem sido a tônica para se justificar os absurdos números de mortes em Goiás, o que, em tese, aliviaria a situação do governo e criaria o sofismo de que a violência é uma questão nacional e está diretamente ligada às drogas. A tardia prisão desse suposto matador em série prova, no entanto, que as drogas não são, necessariamente, a causa primária do genocídio que ocorre em Goiás. A incompetência do governo vem em primeiro lugar.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Decepção: deputado eleito, Delegado Waldir mostra intolerância e diz que vai processar seus críticos.
Durou pouco a lua de mel do deputado eleito e mais votado de Goiás, Delegado Waldir (PSDB), com seus eleitores. Depois de ser criticado nas redes por haver se manifestado contra a escolha de Ronaldo Caiado, senador eleito, para a pasta da segurança pública de um eventual governo de Iris Rezende, o Deputado Federal que conquistou mais de 270 mil votos e se tornou o grande fenômeno das eleições em Goiás, perdeu a compostura e ameaçou processar seus críticos. Segundo o Delegado Waldir, ele vai ganhar um dindim, e os seus críticos mais afoitos "podem ir já contratando um bom advogado". Continuando, o delegado disse que "ali no juizado, vamos propor ações indenizatórias. Acho que com o dinheiro é possível fazermos uma festa para nossos amigos", escreveu o Deputado eleito. Waldir, disse também, que irá propor ações penais contra quem o criticou. Causou espanto as declarações do Delegado. Assíduo usuário das redes sociais, de onde alavancou sua candidatura e angariou os votos que o fizeram o deputado mais votado de Goiás, Waldir soou absolutamente irreconhecível. O homem que sempre lançou mão do discurso republicano e que foi eleito amparado pelo estado democrático, demonstrou intolerância ao direito inalienável que todos temos de discordar e nos manifestar. Ao ameaçar de processos os seus críticos, o delegado cai na vala comum dos que não tem apreço pela democracia e nem pela liberdade de expressão e opinião. É lamentável que a esperança que seus eleitores depositaram em sua pseudo capacidade de fortalecer a democracia e a liberdade dos bons, tenha durado tão pouco. Nunca, na história de Goiás, uma gama tão grande de eleitores se decepcionaram com o voto confiado a um candidato em tão pouco tempo, como se vê nesse caso do Deputado delegado. É possível que, se a eleição fosse hoje, Waldir não teria votos para se eleger vereador de Goiânia. Ao dizer que vai propor ações penais contra quem dele discorda, o Delegado junta a todos, bandidos e pessoas do bem, no mesmo balaio. Mais uma vez, lamentável!
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Ao criticar Caiado e apoiar Perillo, o Delegado Waldir divide opiniões e causa descontentamento na rede.
Depois de ser eleito o deputado federal por Goiás mais votado, com mais de 274 mil votos, o Delegado Waldir (foto) mudou o seu discurso e tem desagradado boa parte do seu eleitorado. Em comentário postado hoje em sua página no facebook, o Delegado critica o convite que o candidato do PMDB, Iris Rezende, fez ao senador eleito por Goiás, Ronaldo Caiado, para que, se eleito, assuma a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Para Waldir isso seria uma "traição" de Caiado e que ele não teria competência para tal. A grande maioria dos internautas desaprovaram a forma como o delegado deputado abordou o assunto e viram na sua fala uma certa arrogância e preconceito com outras profissões. O Delegado que fez uma campanha solo, sem discurso de apoio a Perillo e sem contar com o apoio do governador, veio a público, assim que eleito, envidar apoio ao candidato do PSDB, mudando radicalmente a sua posição em relação ao governo do correligionário. Waldir era um contumaz crítico da forma como se conduziu a segurança pública em Goiás, chegando a fazer críticas abertas às investigações dos assassinatos de mulheres em Goiânia. Waldir se dizia convicto da existência de um serial killer, enquanto a cúpula da SSP negava. Na realidade o delegado sempre foi o "patinho" feio da polícia de Perillo. Por várias vezes foi transferido de delegacia, porque, segundo os bastidores, aparecia demais e falava demais. E essa injustiça que sofreu do governo de Marconi Perillo foi o grande alavancador de votos do deputado eleito. Muitos que comentaram o post do delegado disseram que jamais votariam nele se soubesse que ele viria a defender o que chamaram de "pior governo que Goiás já teve". Outra mancada do Delegado foi o fato de criticar Caiado, dizendo que ele traiu aqueles que o elegeram para o senado, quando os jornais de Goiás divulgaram que o seu nome é cotado para assumir a mesma secretaria de segurança pública, em caso de vitória do tucano. Será que o delegado se declinaria de um eventual convite de Perillo para que o ajudasse a diminuir a violência absurda que assola Goiás? De qualquer forma, o que se viu pelos comentários na página do delegado foi uma grande decepção dos eleitores que votaram no 45 do calibre e no 00 da algema... pro bandido!
