O bilionário empresário da carne, José Batista Jr, o Júnior Friboi, começou ontem na política. Filiado ao PMDB no ano passado, o neófito da política, que antes havia passado por PSB e PSDB de Marconi Perillo, quis, ou quer, começar de cima. Sem problema de dinheiro, Friboi vislumbra, em seu primeiro projeto político, o governo de Goiás pelo maior partido da oposição. Louvável a pretensão do recém chegado peemedebista do ponto de vista democrático, porém intempestiva em se tratando de política partidária. O PMDB é um partido de lutas e grandes nomes, entre eles, o maior de toda sua história, Iris Rezende Machado. Envolvido por um bando de mercenários e oportunistas, Friboi começou errada sua trajetória política. Vítima de uma turma que está pensando apenas em sí própria, Friboi não se deu conta de que, diferentemente de uma empresa privada, a política é recheada de outras nuances que, inevitavelmente, conduzirão ao sucesso ou fracasso. E mais: a política não perdoa o amadorismo. Na política não basta dinheiro. Carisma e passado são fundamentais para o sucesso de uma eleição. Na política, o novo é construído de fatos passados, de exemplos e condutas diversas da velhas práticas, como o fisiologismo e interesses pessoais. Júnior, ainda é júnior. Não se deu conta de que esses que o incentivam a bater o pé por uma eleição majoritária, disposto a enfrentar tudo e todos, estão apenas a serviço da própria ganância, do próprio projeto de poder pessoal, da própria eleição. Obstruído pela sanha desmedida dos sanguessugas que querem apenas o seu dinheiro, Júnior Friboi alimenta uma vaidade traiçoeira, que o impede de aprender política, de construir sua própria história, de sentir o clamor das ruas e enxergar o anseios do eleitorado e assim pensar o melhor para Goiás e seu povo. Hoje, falta a Friboi a humildade dos verdadeiros estadistas e sobra-lhe más companhias. E assim, Júnior não se aprimora e pode, mesmo antes de começar, fechar para sempre as portas para a política, pois o povo não perdoa arrogância.
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