terça-feira, 28 de abril de 2015

Governo de Marconi Perillo "abre o bico" de vez e anuncia parcelamento do salário do funcionalismo.

Quatro meses depois da posse e o quarto governo de Marconi Perillo (PSDB) "abriu o bico" de vez. Depois de garantida a reeleição, em outubro de 2014, o terceiro governo tucano em Goiás já vinha dando claros sinais de dificuldades financeiras. Em novembro e dezembro de 2014, Perillo teve que lançar mão da suplementação de verbas para conseguir pagar o funcionalismo. Na época o governo tentou um empréstimo de R$ 80 milhões com o Tribunal de Justiça, o que não se viabilizou devido a má repercussão da medida. Temendo uma negativa do judiciário goiano, o próprio governo desistiu do empréstimo. No fim de dezembro, já sem dinheiro para pagar a folha, Marconi entabulou acordo com a JBS/Friboi para abastecer seu caixa com pouco mais de R$ 150 milhões. Para isso perdoou mais de R$ 1,2 bilhão de ICMS da empresa do apoiador Júnior Friboi. Alegando diminuição na arrecadação, o que tem sido desmentido por parte da imprensa e sindicatos, Marconi iniciou seu quarto mandato anunciando profundos cortes de despesas na administração, como a demissão de 16 mil funcionários comissionados e extinção de várias secretarias. A Associação Goiana dos Municípios cobra do estado uma dívida de mais de R$ 118 milhões, oriundas do não pagamento de convênios firmados no terceiro mandato de Marconi. A dívida se arrasta desde abril de 2014. Ao assumir o governo em 2015, Marconi havia herdado de si mesmo um déficit na conta centralizadora do estado em torno de R$ 1,3 bilhão e o estado sem nenhuma condição de receber novos empréstimos. Em março próximo passado os salários dos servidores do MP/GO e TJ/GO foram parcelados em virtude da falta de recursos do governo para fazê-lo integralmente de uma única vez. Hoje, 28 de abril, a Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, anunciou que os salários dos funcionários públicos estaduais serão parcelados em duas vezes e que tal prática deve persistir até o final do ano, no mínimo. Definitivamente, Perillo não tem mais como esconder a real situação financeira do estado. Infelizmente os servidores estão sendo compelidos a arcar com o ônus da má administração tucana, que desde o início de 2012 tem privilegiado a propaganda em detrimento de uma política responsável.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Servidores da Justiça prometem paralisação se Marconi não pagar salários em dia.

Em assembleia realizada no último dia 25, no auditório do Colégio Atheneu Dom Bosco, os Servidores da Justiça do Estado de Goiás votaram por uma paralisação da categoria caso os salários de abril não sejam pagos até o dia 10 de maio, como manda a lei. O vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás - Sindjustiça, Fabrício Duarte, apresentou dados que desmentem as afirmações da Secretária da Fazenda de Goiás, Carla Abrão, de que houve diminuição da arrecadação estadual. Esse tem sido o principal argumento usado pelo governo de Goiás para justificar a reforma administrativa proposta por Marconi Perillo, como corte de pessoal e extinção de secretarias. Sustentando que a situação do estado é difícil sobretudo pela queda na arrecadação e diminuição de receitas, o governo tem consolidado calotes nas prefeituras, proposto corte de direitos de servidores, além de usar tais dados para justificar atrasos do pagamento do salário do funcionalismo, como aconteceu mês passado, ocasião em que os servidores da justiça e do MP/GO tiveram seus salários parcelados. O vice-Presidente do Sindjustiça, no entanto, apresentou dados que revelam que a arrecadação, ao contrário, aumentou em janeiro e fevereiro do corrente ano em relação ao mesmo período do ano passado, jogando por erra o sofisma apresentado pela SEFAZ/GO. Duarte diz que os dados obtidos junto ao Tribunal de Justiça de Goiás dão conta de que a arrecadação em fevereiro próximo passado foi de R$ 1,3 bilhão, superando em 6% o total arrecadado no mesmo período de 2014. Na ocasião, os servidores da justiça deliberaram, também, sobre o data-base da categoria, ficando acertado o envio, nesta segunda-feira (27), de ofício ao Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Deputado Helio de Sousa, para que a matéria seja encaminhada para leitura em plenário, dando início às votações do projeto pelos parlamentares. O Sindjustiça sustenta que o índice de 7%, aprovado pelo TJ/GO, se enquadra dentro do limite prudencial do duodécimo do poder judiciário, que é de 5,7% do montante reservado para esse fim. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Promotor Fernando Krebs propõe acordo para convocação dos aprovados da PM/GO

O Promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás, Fernando Aurvalle Krebs, enviou hoje, 22 de abril, ofício ao Procurador Geral do Estado de Goiás, Alexandre Tocantins, em que "propõe entabular um acordo na ação civil pública" que declarou a inconstitucionalidade do SIMVE - Serviço de Interesse Militar Voluntário do Estado de Goiás, para a convocação imediata dos aprovados no último concurso da Polícia Militar de Goiás. Conforme anotado pelo promotor, um novo concurso, como anunciado pelo Governador Marconi Perillo, demandaria muito tempo, "porquanto é preciso processo licitatório para escolha da entidade realizadora do certame, elaboração de edital, prazo de inscrição, realização das provas escritas, redação, testes de aptidão física, exames médicos e psicológicos, investigação social, bem como oportunizar aos candidatos prazo hábil para interposição de recursos em todas as fases". Essa opção seria muito custosa e lenta, aduz o promotor no ofício. Krebs esclarece ao PGE que a decisão do Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiás, que julgou parcialmente procedente a Ação Civil Pública que declarou inconstitucional, de maneira incidental, a Lei Estadual 17.882/12, alterou a situação jurídica de candidatos ao cargo de Policial de 2º Classe da PM-GO de eliminados para aprovados em cadastro de reserva e determinou a convocação e nomeação desses candidatos em substituição aos soldados temporários do SIMVE. O atuante promotor lembra, também, a Alexandre Tocantins, que o STF, em decisão unânime, em sede de julgamento da ADI 5163, declarou inconstitucional a lei estadual de criação do SIMVE e rejeitou a modulação proposta pelo Estado de Goiás, determinando o imediato desligamento dos temporários. "Não se ignora, à evidência, os transtornos que podem advir com decréscimo de aproximadamente 2.400 policias militares na corporação, fato que pode agravar, sobremaneira, os índices de criminalidade em todo o estado de Goiás, situação não desejada por quem quer seja", escreve o promotor. A sociedade goiana torce para que o bom senso daqueles que comandam o Estado, em especial do senhor Governador do Estado, prevaleça sobre as questões menores e a segurança pública de todos os cidadãos seja tratada com a seriedade que a situação requer. Há que se aplaudir a atuação do nobre promotor Fernando Krebs, cuja trajetória tem sido marcada por relevantes serviços prestados à sociedade goiana, privilegiando sempre a probidade e a moralidade pública. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Goiás, o trágico "Mundo Quebrado" de Marconi Perillo.

Onde está a prioridade do Governo de Marconi Perillo? Num estado absolutamente comprometido pelo déficit público e uma dívida consolidada que já passa de R$ 22 bilhões, demandas urgentes a serem sanadas na área da segurança pública e educação, dívida de mais de R$ 120 milhões com os municípios goianos, oriunda do não repasse dos convênios assinados com as prefeituras e mais de R$ 1,3 bilhões negativos na conta centralizadora, o anúncio de que o Governo de Goiás vai pagar mais de R$ 500 mil a uma produtora de São Paulo para produzir um filme/propaganda sobre o estado, é de estarrecer. Segundo nota do Jornal Opção, Marconi Perillo enviou projeto à Assembleia Legislativa de Goiás para liberação da verba à empresa Film Noise Produções Cinematográficas Ltda, que produzirá um curta metragem com o título: "A Magia do Mundo Quebrado". Seria cômico se não fosse trágico. O título do filme não poderia ser mais apropriado. Goiás hoje é de fato um mundo quebrado, sem dinheiro para a segurança pública e sem recursos até para o pagamento da folha dos servidores. O Data-Base do funcionalismo, agendado para maio próximo, já é quase sonho desfeito. A SEFAZ-GO divulga que não há recursos e coloca a culpa no cenário nacional. Para arrecadar, Marconi anuncia que venderá áreas públicas. Num paradoxo que beira o tripúdio à boa-fé dos goianos, o governo joga dinheiro pelo ralo da propaganda fácil, tentando vender uma imagem que o garanta no controle da situação. No mundo de faz-de-conta do Governo Perillo até um mundo quebrado pode ser mágico. No mundo real em que os goianos vivem, o mundo quebrado de Marconi é verdadeiramente trágico.  