Clicando aqui você pode ler o post do delegado no facebook
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Clima do "já ganhou" mostra a verdadeira face de Marconi Perillo.
Marconi Perillo, o candidato do PSDB à reeleição em Goiás, que tem anunciando aos quatros cantos que faria uma campanha limpa e propositiva, acabou por revelar sua verdadeira faceta. Governador em terceiro mandato, Marconi vinha tentando disfarçar o incômodo de ver as revelações sobre sua suposta participação no esquema do bicheiro Cachoeira, desbaratado pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, mostradas no programa eleitoral do PMDB. Empolgado pela pesquisa SERPES, que lhe dá uma confortável margem em relação ao candidato da oposição, Perillo revelou-se extremamente arrogante, presunçoso e autoritário ao falar de Iris Rezende. O Governador de Goiás, que por muito menos tem usado e abusado da judicialização da opinião em Goiás, processando todos que ousam criticar o seu governo, chamou Iris de velhaco, falso, mentiroso e arcaico, numa clara demonstração de preconceito com a idade do oponente. A atitude do senhor governador, durante evento com lideranças do PTB e aliados, expõe o lado obscuro do cidadão Marconi, que coleciona uma série de episódios que demonstram autoritarismo e violência, como por exemplo a agressão ao presidente da irmandade das congadas de Catalão, Leonardo Bueno, como mostra vídeo divulgado nas redes sociais e no Youtube. A atitude de Marconi Perillo, que já não disfarça mais sua prepotência e agora se mostra preconceituoso, mostra o quanto o povo goiano está prestes a legitimar um governador que cada vez mais se distancia da democracia que o elegeu por três mandatos. Mais grave ainda, é o fato de que as atitudes do comandante do executivo goiano tem legitimado e encorajado seus comandados a agirem também de forma violenta e anti-democrática, alguns até pregando a violência física para forçarem a subserviência ao governo de Perillo, como fez o blogueiro Cleuber Carlos, que recebe verbas do governo estadual, ao dizer que "precisamos acidentar o Wesley", em alusão ao candidato do PSOL Prof. Wesley. Isso é muito grave e pode levar Goiás a um estado de exceção com consequências imprevisíveis e sem precedentes na história de Goiás.
sábado, 11 de outubro de 2014
Por críticas ao seu governo, Marconi Perillo processa Promotor de Justiça.
Marconi Perillo, governador de Goiás e candidato à reeleição, visando o quarto mandato, continua demonstrando pouca capacidade de lidar com críticas ao seu governo. Misturando o público com o privado, Perillo continua dando azo a sua prática de calar seus críticos com processos judiciais. Em plena campanha eleitoral, o senhor governador de Goiás, depois de intentar contra o Facebook e o Twiiter, dá mais uma prova clara de que é pouco afeito a liberdade de expressão e opinião. Em ação protocolada na 12ª Vara Cível de Goiânia, Marconi Perillo interpôs ação de indenização contra o Promotor de Justiça de Goiás, Fernando Krebs. Atuante nas redes, como qualquer outro cidadão goiano que não compactua com certas práticas do governo de Perillo, Krebs tem emprestado sua verve em críticas pontuais e pertinentes, adstritas, porém, ao governo do estado. Marconi Perillo, no entanto, não consegue separar o homem público do cidadão, aquele que está governador, e que, portanto, está sujeito às críticas inerentes ao cargo, do homem Marconi. Em relação a liberdade constitucional de se exercer o direito à crítica, o STF, em julgamento de Mandado de Segurança prolatado pelo eminente Ministro Marco Aurélio Melo, assim de posicionou: "o homem público está na vitrina, é um livro aberto, e não se pode tomar a privacidade dele do modo como ocorre quanto aos cidadãos em geral. Presta contas, passo a passo, aos destinatários dos serviços a serem desenvolvidos, que, com isso, podem cobrar a necessária eficiência". Fica claro, portanto, que o desejo de Perillo não é o de promover o debate, de discutir projetos, de melhorar o seu governo. Ao confundir as críticas dirigidas ao seu governo com ofensas a si próprio, Marconi dá claros sinais de que não tem apreço pela democracia que, ironicamente, o elegeu por 5 vezes em Goiás. De bom alvitre, a lição do decano do STF, Ministro Celso de Melo, acerca da liberdade de expressão e opinião: "Nada mais nocivo, nada mais perigoso do que a pretensão do Estado de regular a liberdade de expressão, ou de ilegitimamente interferir em seu exercício, pois o pensamento há de ser livre, permanentemente livre, essencialmente livre". Que o povo goiano tenha o juízo e a capacidade de dizer a Marconi Perillo que Goiás não tem dono. Goiás é de todos nós!
