Ouvido pelo jornal O Hoje, em fevereiro de 2014, o ex-secretário da Fazenda e homem forte do Governo Perillo, Simão Cirineu deixava claro que o próximo governador eleito encontraria um estado sem nenhum recurso para investimento. Segundo Cirineu, até 2020 o Estado não poderá contrair empréstimos, já que as dívidas representam 20% da receita líquida. O ex-secretário disse, à época, que o endividamento não é a melhor opção, mas foi a única alternativa que restou ao governo de Perillo. Na ocasião o atual Secretário da Fazenda, José Taveira, informou que o estado está no limite da capacidade de endividamento. Foram mais de R$ 7 bilhões nos 3 últimos anos. Portanto, não é intriga da oposição e nem se trata de pintar a coisa mais preta do que está: o Estado de Goiás, conforme ratificam os próprios gestores fazendários, está quebrado e sem capacidade de investir, seja em qualquer área. Outros fatos corroboram a difícil situação financeira do estado de Goiás, como a transferência de R$ 130 milhões, recursos da Segurança Pública, para o pagamento de dividas da CELG, os seguidos empréstimos a que tem recorrido o executivo estadual junto ao TJ/GO (R$ 35 milhões em maio e R$ 80 milhões em julho) e TCE/GO (R$ 25 milhões em junho) e ainda o próprio relatório do TCE apontando aumento no déficit das contas públicas, que era de R$ 351 milhões em 2012 e saltou para R$ 526 milhões em 2013, além de utilização indevida da conta centralizadora do estado e o descumprimento de duas metas fiscais. O último pedido de empréstimo ao TJ/GO seria para o pagamento da folha do funcionalismo, o que implica dizer que o Estado não tem dinheiro em caixa sequer para pagar os funcionários. Não é demais inferir que qualquer anúncio, por parte do atual governo, de investimentos nisso ou naquilo, não passa de puro marketing e uma forma de induzir o eleitor ao erro, já que o Estado não tem condições financeiras de "despachar um cego", como se diz na gíria popular.
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