Dilma lá e Marconi cá. Dois reeleitos pela mentira.
O Senador Aécio Neves, candidato derrotado na eleição para presidente do Brasil e correligionário de Marconi Perillo (PSDB), acusou, não sem motivos, Dilma Roussef de ter cometido estelionato eleitoral para se eleger Presidente nas últimas eleições. Corroborado pelos fatos, Aécio diz que Dilma mentiu para o povo brasileiro ao dizer que a inflação estava sob controle, que as contas públicas estavam em ordem e que a situação econômica do país estava tranquila. Assim que foi eleita, Dilma viu o COPOM (Comitê do Banco Central) elevar a taxa selic, que é o índice pelo qual as taxas de juros cobrados pelos bancos no Brasil se balizam, para 11,25%. Segundo Aécio a alta do dólar e a piora nas contas públicas foi o motivo da alta. A inflação fechou em 6,59%, acima do teto que era de 6,50%. Outro fato que revela a mentira de Dilma foi seu esforço para mudar a LDO e legitimar o crime de responsabilidade por descumprir a lei de responsabilidade fiscal. O que era para fechar com superávit de R$ 116 bilhões virou déficit de aproximadamente R$ 15 bilhões. Durante a campanha Dilma afirmara que "nem que a vaca tussisse, mexereria nos direitos dos trabalhadores". Reeleita, Dilma alterou as regras para o seguro desemprego, abono-salarial e auxílio doença. Serão mais de R$ 18 bilhões que a presidente espera economizar para cobrir seus déficits, às custas desses benefícios trabalhistas. Em Goiás não foi diferente. Marconi Perillo, reeleito para o quarto mandato, abusou da propaganda. Resgatou promessas de outras campanhas e ensaiou inaugurar o Hospital de Urgências da Região Noroeste, o chamado HUGO 2, que era uma promessa da campanha de 2002. Chegou, inclusive, a marcar data para a inauguração e os concursados do hospital já se preparavam para assumir. Nada feito. Passada a eleição, não existe uma data acertada para a inauguração do hospital. Apregoando aos quatros cantos que as finanças do estado estavam ajustadas e sólidas, Marconi fechou o ano com "restos a pagar" na ordem de R$ 1 bilhão de reais, quase três vezes mais do que o antecessor Alcides Rodrigues. O superávit estadual, acertado com a união, que era de R$ 440 milhões, transformou-se em déficit de R$ 600 milhões. Mais de 16 mil cargos foram cortados da máquina pública, o que implica dizer que foram mantidos até então apenas para favorecer a reeleição de Perillo, conforme denunciou o senador eleito e Deputado Federal Ronaldo Caiado. Nenhuma das obras iniciadas pelo tucano no curso da campanha foram entregues e estão completamente paradas. O buracão do Olímpico, assim chamado aquele buraco onde existia o Estádio Olímpico e que deveria dar vida a um centro de excelência, é uma delas. Aeroporto de Cargas, Centro de Convenções, Anel Viário do DAIA, Parque Tecnológico e Presídio, todas em Anápolis, também estão paralisadas e sem previsão de conclusão. Para fugir da cobrança, Marconi assumiu postura ditatorial e não recebe mais as lideranças do interior que alienaram apoio a sua reeleição. Aos mais contundentes, Perillo tem mandado recado abusado e arrogante. Infelizmente, ou felizmente, ambos foram eleitos democraticamente pelo voto direito dos brasileiros e goianos. Um dia haveremos de entender que o voto é um bem comum e que deve privilegiar o todo e não só o nosso interesse egoísta. Todos perdem quando elegemos populistas e politiqueiros.
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