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Marconi, no 1º turno, teve apenas 33,52% dos votos de todo eleitorado goiano.
Apesar da suposta neutralidade de Vanderlan Cardoso, conforme anunciado por ele próprio, o 2º turno das eleições em Goiás começa pra valer. A oposição, representada por Iris Rezende (PMDB) busca pôr fim a 16 anos de governo do chamado "Tempo Novo", um tempo que envelheceu faz tempo. Goiás, massacrado por uma das mais altas taxas de homicídios do país (41,53 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes) e 4º mais violento do país, tem em Iris Rezende a esperança de recuperar sua condição de estado tranquilo, próspero e pacífico. Sem ações efetivas do governo Marconi, os goianos sentem-se amedrontados e reféns em suas próprias casas, temendo o risco de serem as próximas vítimas do genocídio que assola o estado. Abertas as urnas no 1º turno, os números animam a oposição: Marconi não é imbatível. Analisando o resultado, chegamos a conclusão que o atual governador está longe de ser uma unanimidade, muito pelo contrário. Do total de 4.329.603 eleitores aptos a votarem no estado, Marconi foi sufragado nas urnas por apenas 1.451.330 goianos, ou seja, 33,52% dos eleitores goianos. Portanto, 66,48%, praticamente o dobro dos eleitores, não votaram em Perillo, ou porque votaram na oposição ou porque se abstiveram de ir às urnas. A alta abstenção verificada nesse pleito, algo em torno de 18,83%, deve-se, sobretudo, às falsas pesquisas que colocavam Perillo vencedor ainda no primeiro turno. Essa manipulação plantou uma certa descrença nos eleitores que entenderam que já não adiantava mais o voto contra Marconi e assim não perderam tempo em cumprir o seu dever cívico. Nesse 2º turno, entretanto, quando a eleição assume um caráter plebiscitário, onde o eleitor dirá se concorda ou não com todas as mazelas que tem sofrido a partir da leniência e inoperância do atual governo, a tendência é de baixa abstenção e de um maior número de votos contrários ao senhor governador do estado. O primeiro turno foi claro: Marconi não é imbatível e Goiás não tem dono.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
A oposição goiana venceu Marconi Perillo no primeiro turno e pode vencer outra vez.
A oposição em Goiás venceu o primeiro turno das eleições. 54% dos eleitores que foram às urnas no último domingo disseram não a um governo que destruiu a carreira dos professores, que, segundo a Polícia Federal e o STJ, se associou ao criminoso esquema comandado por Carlos Cachoeira, montando uma verdadeira rede de corrupção em Goiás nunca antes vista por essas bandas. A maioria do eleitorado goiano disse não à violência que assola Goiás e os goianos, disse não à condição de 4º estado mais violento do país, vergonhoso título conquistado pela leniência, omissão e incompetência do governo do PSDB. Só nesse terceiro mandato de Perillo foram quase 9 mil homicídios e mais 9 mil tentativas de homicídios registradas. Nesse 2º turno, a oposição unida no propósito de salvar Goiás, de devolver a segurança e o prazer de se viver aqui, ira ratificar o resultado do primeiro turno das eleições. Os goianos dirão não a Marconi Perillo e encerrará um ciclo de 16 anos de um governo que se segura na propaganda. Foram mais de R$ 500 milhões gastos com publicidade, mostrando um estado que não existe em detrimento das prioridades que o povo goiano anseia, como segurança, saúde e educação. Iris Rezende, homem que tem uma história de mais de 56 anos na vida pública dedicados a Goiás e ao Brasil, é o representante da oposição em Goiás. É ele quem conduzirá o processo da redemocratização do estado, que porá fim aos esquemas e aparelhamento da máquina estatal. Hoje a oposição é Iris Rezende e, por amor a Goiás, marchará unida no propósito de retomar Goiás para os goianos.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
2º Turno em Goiás: uma eleição onde o goiano dirá se tem brio ou se o masoquismo é sua maior diversão.
