quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Parecer do MP-GO pelo arquivamento de ação contra Perillo faz duras críticas a ética do tucano.

Comemorado pelos governistas e pelo próprio Governador Marconi Perillo como sendo uma indiscutível sentença absolutória, o parecer da relatora que pediu o arquivamento do procedimento de investigação contra Marconi no âmbio do MP-GO, faz duras críticas ao comportamento moral e ético do reeleito governador do estado de Goiás. Aberto em 2012, por representação do Promotor Fernando Krebs, para apurar o envolvimento de Perillo com Carlos Cachoeira, naquela que ficou conhecida como Operação Monte Carlo da PF, o Procedimento Preparatório do MP-GO, , veio a cabo no último dia 02 de dezembro, com o arquivamento da denúncia. Contrariando a si mesma, a Procuradora Relatora, Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella, reconhece a conduta imoral do chefe do executivo goiano. A certa altura do seu voto, a procuradora diz que "das transcrições das interceptações telefônicas colacionadas a este procedimento preparatório, vê-se que a autoridade investigada de fato manteve contato pessoal e telefônico com Carlos Cachoeira". Noutro ponto a relatora registra o seguinte: "com efeito, do ponto de vista ético, revela-se condenável o relacionamento do chefe do executivo goiano com Carlos Cachoeira e seus prepostos, posto que, àquela época, já era notório no Estado de Goiás o tipo de atividade ilícita desempenhada por Carlos Cachoeira". Como quem faz um mea culpa, a digníssima Procuradora, buscando um embasamento jurídico que consubstanciasse sua decisão de arquivar o procedimento, reconhece que o conteúdo das interceptações telefônicas autorizadas pela justiça pode "ser considerado séria ofensa ao comportamento ético exigido e esperado de um agente público". Ainda assim a Dra. Procuradora de Justiça disse não ver "elementos de provas capazes de consubstanciar justa causa para a propositura" de ação contra o Governador de Goiás". Então tá!

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