O respeito à democracia é uma questão de bom senso.
Um semana depois de conhecidos os vencedores nas eleições majoritárias no Brasil e nos estados, um pequeno grupo de brasileiros, amparados pela democracia consolidada no país, foram ás ruas pedir o impeachment da Presidente reeleita Dilma Roussef e, pasmem, a volta da ditadura no Brasil. Se de um lado é lamentável, de outro é gratificante saber que nossa democracia está madura o suficiente para permitir que até imbecilidades possam ser gritadas nas ruas, inclusive gritos contra a própria jovem democracia brasileira. A liberdade é algo inalienável sob todos os aspectos. Uma sociedade mais justa e fraterna depende do caminhar pra frente, aprimorando-se as conquistas e as liberdades de expressão, opinião e imprensa. Numa democracia o preço que se paga por suas benesses, entre elas o respeito aos direitos individuais de cada cidadão, é o de aceitar a vontade da maioria. E essa é a regra: vence aquele sufragado pela maioria dos eleitores. Tudo que vem depois a fim de conturbar o processo e ilegitimá-lo deixa de ser democrático e passa a flertar com a exceção. Muitas vidas foram ceifadas em nome dessa liberdade e não podemos, sequer por brincadeira, contribuirmos com o rompimento dos direitos conquistados à duras penas. É fundamental que os derrotados busquem em si mesmo os motivos de tal derrota e ajam, com os instrumentos que a democracia lhes permite, para que no próximo pleito a história seja diferente. Enquanto isso façam a necessária e imprescindível oposição aos vencedores, respeitando, obviamente, a democracia brasileira.
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