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Advogado Alex Neder fala sobre novo Código de Processo Civil.

Alex Neder, advogado.

Falando à coluna Café da Manhã do Jornal Diário da Manhã, assinada pelo jornalista Ulisses Aesse, o advogado criminalista Alex Neder disse que o novo Código de Processo Civil (CPC) "promete mudanças arrojadas para dar maior celeridade e oxigenação à justiça brasileira". Para Neder, o novo CPC cria centros de solução consensual de conflitos, inclusive nos tribunais, evitando o litígio e buscando resolver as questões através de acordos. Outro ponto positivo elencado pelo renomado advogado, diz respeito a garantia do recesso forense, de 20 de dezembro a 20 de janeiro, permitindo, assim, que o profissional do direito possa planejar e gozar merecidas férias e se desligar dos prazos processuais que sacrificam apenas os advogados. Um ponto que preocupa, segundo Neder, é que o novo código extingue recursos e restringe outros. "Espero que isso não venha prejudicar o jurisdicionado, pois a justiça deve ser feita visando a qualidade da prestação jurisdicional e não aumentar a quantidade das soluções em prejuízo das decisões", disse. Alex Neder é um dos mais conceituados advogados criminalistas de Goiás, Conselheiro Seccional da OBA/GO e membro do Conselho de Transparência Pública e Combate a Corrupção do Estado de Goiás.

sábado, 18 de abril de 2015

CelgTelecom, subsidiária da CelgPar, nunca saiu do papel, mas pagou R$ 867 mil em salários em 2014.

Segundo nota publicada na coluna Giro do Jornal O Popular de hoje, a CelgTelecom, empresa criada pela Lei Estadual 16.237/08 como subsidiária da Estatal CelgPar, que em tese, ofereceria serviços de telefonia e banda larga via rede elétrica, pode ser, na verdade, uma empresa de fachada com o objetivo de acomodar apadrinhados políticos do governo estadual. Na nota, intitulada "só dá despesa", o jornalista Jarbas Rodrigues Jr, anota que a "CelgTelecom teve faturamento zero no ano passado, mas pagou R$ 1,2 milhão em despesas administrativas, sendo R$ 867 mil em salários". A empresa goiana só existe no papel e nunca atuou de fato. Segundo Jarbas, a atual diretoria da empresa tinha a intenção de colocá-la em funcionamento em 2012, mas não conseguiram. A desculpa é de que a empesa está presa à transição da holding CelgPar, federalizada recentemente. Sem receita alguma, a empresa que só existe no papel, portanto de fachada, abriga três diretores e oito conselheiros. Essa turma recebe do erário goiano a bagatela de quase R$ 80 mil mensais. Em 2013 foi anunciado que o Governador Marconi Perillo havia assinado, juntamente com o Diretor-Presidente da CelgTelecom Pedro de Morais Jardim e com o Diretor Técnico e Comercial Ricardo de Sousa Correia, Termo de Cooperação Técnica com a Telebrás para interligação da rede da Celg Telecom com o Backfone da estatal brasileira. Esse serviço nunca se operacionalizou. Pesquisa na internet pelo site da empresa (www.celgtelecom.com.br) leva-nos a um anúncio de venda do domínio, conforme é visto na foto. Diante da situação caótica do estado, que atrasa pagamentos de servidores e repasses de convênios às prefeituras goianas, é absolutamente inadmissível que mais de R$ 1,2 milhão de reais sejam usados para bancar uma empresa de fachada, cujo único objetivo tem sido assegurar salários para amigos e apadrinhados da corte goiana.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Novo concurso para PM/GO soa como retaliação de Perillo aos 1.421 concursados que aguardam nomeações.

