sábado, 22 de novembro de 2014

Em debate na FCS/UFG, Delegado Waldir chama acadêmicos de "clientes" e frustra organizadores.

O recém eleito deputado federal, Delegado Waldir, o mais bem votado deputado federal em Goiás, protagonizou, na noite da última quarta-feira (19/11), um lamentável episódio na Faculdade de Ciências Sociais da UFG, onde esteve, como convidado, para participar de um debate promovido pela academia acerca da violência, suas causas, consequências e medidas que poderiam ser tomadas para contê-la. Estavam presentes, entres outros convidados, o Promotor de Justiça da Vara de Execuções Penais do MP-GO, Haroldo Caetano, a Professora Universitária, Doutora em Sociologia, Michele Franco e o Deputado Simeyzon. Assim que o nome do Delegado Waldir foi chamado pela coordenação do evento para compor a mesa ouviu-se da plateia, composta por alunos da faculdade, uma sonora vaia o que permite inferir que os acadêmicos não concordam com o método divulgado pelo delegado da polícia civil para tratar da violência e suas consequências. Abespinhado com as vaias, assim que tomou a palavra o Delegado Waldir ironizou, dizendo que alguns que estavam ali ele conhecia de outros "eventos", fazendo alusão aos episódios das manifestações contra o aumento da passagem de ônibus na capital, quando alguns estudantes foram conduzidos ao distrito policial onde o Delegado é o titular, os quais, mais tarde na sua página do facebook, o Delegado chamou de "clientes". Continuando, o Delegado disse que uns são apaixonados por "fumar maconha" e ele era apaixonado pela Segurança Pública e por sua carreira de Delegado. As vaias se intensificaram. Terminada sua fala, e sem condições de concatenar suas ideias, o debatedor saiu rapidamente do auditório e o evento continuou sem a sua presença. Comentando o episódio em post do facebook, o Promotor Haroldo Caetano disse que "autoritarismo não costuma se dar bem com a universidade. Era previsível o não-debate". Para Caetano o confronto de ideias "só é possível quando existe a capacidade de escuta e de compreensão". Quanto ao futuro do Delegado Waldir na seara política, Haroldo Caetano alerta que, muito provavelmente, "o carismático delegado, mesmo com seus mais de 200 mil votos, o discurso fácil e seu jargão policial, habitará o baixo-clero da Câmara, onde, sem o palanque da delegacia de polícia, tem fortes chances de cair no ostracismo muito rapidamente".  Já a Professora Michele Franco disse lamentar "que pessoas vinculadas a movimentos sociais sejam vistas como "clientes" desse sistema punitivo". Para a Doutora em Sociologia, "apesar de discordar das ideais, das práticas e das demandas que esse delegado/deputado representa, sou forçada a reconhecer que sua expressiva votação deve ensejar um olhar atento da academia a respeito das demandas de uma parcela da sociedade que entende a punição como forma de pacificação social, quando deveria perceber que é a universalização de políticas públicas essenciais como educação, saúde, acesso igual à justiça que conseguiria a paz para todos e não a proteção a vida e do patrimônio de poucos", completou. Umas das coordenadoras do evento, Mileni Borges, se disse decepcionada com o tratamento dispensado pelo Delegado à Faculdade e aos acadêmicos e aconselhou Waldir Soares: "na Câmara não terá como correr do debate e nem chamar seus pares de "clientes". Então comece a aceitar que no mundo existem milhares de opiniões contrárias a sua".

11 comentários :

  1. Não respeitam o convidado ao debate não o deixam falar, e pedem para que o delegado aceite que existem opiniões contrárias a dele....incoerência latente desse pessoal

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    1. Acho que você não ta sabendo muito bem o que significa latente, querido...

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    2. Isso demonstra a falta de educação desses estudantes e a educação de merda que recebem , presos nos conceitos da esquerda vermelha falida, que não sabe o que é democracia, e que ela tem dois lados , e a solução esta no meio e não nos lados . coisa de petralhas

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    3. Pessoas comentando sobre algo que não sabem dá nisso, ele foi convidado como debatedor com direito a 10 minutos de fala,assim como os outros debatedores que estavam compondo a mesa, creio que a essência do debate é a troca de conceitos e ideias, o fundamento é a TROCA e não despejar o que quer que seja e sair sem ter escutado a respeito de outras coisas, o evento ao qual o mesmo participou foi criado para a discussão de políticas públicas e não imposição sobre o que é certo ou errado do ponto de vista de um indivíduo.

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  2. A plateia pode vaiar a vontade e não deixa-lo falar e debater mas ele tem que demonstrar respeito e cordialidade para uns tipos como esses? Quanta hipocrisia... Os valores estão completamente invertidos, que decepção.

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  3. Na verdade ele não ta mentindo nem um pouco, existem clientes dele sim no meio acadêmico, principalmente nesses cursos que formam pseudoscomunistas, que se dizem enganjados com as causas sociais quando na verdade aguardam a primeira baderna para levantar a bandeira da anarquia. ..lamentável! !!

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  4. So tem maconheiro fazendo MIMIMI!! kkkkkkkkkkkk

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  5. São vocês quem financiam essa merda aqui! Seus maconheiros! Seus merdas! - Ass: Delegado Waldir

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  6. Dr: Waldir, infelizmente não tem lugar para decência. Virou moda apoiar bandidos e drogados, é bonitinho criticar quem combate o crime como o senhor o faz. A tal Mileni Borges, já o ameaça... mande essa criatura ir bater de frente com o crime como o senhor faz, mande ela enfrentar os viciados desordeiros .Essa mulher é oportunista, agarrando a chance para se promover, assim como esse promotor que, do alto de sua gravata fica usando seu nome para aparecer. É UMA VERGONHA!!!

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  7. Dr. Delegado, Deputado Waldir, A sua função de Delegado, realmente é investigar e encaminhar ao judiciário os inquéritos para os devidos julgamentos. Clientes de Delegacias são seres humanos assim como qualquer outro. O que se discutia, não eram crimes. O que se discutia, não era o passado de ninguém. O que se discutia eram alternativas sociais para que os clientes, fossem cada vez mais raros ou escassos em sua delegacia onde as pessoas tivessem realmente uma oportunidade de vida. O que se gostaria é que sua opinião sobre um mundo socialmente melhor pudesse ocorrer e não como repreender o passado de ninguém.

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  8. Se o cara se dispôs a participar de um debate dentro de uma universidade pública, deveria estar melhor preparado para o confronto, as vaias eram previsíveis. Acho que partir para a rotulação do pessoal (apesar de usar a expressão: alguns) foi apelação. A vaia foi geral e ali não estavam só os "maconheiros", também estavam os "caretas" e convenhamos, o ambiente era composto por pessoas críticas e politizadas, diferente do público que elegeu o delegado. Com essa, já são duas situações em que o neófilo deputado "dá bandeira" (a primeira foi sua ridicularizada atuação na CPI da Petrobrás). Acho que ele tem que ficar mais esperto e refletir um pouco mais antes de falar e/ou escolher melhor os eventos que aceita participar. Saliento que o respeito, me lembro dele nas escolas municipais da região noroeste de Goiânia falando sobre criminalidade e drogas (não sei se por motivos eleitoreiros ou de consciência, mas certamente causada certo impacto nos jovens).

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