sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Jovem morre no HUGO por falta de atendimento e expõe a mentira na saúde pública de Goiás.

O jovem Bruno Henrique Mendonça Viana, 17 anos, morreu na manhã de quarta-feira, 11/09, no Hospital de Urgências de Goiânia, o HUGO, depois de esperar por mais de 15 horas por atendimento que não chegou. Bruno sofreu um acidente de moto e fraturou a perna. Foi atendido no CROF (Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia), às 18 horas de segunda-feira, onde realizou um Raio X e, depois de constatada a fratura, foi encaminhado ao HUGO, onde chegou por volta das 22 horas. Lá permaneceu em uma maca e só foi receber as primeiras medicações perto das 13 horas de terça-feira. Vítima de embolia pulmonar, o rapaz morreu por volta das 6:30 de quarta-feira. A família de Bruno acusa o hospital de omissão e negligência. Esse é mais um episódio que mostra mais um sofisma do Governo de Goiás. Ao terceirizar a saúde em Goiás, Marconi Perillo tem propagandeado que o HUGO hoje é um hospital de referência, que acabaram as cenas de pacientes jogados nos corredores sobre macas e o que o atendimento tem sido muito mais eficiente. Não é verdade. Na realidade o HUGO, administrado por OSs, reduziu drasticamente os atendimentos, deixando de atender 800 pacientes para atender somente 190 pacientes/dia. Isso passa a falsa ideia de que o Hospital hoje é mais humanizado e mais eficiente, mas na verdade o cidadão tem pago um preço muito alto, as vezes com a própria vida. Denúncias dizem que as OSs tem adotado a prática de atendimentos seletivos, ou seja, somente àqueles que são mais caros, o que lhes permitem faturar mais com menos. Com essa prática desumana a rede municipal de saúde é sobrecarregada e o que se vê nos CAIS é uma situação de caos. Marconi Perillo não assume que o cidadão está sendo prejudicado e, abusando da retórica, tem dito que tudo é discurso eleitoreiro e politiqueiro da oposição. Tem sido assim também na segurança pública e na educação. A morte desse jovem prova que o cidadão que não mora na propaganda do governo é vítima em potencial de um sistema criminoso de se fazer política em Goiás.

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