Apesar da existência de 1.421 concursados aptos ao ingresso imediato na Polícia Militar de Goiás, o Governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), anunciou que fará novo concurso público para provimento das vagas que serão abertas com a saída dos soldados temporários do SIMVE das ruas do estado. Segundo o Governador, o concurso contemplará 1400 vagas para soldados policiais militares e 1100 vagas para administrativos. Com o novo certame o Estado pretende criar a figura do soldado militar de 3ª classe, com salário inicial de aproximadamente R$ 1.842,00, o que representa algo em torno de 60% do que ganha um soldado da PM/GO hoje. A insistência de Marconi Perillo em promover novo concurso, quando poderia perfeitamente aproveitar o contingente classificado no último certame da PM/GO, soa como retaliação ao grupo dos chamados "Concursados", os quais lutam desde a implantação do SIMVE por suas convocações. É possível que a intenção do governo goiano, de realizar novo pleito e não convocar os remanescentes do concurso anterior, já nasça morta do ponto de vista legal. Jusrisprudência pacificada do STF aduz que "se durante o prazo de validade do certame forem realizadas nomeações em caráter precário - contratação de comissionados ou temporários, por exemplo - para exercerem as mesmas funções dos candidatos aprovados em concurso, estará configurada a preterição e os concursados aprovados terão direito a serem convocados nas vagas ocupadas precariamente". Não obstante o cumprimento da norma legal, Marconi Perillo evitaria gastos desnecessários com a promoção de novo concurso e ainda poderia suprir, com maior efetividade e menor tempo, a ausência de policiais nas ruas do estado. Embora o governo alegue que os concursados que aguardam nomeações não foram aprovados, o Ministério Público de Goiás e o próprio STF, quando da declaração de inconstitucionalidade do SIMVE, declararam o contrário, dando parecer favorável à contratação desses concursados. Novo concurso para provimentos das vagas abertas pela inconstitucionalidade do SIMVE, além de incoerência, fere os princípios da economicidade e da legalidade.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Novamente a JBS-Friboi é citada no escândalo da Operação Lava Jato.

Pela segunda vez a holding JBS, administradora da marca Friboi da família do ex-pré candidato ao governo de Goiás, José Batista Jr, o Júnior Friboi, é citada na Operação Lava Jato que investiga um dos maiores esquemas de corrupção do Brasil e que teve origem na estatal Petrobrás. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a JBS-Friboi pagou à empresa de fachada do ex-deputado federal André Vargas, preso essa semana por determinação do Juiz Sérgio Moro, que conduz os processos oriundos da Lava Jato, R$ 200 mil reais. A descoberta deu-se a partir de quebra de sigilo bancário do ex-deputado, envolvido no esquema. Em dezembro de 2014, reportagem da revista Valor Econômico dava conta de que a empresa Friboi havia feito depósitos da ordem de R$ 800 mil em contas de empresas de fachadas ligadas a doleiros que operavam o esquema desbaratado pela operação Lava Jato. Na época, a reportagem dizia que as ações da empresa goiana haviam despencado 13% com a notícia do seu suposto envolvimento no esquema criminoso. A JBS negou veementemente irregularidades nos depósitos realizados às empresas de fachada e disse tratar-se de pagamentos a título de prestação de serviços de Consultoria e Marketing. 

No início do ano, a Friboi esteve novamente em evidência, dessa vez por ter sido beneficiada com o perdão fiscal de mais de R$ 1 bilhão de reais concedido pelo governo de Marconi Perillo (PSDB/GO). Por conta dessa remissão fiscal, Marconi foi acionado junto ao MP/GO e deve ser chamado a explicar a operação que isentou a gigante da carne goiana do pagamento de verdadeira fortuna em ICMS apurados e não pagos. Na representação protocolada pelo PSOL, Marconi é acusado de ter favorecido a JBS-Friboi em virtude do apoio recebido de Júnior Friboi que, embora filiado ao PMDB, apoiou publicamente o tucano nas eleições de 2014. Friboi, que almejava o governo em 2018, enfrenta processo de expulsão do PMDB, o que de fato deve ocorrer até maio deste ano.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Promotor pede apuração de suposto crime praticado por major ao incitar policiais do Simve à desobediência

Transcrevemos, na íntegra, matéria publicada no portal do Ministério Público de Goiás, assinada por Cristiani Honório, da Assessoria de Comunicação do órgão.