O 2º Turno é uma nova eleição! Essa afirmação é uma unanimidade entre políticos e marqueteiros. Com igualdade de tempo no rádio e na televisão, o embate direto entre os candidatos tende a alcançar, com maior ênfase, o eleitor. Uma outra característica do 2º turno é o caráter plebiscitário da eleição, quando entre os finalistas está um candidato à reeleição. Ou seja, o eleitor dirá se está satisfeito ou não com a administração daquele que busca se reeleger. Em Goiás o povo dirá sim ou não para Marconi Perillo. Dirá, entre outras coisas, se está satisfeito com os absurdos números da violência que assola Goiás, se está satisfeito de morar num estado onde a taxa de homicídio é de 41,53 mortes por 100 mil habitantes, quando a aceitável pela OMS é de 10 mortes por cada grupo de 100 mil moradores. O eleitor terá a oportunidade de dizer se está tudo bem viver num estado onde a média diária de assassinato é de 6,57 mortes. Se concorda com a inimaginável onda de roubos a residências, a veículos e aos comércios. A eleição em 2º turno em Goiás permitirá que o eleitor diga se está ou não satisfeito com a saúde pública terceirizada, que deixa de atender o cidadão para parecer de primeiro mundo, se concordou com Perillo quando ele retirou a titularidade dos professores e acabou com a carreira dos docentes da rede estadual. O eleitor goiano também dirá, nesse 2º turno, se compactua com o suposto envolvimento de Perillo com o esquema de Carlos Cachoeira, como o acusa o MPF em inquérito penal aberto no STJ. Enfim, o 2º turno dirá se nós, goianos, temos brio ou se o masoquismo é o que nos diverte.
As urnas provaram que as pesquisas em Goiás tinham o intuito de beneficiar Perillo.
Abertas as urnas em Goiás, uma constatação: as pesquisas de intenções de votos não refletiram a verdade. A divulgação quase diária de levantamentos feitos por diversos institutos, ampliando gradativamente os votos de Marconi Perillo, mostraram-se tendenciosas e tinham a clara intenção de induzir o eleitor menos atento. Não bastasse o erro proposital das pesquisas, as análises embasadas nos números suspeitos ajudaram a maximizar o efeito desse marketing nefasto no resultado final do primeiro turno. Institutos como Veritá, Fortiori, Serpes, Grupom e outros, insistiram até o último momento na tese de que Marconi Perillo seria eleito no primeiro turno e criaram uma confusão na cabeça do eleitor. Resultado: uma abstenção de quase 19%. Analistas e a mídia não tão imparcial insistiram na metodologia de que os votos dos indecisos, que apareciam nos levantamentos, deveriam ser desprezados no comput dos votos válidos, assim como são os nulos e brancos. Como a intenção era mesmo o de confundir o eleitor, muitos analistas se justificavam dizendo que era esse o método que o TSE utilizava para determinar os votos válidos. Era outra mentira. Na legislação não existe a figura do "indeciso". Tais votos só aparecem nas pesquisas e quando do pleito serão votos válidos de A, B ou C. Excluí-los na projeção de um resultado é falsear o prognóstico e induzir o eleitor ao erro. Os números apresentados pelos institutos de Goiás são nocivos à democracia, causam descrença em parte do eleitor e induz outro tanto. As autoridades, dada a discrepância entre o que foi apurado e os números apresentados durante a campanha, não podem ficar alheios a essa forma criminosa de induzir o eleitor.
sábado, 4 de outubro de 2014
AOS LADRÕES A REPÚBLICA! - Por Alex Neder
Alex Neder, Advogado. |
Entre os
corriqueiros escândalos de corrupção que tomam conta dos veículos de
comunicação no país, a onda do momento é a operação Lava jato, que acabou por
derrubar uma figura de proa do esquema de arrepiar cabelos, envolvendo
corrupção de grosso calibre e lavagem de dinheiro. Coisa de bilhões de dólares,
da nossa amada e idolatrada Petrobras, envolvendo 32 deputados, senadores,
possíveis ex-governadores e ministros de Estado.
