sábado, 31 de janeiro de 2015

Outro escândalo financeiro do Governo Marconi é questionado pelo Ministério Público.

Depois do escândalo do perdão fiscal de mais de R$ 1 bilhão concedido a JBS, do empresário e dublê de político Júnior Friboi, que veio à tona depois de reportagem publicada no Diário da Manhã no último dia 23, o Governo de Marconi Perillo é novamente atingido por outro escândalo envolvendo dinheiro público. Dessa vez o Ministério Pùblico questiona a legalidade de convênio firmado entre o Governo de Goiás e o clube de futebol da capital, Atlético Clube Goianiense. Autorizado pela Lei Estadual 18.362/13, aprovada em 22 de janeiro do ano passado, o convênio previa o repasse pelo Governo de Goiás de R$ 3 milhões ao Atlético Goianiense, cuja finalidade seria "fazer face a despesas decorrentes de realização de obras de reforma e ampliação do Estádio Antonio Accioly, especialmente das instalações destinadas ao desenvolvimento de práticas desportivas de caráter amador". Em contrapartida o ACG, que tem como Presidente o cartorário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, ocorrido em julho de 2012, e como presidente do Conselho Deliberativo o deputado federal pelo PTB, Jovair Arantes, deveria ceder ao estado uma área não inferior a 8 mil m2, para construção de uma unidade do Vapt Vupt, pelo prazo de 30 anos. No entanto, a promotora de justiça Villis Marra Gomes "sustenta que diligências realizadas pelo MP comprovaram que até o momento nenhuma unidade do Vapt Vupt encontra-se em funcionamento no Estádio Antônio Accioly e não há notícia de que o estádio está eventualmente sendo utilizado pelo Estado de Goiás para o fomento do futebol amador." Por tais inconsistências, a promotora pede, no mérito da ação, o ressarcimento ao erário no valor de R$ 3 mihões e a inconstitucionalidade da lei que deu origem ao convênio firmado entre o ACG e o estado de Goiás. Para a promotora "houve flagrante afronta aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade administrativa, pois, em detrimento do incentivo de outras áreas, como saúde, educação e segurança pública, que no Estado de Goiás encontra-se com índices alarmantes, optou-se pela celebração do convênio". O diretor de futebol do Atlético, Adson José Batista, nega que o dinheiro do convênio tenha entrado nos cofres do clube. Causa espanto, e deve ser questionado pela população, o fato da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, representada por seus deputados eleitos pelo povo e empossados sob o juramento de defenderem os interesses da população, ser conivente com os desmandos desse governo que não elege prioridades e age como se o dinheiro público fosse seu. O convênio ilegal, assim como o perdão fiscal concedido a JBS, assumiram caráter legal a partir de leis aprovadas no âmbito da Assembléia Legislativa com o apoio dos senhores deputados, inclusive os da oposição, que em tese deveriam ter denunciado as manobras do governo estadual.


A notícia da ação proposta pelo MP/GO você pode ler clicando aqui   

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