"O promotor de justiça Fernando Krebs requereu a apuração do delito de incitamento, previsto no Código Penal Militar, supostamente praticado pelo major Francisco de Assis Ferreira Ramos Jubé. O delito consiste no incitamento à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar, que tem como pena a reclusão de 2 a 4 anos.

As representações foram feitas junto ao Comando de Correições e Disciplina da Polícia Militar de Goiás e à 84ª Promotoria de Justiça de Goiânia, com atribuição da apuração da conduta de militar no exercício do cargo. Acompanham os documentos cópias de um áudio onde o major incitaria militares temporários do Serviço de Interesse Militar Voluntário Especial (SIMVE) a desrespeitar decisão do STF e a invadir o Congresso Nacional.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em recurso interposto pelo Ministério Público de Goiás, julgou inconstitucional a Lei Estadual nº 17.882/12, que permitia a contratação temporária de policiais militares e bombeiros sem concurso público." 


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Marconi desautoriza a Secretária Raquel Teixeira e muda acordo com professores. O que já era ruim ficou pior.

Novamente os servidores públicos estaduais são compelidos a suportar a supressão de seus vencimentos para que o governo estadual alcance o propalado equilíbrio da máquina pública. Depois de mudar a regra para o recebimento de quinquênios, cortar promoções de oficiais da Polícia Militar, dos Bombeiros Militares e da Polícia Civil, atrasar pagamento de salários dos servidores do TJ e MP, dessa vez as vítimas são os Professores P-III e P-IV da rede Estadual de Ensino de Goiás. Em projeto enviado à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, o Governador Marconi Perillo destaca que o reajuste da mencionada classe de mestres dar-se-á somente em 1º de agosto de 2015. A data-base seria 1º de janeiro do corrente ano. O SINTEGO se disse surpreso e acena com a possibilidade de greve a partir do próximo mês. Segundo o sindicato dos trabalhadores em educação do Estado de Goiás, a proposta enviada pelo governo à assembleia não é o que vinha sendo discutido com a Secretária Raquel Teixeira, que propunha o pagamento em maio, retroativo a janeiro de 2015. Já a Professora Raquel Teixeira  pontua que a situação é muito mais séria do que se pensa: "eu fiz uma proposta em maio como o Data Base. O Governador é quem sabe o que pode ser pago. A questão financeira, as pessoas talvez ainda não entenderam. É muito mais séria do que se pensa", disse ela não escondendo o descontentamento com a mudança de sua proposta aos professores.

Ao desconsiderar a palavra empenhada da Secretária de Educação, Marconi Perillo tira autoridade da sua auxiliar e a coloca como figura inexpressiva nessa importante discussão, o que pode levá-la a perda total do controle sobre a pasta. 

Assim que a Professora Raquel Teixeira foi anunciada como secretária do governo Perillo, o blog Opinando publicou artigo de opinião, onde chamava atenção para o fato de que a competente professora pudesse estar sendo usada para esconder o fiasco iminente do quarto mandato do tucano. Sob o título "Raquel Teixeira na educação: o nome certo no governo errado", o artigo dizia que Teixeira não teria condições financeiras e nem autonomia para implantar seu projeto para a educação em Goiás. Essa é só a primeira prova de que estávamos certos.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

STF rejeita modulação e o SIMVE tem que sair imediatamente. Ministro critica pressão.

Em sessão plenária na tarde desta quarta-feira (08/04) o STF concluiu a votação quanto à modulação dos efeitos da decisão tomada na Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 5163, que tratava da inconstitucionalidade da Lei Estadual goiana nº 17.882/12 que criou o Serviço de Interesse Militar Voluntário do Estado de Goiás. Com o voto do Presidente da corte, Ministro Ricardo Levandowski, o plenário decidiu não modular a decisão que declarou inconstitucional o SIMVE. Com a decisão de hoje o Estado de Goiás é obrigado a retirar das ruas os cerca de 2.400 policiais temporários que atuam em Goiânia e interior. A proposta do relator da ação no STF, Ministro Luiz Fux, pela modulação da decisão de inconstitucionalidade declarada por unanimidade no último dia 26 de março determinava que o estado substituísse os policiais temporários por policiais concursados até novembro de 2015. No entanto, o voto do presidente formou maioria contra esse prazo, determinando que os efeitos surtissem efeitos imediatamente. Na sessão de hoje o Ministro Ricardo Levandowski fez duras críticas ao que ele chamou de coação ao Supremo. Segundo o Ministro, ele foi informado que mil militares do SIMVE estariam se deslocando para o STF a fim de pressioná-lo pela modulação e por esse motivo foi preciso dispender um grande contingente de seguranças, inclusive com apoio da PM/DF. "Isso revela tratar-se de pessoas de certa periculosidade e a meu ver não tem nenhuma condição de continuarem armados em seus estados", disse Levandowski sobre os temporários goianos. O Voto do Ministro Presidente do Supremo contrário a modulação da decisão de inconstitucionalidade do SIMVE você pode ver clicando aqui (vídeo).

