Em julho de 2013 o IBOPE apontou o Governador de Goiás como o 2º pior do Brasil em avaliação junto ao eleitorado do estado. Marconi Perillo (PSDB) tinha, na ocasião, pífios 21% de aprovação e estava a frente apenas de Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, que era bem avaliado por apenas 12% dos seus governados. Os números refletiam, não obstante a precariedade dos serviços públicos prestados à população, o suposto envolvimento do Governador de Goiás no esquema desmontado pela Polícia Federal e que ficou conhecido como "Cachoeiragate", um dos maiores esquemas de corrupção de que se tem notícias em Goiás e que era comandado pelo empresário do jogo, Carlos Cachoeira. Perillo foi citado em vários trechos da investigação e, inclusive, diálogos telefônicos, gravados com autorização da justiça, mostraram o próprio Governador em conversas nada republicanas com o bicheiro. Perillo foi chamado a depor na CPMI criada para apurar o caso e chegou a ser indiciado no relatório final da comissão, que por motivos políticos não chegou a ser votado, mas toda a apuração foi enviada à Procuradoria Geral da República e, a parte que diz respeito ao Governador de Goiás, foi enviada ao STJ onde Perillo é investigado por sua suposta participação no esquema criminoso. De lá pra cá nada mudou, pelo contrário: os índices de violência continuaram batendo recordes e as taxas de homicídios na capital alcançaram inacreditáveis 47,46 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes, levando Goiânia a condição de 28ª cidade mais violenta do mundo. Todas as dúvidas levantadas na ocasião da Operação Monte Carlo, da PF, como por exemplo a venda da casa do governador para o bicheiro Carlos Cachoeira, o loteamento de cargos no estado para a quadrilha com a suposta anuência de Perillo, como apontado pela transcrição das conversas telefônicas, nenhuma foi esclarecida. A verossimilhança das denúncias que alcançam o Governador de Goiás, corroboradas pela cassação de Demóstenes Torres, ex-senador do DEM e a condenação de Cachoeira e sua quadrilha, põe a carreira política de Marconi Perillo em xeque. Apesar de tudo, grande parte da mídia goiana ocupa-se em alardear que a imagem do governador goiano está sendo recuperada. Como e por que? Não há resposta plausível que contemple a honestidade e a razão. Não há fato novo, de relevância política, que possa consubstanciar a afirmação de que a imagem de Perillo melhorou. Goiás continua vítima da ineficiência administrativa do governo tucano. O endividamento do estado supera os R$ 15 bilhões; os gastos com publicidade, em detrimento de se dar prioridade aos serviços essenciais, continuam estratosféricos; o funcionalismo público, em especial os professores, policiais civis e militares, continuam sendo vítimas de uma política rasteira que teima em marginalizá-los; os "bandidos", assim denominados pelo ex-secretário de Planejamento do próprio Marconi, Giuseppe Vecci, continuam integrando o governo. Então o que mudou para que Perillo pudesse ter recuperado sua desgastada imagem de 16 anos no poder? Nada!! Absolutamente nada é a resposta. Portanto, essa campanha engendrada por parte da mídia goiana, dando conta de que Marconi vem recuperando a avaliação positiva junto ao eleitores goianos, não passa de uma campanha falaciosa que tenta induzir o cidadão ao erro. E as ruas são testemunhas de que a realidade é outra. A Imagem de Perillo continua ruim, muito ruim.
Não recuperou, mas como a maioria da imprensa recebe alguma verba de publicidade as notícias tendem a ser mascaradas e com as constantes trapalhadas da oposição (leia-se PMDB/ PT) os articuladores e marqueteiros vão pintando uma imagem que não esta sendo contestada por ninguém. Exagero? Os oposicionistas estão tão preocupados com o próprio umbigo que em determinado momento até se esquecem quem é o verdadeiro adversário em Outubro e isso poderá custar caro demais para a população de Goiás.
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ResponderExcluirNão consigo entender como Cabral é o governante que tem menos preferência no Brasil. O povo do Rio tem que passar a olhar também para as coisas boas e não apenas para as ruins.
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