segunda-feira, 30 de março de 2015

Governo de Goiás atrasa salários dos servidores.

Em nota divulgada no sistema Intranet, com acesso restrito aos seus servidores, o Ministério Pùblico de Goiás informou que o salário de março de todos os funcionários não seria depositado na manhã desta terça-feira, 31 de março. "A Secretaria da Fazenda acaba de informar que , contrariando a previsão do governo estadual, não fará nesta segunda-feira (30/03), o repasse financeiro para a liquidação da folha de pagamento do mês de março. Sendo assim, o salário não estará creditado na conta dos integrante na manhã desa terça-feira (31/03", diz a nota do MP/GO. Funcionários foram informados que o salário será pago em duas vezes, sendo a primeira parcela no dia 1º de abril e a segunda até o final da próxima semana. Os servidores do TJ-GO também foram pegos de surpresa e, assim como o MP, receberão seus salários de forma parcelada. Em nota a SEFAZ alega que o motivo para o atraso no pagamento da folha do MP e TJ deve-se a "frustração na arrecadação de impostos". O fato é que a situação financeira do estado há muito é de penúria. Perillo herdou de si mesmo um estado com sérias dificuldades financeiras, com restos a pagar na ordem de R$ 1 bilhão e déficit orçamentários avaliados em mais de R$ 1,3 bilhões. No apagar das luzes de 2014, o Governo de Goiás sancionou a Lei que permitiu um perdão fiscal de mais de R$ 1 bilhão à empresa JBS, holding administradora da marca Friboi, para receber pouco mais de R$ 150 milhões e conseguir pagar a folha do funcionalismo. Apregoando uma reforma administrativa para economizar recursos e diminuir o custo da máquina pública, Perillo acena com corte dos direitos dos servidores, como quinquênios, por exemplo, e limitação de promoções na PM, Polícia Civil e Bombeiros Militares. O discurso da reeleição de Marconi Perillo vai ficando pela estrada. A realidade é completamente diversa daquela pregada na campanha e o Estado de Goiás amarga uma das piores situações financeira de sua história. Prefeituras alegam calote de mais de R$ 118 milhões em convênios firmados com o estado e agora o funcionalismo público é vítima do atraso no pagamento de seus salários. O desdobramento disso tudo pode descortinar a revelação da verdadeira crise por que passa o estado de Goiás.

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