Em ação proposta hoje, 10/04, o Ministério Público de Goiás pede a condenação de 36 pessoas envolvidas no esquema de contratação de funcionários fantasmas na Assembléia Legislativa de Goiás e Câmara Municipal de Goiânia. Entre os denunciados, além do Deputado Daniel Messac (PSDB) e do vereador de Goiânia Divino Rodrigues (PROS), está o irmão do Governador Marconi Perillo, Antônio Pires Perillo, conhecido no meio político como Toninho. Os denunciados irão responder por associação criminosa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, que é a apropriação de dinheiro público. Segundo o procurador geral de justiça, Lauro Machado, em um único caso foram desviados mais de R$ 400 mil, no prazo de um ano e meio. O indiciamento do irmão do Governador Marconi Perillo é, sem dúvidas, um tremendo baque para o político que aspira a reeleição, sobretudo porque ainda tentava se reerguer de outro escândalo que veio à tona a partir da Operação Monte Carlo da PF, quando foi desbaratado um dos maiores esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro de que se tem notícias em Goiás, comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, condenado a mais de 39 anos de cadeia. Na época, gravações mostraram a relação nada republicana de políticos goianos com o bicheiro, incluindo o próprio governador e o senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado por seu envolvimento com a quadrilha. Dessa vez, o envolvimento do "primeiro irmão" de Goiás num esquema criminoso, como sustenta o MP/GO, pode jogar, definitivamente, uma pá de cal na pretensão do governador em tentar sua reeleição. Com rejeição que ultrapassa os 40%, Perillo, a partir do indiciamento de Toninho Perillo nesse vergonhoso esquema de corrupção, terá mais um elemento a emperrar-lhe o futuro político.
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