terça-feira, 7 de abril de 2015

Jornalista aponta erro grotesco do Jornal O Popular

Num amadorismo de fazer inveja ao menos cuidadoso dos pasquins desse Brasil a fora, o Jornal O Popular, o maior diário de Goiás, integrante do conglomerado de comunicação das Organizações Jaime Câmara, cometeu um grande equívoco em sua publicação digital no início da noite de hoje, 07/04/2015. Com o título "Senado aprova diploma obrigatório para jornalistas", a matéria que foi ao ar as 18:43 era, na realidade, cópia fiel de notícia veiculada no site do Senado Federal no dia 07/08/2012. Deve-se a observação ao Jornalista Profissional Luiz Cláudio Hum, que tem acompanhado de perto a aprovação da matéria na Câmara dos Deputados. Atento, o jornalista, em sua página no Facebook, usando de fina ironia, sugere que O Popular, sem nenhum cuidado jornalístico, copiou "ipsis litteris" a matéria requentada no site do Senado Federal. "Hoje os famosos Ctrl+C Ctrl+V fizeram uma visita a redação do Jornal O Popular. E não podia ser pior, na minha opinião é claro", escreveu o jornalista. Para Luiz Claúdio esse fato mostra falta de preocupação jornalística do jornal e uma completa falta de respeito com seus leitores. O jornal dos irmãos Câmara tem sido alvo de muitas críticas, pontuadas por respeitados jornalistas, inclusive, que enxergam uma certa "preguiça" de se fazer jornalismo por parte da equipe que compõe o veículo. A chamada "barriga" cometida pelo O Popular mostra uma prática, embora usual, pouco recomendada a um veículo com a credibilidade de 77 anos: a cópia fiel de publicações de sites sem a devida checagem da veracidade e confirmação da fonte. Depois de alertados do erro, o jornal tirou a matéria do ar. Vale lembrar que no início do mês de abril o jornal demitiu três grandes nomes do jornalismo impresso goiano. "Terá sido castigo?", pergunta Luiz Cláudio.


A publicação na página do facebook do Jornalista Luiz Cláudio você acessa aqui

domingo, 5 de abril de 2015

Delegado Waldir diz que se estivesse na Câmara como delegado muitos parlamentares estariam presos.

Em entrevista concedida ao Jornal Diário da Manhã e assinada pela jornalista Danyla Martins, o Deputado Federal Waldir Soares (PSDB), o Delegado Waldir, como é conhecido, volta a causar polêmica. Eleito com mais de 270 mil votos, dono de uma retórica populista que prega tratamento duro com os "bandidos", o deputado diz que "a bandidagem política no Brasil é vergonhosa". Segundo a jornalista que conduziu a entrevista, Waldir relatou "que se estivesse na câmara na condição de delegado e não como deputado, muitos dos parlamentares estariam presos devido a condutas inapropriadas". Recentemente o ex-ministro da Educação, Cid Gomes, foi chamado à Câmara para se explicar acerca de uma afirmação que fizera durante fala na Universidade Federal do Pará, em Belém, quando disse que "lá (no congresso) tem uns 400, 300 deputados que querem que o governo esteja frágil, porque é a forma deles achacarem mais, tomarem mais..." O resultado foi um bate-boca e promessas de processos dos congressistas contra Cid Gomes. Neófito, o Delegado Waldir corre sério risco de ter que se explicar na comissão de ética da Câmara por seus intempestivos arroubos. Na busca de visibilidade e na ânsia de deixar o baixo clero da política nacional, Waldir adota o discurso fácil para agradar os cidadãos, esquecendo-se, entretanto, que, em política, certas verdades ditas em ambientes onde as versões valem mais dos que os fatos soam como verdadeiro tiro no pé. Na entrevista, Waldir diz ainda "que o Brasil se transformou no país da bandidagem e da corrupção e isso é vergonhoso". 