A
operação Lava jato terminaria em grandes volumes de processo, com ferrenha
disputa jurídica sobre a licitude das provas e coisas do gênero , não fosse o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, ter feito acordo
de “delação premiada” com a Procuradoria da Republica, com a anuência do Supremo Tribunal Federal,
foro privilegiado das figuras envolvidas nessa roubalheira de fazer tremer os
alicerces da República.
A delação premiada,
aprimorada pela lei 12.850/2013, conhecida como lei de combate a organização
criminosa, prevê ao colaborador desde a redução da pena em até 2/3 (dois terços) e/ou o perdão
judicial, dependendo da colaboração e podendo o Ministério Público deixar,
inclusive, de denunciar o colaborador.
Como diziam
os chineses, “o exemplo vale mais do que mil palavras”. O ex- diretor da
Petrobras, Paulo Roberto Costa, resolveu
utilizar-se da delação premiada porque viu o fim do operador do “mensalão”,
Marcos Valério, que resolveu confiar no decantado poder político de seus
comparsas e acabou contemplado com quase
40 anos de prisão, pena aplicada pela mais alta corte de justiça do
País, o Supremo Tribunal Federal.
O efeito foi
tão devastador que Costa, além de ser delator, apontando boa parte de
integrantes do Congresso Nacional e
empreiteiras como envolvidos, devolveu candidamente a bagatela de U$23 milhões
de dólares recebidos de uma empreiteira para facilitar contratos com a
Petrobras. Depositado na Suíça, o dinheiro já se encontra bloqueado e com a sua
repatriação autorizada por Costa, o que evita acionar a cooperação jurídica
internacional, uma burocracia sem fim.
Os
depoimentos de Costa, gravados e filmados, foram criptografados e enviados à Procuradoria
Geral da República e ao Ministro Teori Zavascki. A criptografia é para
segurança do conteúdo e, também, para não assustar ninguém de noite...
Na mesma
esteira, o doleiro Alberto Youssef,
apontado como parceiro e sócio de Costa, resolveu seguir o exemplo do
companheiro. Dispensou advogados que eram contra, arrumou um que é a favor e já
prepara os termos da sua delação premiada, porque também não quer ser outro
Marcos Valério.
O que me chama
atenção diante desse quadro que causou e causa comoção e indignação social, é o
fato dos depoimentos de Costa estarem trancados
a sete chaves, enquanto nós estamos na véspera de um pleito eleitoral nacional,
em que vamos renovar o nosso Parlamento escolher nosso Presidente.
Pelas poucas
informações que vazaram, estariam envolvidos no esquema criminoso 32 deputados
federais e senadores. Boa parte dessas criaturas está disputando a reeleição, a
maioria para manter o mandato parlamentar, que tem sido o refugio de infratores
que dilapidam a coisa publica, em detrimento da saúde, da educação e da
segurança publica, dentre outros estragos que causam a nação, matando sonhos e
pessoas todos os dias.
Particularmente,
sou árduo e ferrenho defensor da plena liberdade
de expressão e informação e penso que o povo brasileiro tem o direito de
conhecer o conteúdo dos depoimentos do Sr. Costa e fazer suas próprias
avaliações para não cometer o erro de eleger corruptos para integrar o Congresso Nacional, obrigando-nos a
suportar por 4 anos os deputados reeleitos, o que seria um escárnio.
Embora a lei crie restrições à divulgação dos
depoimentos do delator, mantendo-o sob sigilo até o oferecimento da denúncia,
penso que o interesse público, nesse caso, sobreleva em muito a restrição
legal.
Importante ressaltar que
defendo essa tese como cidadão e eleitor e me incluo entre os que não gostariam
de, enganados, eleger um individuo envolvido em um esquema como esse.
