segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Em Goiás o bom senso agoniza. Signates diz não ver problema na divulgação de dados falsos.

Luiz Signates, Professor de Comunicação UFG / PUC
O doutor em Comunicação e Professor da Universidade Federal de Goiás, Luiz Signates, foi questionado no twitter acerca da metodologia do Blog Diário de Goiás, do professor e radialista Altair Tavares, em excluir os votos dos indecisos do comput geral dos votos válidos nas diversas pesquisas que divulga. A prática, vista como uma forma de aumentar o quantitativo de votos válidos para Marconi Perillo, elevando seus números a patamares que induz o eleitor a pensar que ele vence no 1º turno as eleições de outubro próximo, foi contestada pelo autor do Blog, que enxerga tendenciosa a aludida metodologia. A pergunta feita ao catedrático foi se ele achava prudente e honesto excetuar os votos dos indecisos para formar maioria para determinado candidato. A princípio, Signates disse que "pesquisa é projeção. Em geral os indecisos aparecem nos estudos de migração de votos". Questionado se a exclusão dos indecisos não poderia comprometer a projeção, o doutor respondeu: "pode ser. Mas no caso, conforme a pesquisa, são só 8,7% do eleitorado. O resultado não mudaria tanto assim com a redistribuição". Isso não é verdade. A diferença entre o que foi divulgado pelo Blog Diário de Goiás, apontando que Marconi teria 49,1% dos votos válidos, e o percentual considerando válidos os indecisos seria de 4,56%, ou 194.200 votos. Marconi estaria, portanto, muito longe de vencer no 1º turno. Ao final da discussão, Signates concordou que a amostragem, como divulgada, não se mostra provável, mas se disse contrário à proibição de divulgá-la. Lamentável que um dos maiores analistas políticos de Goiás pense dessa forma, pois um levantamento onde a probabilidade é descartada não deveria, sob hipótese alguma, ser divulgada, já que serviria apenas a uma mera especulação tendenciosa para formação da opinião dos mais incautos eleitores. Em outro post, Luiz Signates soa ainda mais incoerente: "o eleitor tem direito a TODA informação. Mesmo falsa". Será? Quando se mente também não estamos sonegando informação, no caso a verdade? Será que a mentira é mesmo uma informação? Com a resposta o eleitor.


Nenhum comentário :

Postar um comentário