Vice-presidente do PRP em Goiás diz que vaidade de Perillo causou prejuízo multibilionário à CELG.

Em sua página no facebook, o publicitário e vice-presidente do PRP em Goiás, Gercyley Batista, denuncia o que ele chama de "Prejuízo Multibilionário" causado pelo atual governo de Goiás em relação ao desfecho da federalização da CELG-D. Conforme divulgado na coluna Giro do Jornal O Popular, assinada pelo jornalista Jarbas Rodrigues Jr, o prejuízo da estatal em 2014, ainda sob o controle do estado, foi de R$ 613 milhões. Gercyley, no entanto, pontua que esse prejuízo, que se acumula desde 1999, primeiro ano do primeiro Governo de Marconi Perillo (PSDB), pode chegar a R$ 20 bilhões até 2020. Ligado a Jorcelino Braga, ex-secretário da fazenda do governo de Alcides Rodrigues, antecessor do terceiro mandato de Perillo, Gercyley diz que de uma única tacada o atual governo impôs um prejuízo de R$ 6,5 bilhões à estatal quando, por pura vaidade política e desejo de vingança contra o governo de Alcides, Marconi Perillo, então governador eleito, enviou carta à direção da Caixa Econômica Federal pleiteando a anulação da operação de salvamento da CELG, entabulada pelo então governador Alcides Rodrigues e o governo federal. "Ao se declarar adversário de Alcides, o novo governo tratou de impor derrotas pontuais ao governo anterior e um dos alvos foi a CELG, que passava por uma situação crítica, que vinha sendo contornada pela equipe Alcidista", escreve Batista. O vice-presidente do PRP diz que a malfadada intervenção de Perillo foi "a certidão de óbito da CELG", e explica: "após três anos de longa negociação com o Governo Federal, a CELG finalmente seria recuperada por uma operação de crédito com amplas vantagens para o governo goiano", mas devido a intervenção de Perillo, que desejava ser o "pai" do contrato, a negociação se inviabilizou. E completa: "os prejuízos com a perda do controle acionário da CELG deverão alcançar mais de 20 bilhões de reais até 2020". No acordo conduzido por Perillo o controle acionário da CELG foi repassado a Eletrobras pela bagatela de R$ 56 milhões, ou 0,8% do seu valor de mercado.     

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Esquema de corrupção na Valec, idêntico ao da Petrobrás, pode ter beneficiado políticos goianos.

Preso na operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção bilionário na Perobrás, o presidente da construtora Camargo Corrêa, Dalton Avancini, revelou, essa semana, que idêntico esquema de corrupção também existiu nas obras de construção da Ferrovia Norte-Sul. Segundo o executivo da construtora, que está em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica, o "modus operandi" de pagamento de propina seguia os mesmos moldes daquele praticado na Petrobrás, inclusive com a criação de um cartel que decidia quem iria assumir as obras da ferrovia. A Camargo Corrêa participou de mais de R$ 1 bilhão em contratos firmados com a Valec, estatal que administra as ferrovias brasileiras. A Valec foi presidida pelo goiano José Francisco das Neves, o Juquinha, de 2003 a 2011, acusado de desviar mais de R$ 90 milhões da estatal e que chegou a ser preso, juntamente com sua esposa e filhos. Avancini disse que a propina paga pelos empreiteiros irrigava cofres de partidos políticos e agentes públicos. O ex-presidente da estatal, Juquinha das Neves, tinha trânsito livre entre os políticos goianos e chegou a ser procurado pelo atual governador de Goiás, Marconi Perillo, conforme revelou grampo da Polícia Federal. Na gravação, autorizada pela justiça, é possível ouvir Marconi oferecendo a Juquinha a Secretaria das Cidades de Goiás, o qual teria carta branca para nomear quem ele quisesse para ocupar a pasta. Na oportunidade, Perillo elogia Juquinha, dizendo que ele é um grande alavancador de verbas e que seria mais do que um avião, seria um "supersônico" na arte de levantar dinheiro. Uma semana depois da conversa Juquinha  foi preso e agora responde o processo em liberdade. A justiça Federal do Paraná vai ouvir novamente o empreiteiro Dalton Avancini para que ele dê detalhes do esquema montado na Valec e quais os políticos foram beneficiados com dinheiro da propina.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Prefeito Paulo Garcia (PT) diz que jornal mente ao afirmar que tem lixo acumulado na capital.