Alguém já disse que devemos nos lembrar
dos erros do passado para não repeti-los no futuro. Somente ficamos sabendo do
conteúdo da operação Vegas quando estourou a operação Monte Carlo. Fatos
ficaram encobertos e que, se conhecido por todos, poderiam ter mudado o curso
de muitos acontecimentos.
Evidente que os
depoimentos do Sr. Costa não podem ser aceitos como verdade absoluta e todos
que forem citados merecem o amplo direito de defesa, mas o cidadão eleitor tem
um direito público relevante de conhecer todos os fatos que envolvem os
congressistas e autoridades públicas antes das eleições. Caso contrário, o
estrago poderá aumentar em muito o que já foi feito na Petrobras e, depois do
pleito eleitoral, só poderemos lamentar e dizer “infelizmente” aos ladrões a
república!
*Alex Neder é Advogado Criminalista, Membro do Conselho de Transparência Pública e Combate a Corrupção do Estado de Goiás e Membro da Comissão de Acompanhamento Forense da OAB-GO (CAF) Triênio 2013-2015.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Segundo turno em Goiás - Carta aberta ao povo de Goiás.
É chegada a hora. Em nossas mãos, ou melhor, em nossos dedos reside a responsabilidade para com o nosso estado. Domingo, dia 26/10, é o limiar de uma nova era ou a continuidade de um tempo novo que envelheceu com os vícios que o poder inevitavelmente carrega consigo. Ninguém melhor do que o tempo para contar a história. E esse exímio e verdadeiro contador de história mostra-nos um Goiás que precisa ser mudado, que precisa ser repaginado, retomado na essência da boa política e da boa administração. Goiás precisa apartar-se dos esquemas criminosos arraigados numa administração que perdeu-se na vaidade e arrogância de um ex-democrata que hoje flerta com a tirania. A situação do estado, com as maiores taxas de homicídios da história, um sistema prisional falido, a saúde terceirizada e distante do cidadão, uma polícia desmotivada, os professores vilipendiados na sua sagrada missão de ensinar e a falta de perspectivas de soluções para os problemas que efetivamente atormentam o povo goiano, é a deixa para a mudança. Não há que temermos a quebra de paradigmas. O próprio Marconi é vítima da perpetuação no poder. O poder o corrompeu. E a prova são os processos a que responde no STJ, principalmente aquele que o investiga por suposta participação no esquema Cachoeira. A democracia se constrói com alternância e só nos regimes de exceção é crível alguém governar por 20 anos ininterruptos, como pretende Perillo aqui em Goiás. A mudança é salutar para que tenhamos chances de construir um Goiás melhor, menos violento e com perspectiva de vida para nossos filhos, netos e bisnetos. O continuísmo nos afasta da esperança. Que Deus ilumine a todos!
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Eleições: Marconi parte para o jogo sujo, mente para o povo de Anápolis e comete crime eleitoral.
A Campanha do candidato a reeleição, Marconi Perillo (PSDB) partiu para a baixaria de vez. O candidato que iniciou pregando uma campanha limpa e sem ataques, embora patrocinando blogs e jornais para denegrir a imagem e honra dos demais candidatos, atirou-se de vez no lamaçal da baixa política. A Polícia prendeu, na manhã de hoje, em Anápolis, o terceiro maior colégio eleitoral do estado e terra do candidato do PT, Antônio Gomide, um carro de som contratado pela coligação "Certeza de um futuro melhor para Goiás", do candidato tucano, anunciando em alto e bom som que Gomide estava fora do pleito de 2014. O locutor iniciava sua fala anunciando um "comunicado importante a toda a comunidade anapolina. Devido a renúncia de Tayrone, vice de Gomide, protocolada no TRE, Antônio Gomide, a partir de agora, tem sua chapa cancelada e todos os votos que ele receber serão anulados", dizia o narrador antecipando a decisão do TRE que ainda não aconteceu. O motorista do carro de som confessou que foi contratado pelo comitê de campanha de Perillo e que seguia ordens previamente estabelecidas pelo coordenador. Segundo o código eleitoral, em seu artigo 323, "o ato de divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos e candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado", configura crime e a pena prevista é de detenção e multa. O ocorrido suscita alguns questionamentos, como, por exemplo, por que um candidato que se jacta de estar a menos de 2 pontos de vencer no 1º turno arriscaria sua candidatura cometendo crime eleitoral flagrante e que não se sustentaria por muito tempo? Seria desespero, medo de não estar no 2º turno? E o TRE, irá agir e punir a coligação e o candidato que estaria se beneficiando da propaganda fraudulenta? A maior pena para o jogo sujo de Perillo, entretanto, será a resposta do eleitor nas urnas, especialmente do povo honrado de Anápolis que foi substimado pelo tucano.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Sectários de Perillo propagam o ódio e a intolerância em Goiás.
