O Psicólogo Marcus Fleury, disse agora a pouco na sua página no Facebook, que enviará ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Psicologia, 9ª Região, print da postagem do Deputado Estadual Túlio Isac que mostra um adolescente visivelmente sob efeito do crack, para as devidas providências legais. Na opinião do psicólogo, que se declara um ativista do movimento da luta antimanicomial, o vídeo, de 2:35 minutos, expõe, de forma cruel e negativa, um adolescente vítima da pandemia que "nem o PSDB e nem o PT conseguiram lidar, que é a questão do crack", disse. Repudiando a atitude do parlamentar, chamando-a de "extrema perversidade", Fleury é direto: "Exmo. Deputado, nunca o vi tratar a questão da dependência química dentro de parâmetros científicos, aliás, acredito que vossa excelência seja mais um que crê na falácia dos tratamentos que criminalizam o dependente químico, tendo-o por bandido e não por uma pessoa que carrega em si nobres conteúdos que ao longo dos anos desencadearam traumas aos quais as dores necessitam ser entorpecidas". Mais adiante, talvez se dando conta de que a atuação do deputado Túlio Isac é de uma mediocridade irretratável, Marcus Fleury diz que não vai discutir tais questões com o inexpressivo parlamentar: "seria o mesmo, como bem diz a Bíblia, atirar pérolas aos porcos", completa. Outros internautas também criticaram a atitude do Deputado, chamando-o de insensível e irresponsável por expor um dependente dessa maneira, entre eles o Vereador Djalma Araújo que chamou a atenção para a falta de políticas públicas para o enfrentamento do problema: "uma exposição medíocre. Essas pessoas precisam de tratamento, são dependentes químicos. Onde estão as políticas públicas? Elas podem reconstruir vidas", disse o vereador. Lamentavelmente, a exposição do jovem que aparece no vídeo parte de quem teria, em tese, a responsabilidade de sanar o problema, pois são os parlamentares os responsáveis pela fiscalização e edição de leis que podem salvar o dependente químico. Túlio Isac, ao contrário, preferiu fazer média com a desgraça social, cuja causa é a inação, leniência e corrupção dos nossos políticos.
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