Usando sua conta no Twitter, o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, disse-se vítima de uma rede de pessoas que continuam difamando-o gratuitamente. Em post no microblog, Garcia escreveu: "tem certas pessoas que continuam difamando gratuitamente. Informem onde tem lixo. Não há a muito tempo anormalidade na coleta". A bronca do prefeito tem a ver com a nota publicada no Jornal Opção on-line no dia 01/04, intitulada: "Bairros de Goiânia estão há 15 dias sem coleta de lixo". A matéria diz que bairros como São Judas, Itatiaia e Pompeia, todos da região norte da capital, estariam com lixos acumulados e que o serviço de coleta não estaria sendo feito a aproximadamente 15 dias. Questionado se isso era verdade, Paulo Garcia foi peremptório: "isso não é verdade! Pra não dizer outra coisa. É fácil inventar sem provas". Segundo o petista, sua administração tem sido injustamente bombardeada por notícias falaciosas que induzem os cidadãos a erro. Ele reconhece as dificuldades, mas reclama que seus feitos não merecem a devida importância por parte da mídia, que prefere divulgar boatos a mostrar os avanços que tem conquistado à frente da Prefeitura de Goiânia. De fato há uma clara tendência da imprensa goiana em mostrar apenas os percalços da administração de Garcia, prática diametralmente oposta do que ocorre em relação ao governo estadual. A inauguração do complexo de viadutos da Marginal Botafogo, por exemplo, uma das maiores obras que Goiânia já conheceu e que efetivamente melhorou, e muito, a vida dos goianienses, não mereceu o devido reconhecimento por parte da mídia. A implantação dos corredores exclusivos para ônibus é outro avanço para melhoria do transporte público, mas que vem sendo tratado pela mídia como algo desnecessário e que prejudica o trânsito e os comerciantes das vias onde foram implantados. Agora, no entanto, pelo post do Prefeito, essas ações da imprensa contra Garcia tomam ares de complô. Uma coisa é não divulgarem os feitos do Prefeito, outra bem diferente é inventarem o que não existe.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Acusado por Demóstenes Torres, Marconi Perillo prefere o silêncio.

Acusado pelo ex-senador Demóstenes Torres de ter comprado, com dinheiro público, sua absolvição na CPMI do Cachoeira, Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, preferiu o silêncio. Em nota, a assessoria do tucano informou que o governador já havia prestado todos os esclarecimentos à CPMI e que não iria polemizar com o senador cassado. No artigo publicado ontem, 31/03, no jornal Diário da Manhã, em que ataca o antigo aliado, Senador Ronaldo Caiado,  o ex-demo faz sérias acusações a Marconi Perillo. "o PSDB resolveu salvar Marconi Perillo, que gastou uma fortuna dos cofres públicos para custear sua absolvição", disse Demóstenes. Em outros trechos do artigo, em que chama Caiado para a briga, Demóstenes refere-se a Marconi Perillo como "frouxo": "nos mesmos termos em que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho". Mirando seu desafeto e acertando sempre em Marconi, Demóstenes pede que Caiado se lembre que quem teve negócios com Cachoeira foi Marconi Perillo, não ele. Dizendo que não tem mais interesse na vida pública, Demóstenes chama o Governador de Goiás de verme: "Não me move mais interesses políticos. Considero "vermes" igual a você Marconi Perillo e Iris Rezende", disse. Obviamente o artigo do ex-senador fundamenta-se no despeito e mágoas pela forma como foi expulso do senado, sendo perfeitamente compreensíveis os xingamentos e ilações ali anotadas, mas a acusação a Marconi Perillo, de ter comprado sua absolvição com dinheiro público, é algo que pode e merece ser investigado, pois foi, de fato, a única informação pertinente e relevante do arroubo de retórica do senador cassado.