Há 16 anos no poder em Goiás, Marconi Perillo já não se mostra tão afeito à democracia que o elegeu por três vezes governador do Estado. Seu terceiro mandato foi marcado pela judicialização da opinião e vários goianos, entre jornalistas, blogueiros e tuiteiros, sofreram a opressão do Governador. Mais de 50 processos e 42 processados deram o tom da pouca ou nenhuma capacidade que tem Perillo para suportar críticas ao seu governo. Sua maneira arrogante de agir e a prepotência que tem demonstrado nos últimos anos, tem sido muito mais perigoso e preocupante para os goianos do que se possa imaginar. As atitudes do senhor Governador tem criado uma legião de séquitos inconsequentes, irresponsáveis e intolerantes que agem diuturnamente propagando o ódio e a perseguição a quem ousa ser livre e não compartilha com os desmandos do atual governo. Alguns exemplos estão nos posts acima. No mais recente episódio, o blogueiro Cleuber Carlos, que segundo consta nos relatórios da AGECOM, recebeu do governo estadual, só nos 4 primeiros meses do ano, mais de R$ 46,5 mil, na ânsia de defender o "mestre" conclamou os demais sectários a "acidentar" o candidato ao governo de Goiás pelo PSOL, Professor Weslei. Tudo porque Weslei constrangia Perillo em debate promovido pela TV Anhanguera. Isso é lamentável e preocupante. Criou-se um verdadeiro exército de intolerantes, pagos com o dinheiro público, que não aceitam a ideia de que Perillo possa deixar o governo. Ofensas a Iris Rezende, chamando-o de esclerosado e ultrapassado, numa clara manifestação de ódio e preconceito tem sido recorrente nas redes sociais, publicadas por simpatizantes do governador. É fundamental que as autoridades isentas desse estado passem a olhar com mais cuidado as atitudes desses sectários que estão dispostos a tudo para defender aquele que consideram um verdadeiro deus em Goiás.
Debate na TV: nervoso, Marconi mostra desequilíbrio e ataca adversários
Prevendo que sofreria questionamentos embaraçosos, já que os adversários, durante a semana, haviam levado para o programa eleitoral gratuito uma série de acusações contra seu governo e, sobretudo, sobre seu envolvimento com Cachoeira, em debate realizado na noite de ontem (30/09) Marconi Perillo armou-se com o que lhe restava: a prepotência. Dando azo a tática de que a melhor defesa é o ataque, Marconi atacou, e muito, desde o início os seus adversários, mostrando uma personalidade que não coaduna com quem pretende governar, pela quarta vez, o Estado de Goiás. Abespinhado com as perguntas do Candidato do PSOL, Prof. Wesley, Marconi Perillo, por diversas vezes, mostrou se incomodado e tentou intimidá-lo com o discurso do menosprezo. Logo no início do debate, o candidato do 50 indagou a Perillo se o fato dele estar recebendo doações de empresas que se beneficiaram da isenção fiscal concedida por ele, num montante de mais de R$ 1,5 milhões não configuraria uma forma de corrupção. Visivelmente nervoso, Perillo tentou desconversar e atacou o candidato, dizendo que ele não tinha propostas e que ali estava somente para "desrespeitá-lo". Acusado de mentir para o eleitor, Marconi chegou a subiu o tom com Vanderlan Cardoso a quem acusou de "não ser sério". O Candidato Prof. Wesley disse ao vivo que assessores de Perillo haviam o coagido para que não participasse do debate. O desequilíbrio do candidato governador acabou por corroborar as denúncias que foram veiculadas contra ele nos últimos dias.
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