Em sua página no Twitter, o Promotor de Justiça Haroldo Caetano, do Ministério Público de Goiás, chama a atenção para uma prática policial que tem se tornado corriqueira diante da alarmante onda de violência que tomou Goiás. Comentando a chacina que vitimou quatro adolescentes em Goiânia, Caetano postou: "investigação policial primeiro condena as vítimas. Parece ser esta a técnica preferida da Polícia em Goiás". E prosseguiu: "Sem defensoria Pública, uma das mães assume o papel e defende-se da polícia". De fato essa tem sido uma constante da polícia já na preliminar da apuração dos fatos, inclusive havíamos chamado a atenção para essa prática, em artigo publicado neste espaço. O Promotor concluiu seu raciocínio amparado na lógica que, segundo ele, "o julgamento moral faz delas (as vítimas) bandidas. E se "bandido bom é...." o caso estaria encerrado? Mero Justiçamento?", pergunta. Encerrando, Haroldo Caetano vai ao cerne da questão: "Vivemos uma crise séria, sem respostas das instituições. E o debate político, pobre, resume-se à disputa pelo poder" - postou o nobre Promotor. Mais do que uma técnica de criminalização das vítimas, que pode estar sendo usada pela polícia, acredito numa quase criminosa imposição política às polícias, tanto civil quanto militar, no intuito único de evitar desgastes ao Governo goiano, já que é patente sua omissão e incompetência no trato com a segurança pública no estado.
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