Marconi Perillo (PSDB) recebe de si mesmo um estado com sérias dificuldades financeiras.
Sucedendo a si mesmo, Marconi Perillo (PSDB), governador reeleito em Goiás, toma posse hoje (01/01) para o seu quarto mandato a frente do executivo goiano. Diferente de 2011, quando recebeu o governo das mãos do ex-aliado Alcides Rodrigues, dessa vez Perillo não terá um antecessor para levar a culpa pela situação negativa em que se encontra as contas do estado. O ex-governador Marconi entregará ao atual governador Marconi um estado com sérias dificuldades financeiras e com demandas urgentes a serem sanadas, principalmente na área da segurança e educação. Segundo a própria SEFAZ o estado fechou 2014 com restos a pagar, que são aquelas dívidas que deveriam ter sido pagas no curso do exercício que se findou, na ordem de R$ 1 bilhão de reais. O superávit primário acertado com a união, que era de R$ 440 milhões, transformou-se num déficit calculado em R$ 600 milhões, um furo de mais de R$ 1 bilhão. A dívida consolidada do estado já chega a R$ 22 bilhões. Com esses números, e sem ter em quem colocar a culpa, Marconi perde até o discurso sofismático que tem sido sua marca maior. Para tentar equilibrar as contas desequilibradas, mantidas até aqui por uma agressiva campanha midiática e a parcimônia intrigante da imprensa goiana, Perillo anunciou uma arrojada reforma administrativa, extinguindo mais de 16 mil cargos e seis secretarias, diminuindo, sobremaneira, o quinhão dos aliados no loteamento do estado. Os murmúrios, que logo se transformarão em grita, já são ouvidos. Sem dinheiro para manter a campanha publicitária que o trouxe até aqui, Marconi corre o risco iminente do desgaste junto a opinião pública e o possível revés junto aos aliados do legislativo. Dessa vez temos que ser justos: as dificuldades do Governador Marconi Perillo, que assume hoje seu quarto mandato a frente do estado de Goiás, estão direta e inquestionavelmente ligadas as lambanças de seu antecessor Marconi Perillo.
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