Marconi Perillo é um político em fim de carreira. Com rejeição que ultrapassa os 40%, o tucano que prometeu fazer o "melhor governo da vida dos goianos" tornou-se a maior decepção política do estado de Goiás. Governador em terceiro mandato, Perillo se equilibra na corda bamba desde quando a PF desbaratou a quadrilha do bicheiro Cachoeira, em fevereiro de 2012. Envolvido no imbróglio, conforme apurou a CPMI do Congresso, as ações do governador concentraram-se numa campanha midiática, cujo tema foi o de anunciar um Goiás que não existe na realidade. E a segurança pública revelou-se o "calcanhar de aquiles" do moribundo político. A Polícia Civil do estado reivindica, desde o ano passado, aumento salarial e equiparação com o salário dos delegados. Entre promessas e acordos não cumpridos, os policiais civis permaneceram mais de 90 dias em greve, quando então aceitaram, mais uma vez, a palavra empenhada do mandatário mor de Goiás. Infelizmente, risco n'água e palavra do governo é a mesma coisa. Hoje, 17/04, em entrevista coletiva, o Governador disse que "o aumento salarial para os policiais civis seria irresponsável". Numa tentativa eleitoreira de diminuir o impacto negativo que o seu recuo pode ter, Perillo condicionou o aumento dos salários de todos os integrantes da segurança pública de Goiás ao aumento da receita corrente líquida do Estado. Quis ficar bem na foto, mas, na realidade, mostra a incompetência e a falta de compromisso com o funcionalismo e, por conseguinte, com o povo goiano. O homem que venceu as eleições de 2010 apregoando que seria Iris Rezende o inimigo nº 1 dos funcionários públicos, revela-se, em 2014, o algoz dos trabalhadores. Entretanto, "não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido a luz" (Lucas 8:17). Esse dia chegou em Goiás. O governo de Perillo revela-se o "pior governo da vida dos goianos".
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