Talvez a Segurança Pública seja, de fato, o "calcanhar de aquiles" de Marconi Perillo, mas a situação do estado, como um todo, é uma lástima só. Em 16 anos de governo do chamado "Tempo Novo", os goianos viram a criminalidade mais que triplicar no estado. Sem políticas estruturais, capazes de atacar as causas e solucionar os problemas, o Governo de Perillo investe em milionárias campanhas midiáticas para esconder seu fracasso. Recentemente, Goiás foi considerado o 4º estado mais violento do país e Goiânia, sua capital, ostenta a vergonhosa 28ª posição de mais violenta do mundo. No mês passado, junho/2014, mais de 80 pessoas foram assassinadas em Goiânia, tornando-se, assim, o mês mais violento da história da capital. Só em 2014, "ano da segurança", assim chamado pelo governo em mais uma jogada de marketing, 1.294 pessoas foram vítimas de homicídios dolosos e outras 1.461 foram vítimas de tentativas de homicídios, muitas das quais, provavelmente, também morreram e não tiveram sua condição de vítima retificada nas estatísticas oficiais.
A Violência em Goiás é consequência de um governo omisso e sem projetos, agravada pela difícil situação financeira pela qual atravessa o estado, motivada, sobretudo, pela irresponsabilidade de uma administração que insiste em fazer um governo de faz-de-conta às custas de propagandas que já consumiram mais de R$ 450 milhões dos cofres públicos só nesse terceiro mandato de Perillo. Com dinheiro de mais para propagandas e dinheiro de menos para pagar as contas, em junho próximo passado, o Governo de Goiás transferiu R$ 130 milhões do orçamento da Segurança Pública para a SEFAZ pagar dívidas. As chamadas "suplementações orçamentárias" tem sido recorrentes e, mais cedo ou mais tarde, Perillo não terá mais de onde tirar para cobrir o rombo das contas do tesouro estadual. Segundo a própria Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás - SEFAZ, serão necessários mais créditos ainda este ano, já que o Governo tem que pagar mais de R$ 2,5 bilhões em dívidas até 31/12/2014. Todo esse dinheiro transferido e destinado ao pagamento de juros de dívidas da CELG com a CAIXA, saíram do orçamento da Polícia Militar e estavam destinados ao pagamento da folha da corporação.
Essa situação de descontrole não é de hoje. Matéria publicada no site do SINDIFISCO revela que as contas do Governo Perillo, referentes ao exercício de 2013, apresentaram déficits e poderiam ter sido reprovadas pelo TCE. O próprio Tribunal de Contas, em relatório, apontou um déficit orçamentário de R$ 526,3 milhões. O valor representa aumento de 50% em relação ao déficit registrado no balanço de 2012, que era de R$ 351 milhões. Ou seja, as contas de Perillo já vêm se arrastando há tempos. Além do déficit orçamentário, o relatório do TCE aponta a utilização indevida de recursos da conta centralizadora do Estado e o descumprimento de 02 (duas) metas fiscais - resultado nominal e receita primária. É possível, segundo especialistas, que Marconi Perillo não consiga cumprir as metas fiscais em 2014 e que falte dinheiro para pagamento da folha dos funcionários públicos em dezembro do corrente ano.
A aprovação das contas do Governo Estadual pelo TCE, com as irregularidades apontadas pelo Tribunal e 11 recomendações do Conselheiro Kennedy Trindade, expõe a natureza política da casa de contas. Um tribunal imparcial e cônscio de suas atribuições jamais aprovaria contas tão furadas como as do Governo de Goiás. Nesse diapasão, Perillo continua dando azo a sua política de faz-de-conta e, enquanto Leonardo canta e encanta, o Estado continua cavando e consolidando a máxima de que "o buraco é mais embaixo".
A aprovação das contas do Governo Estadual pelo TCE, com as irregularidades apontadas pelo Tribunal e 11 recomendações do Conselheiro Kennedy Trindade, expõe a natureza política da casa de contas. Um tribunal imparcial e cônscio de suas atribuições jamais aprovaria contas tão furadas como as do Governo de Goiás. Nesse diapasão, Perillo continua dando azo a sua política de faz-de-conta e, enquanto Leonardo canta e encanta, o Estado continua cavando e consolidando a máxima de que "o buraco é mais embaixo".
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