No dia 8 de março de 1857, operárias que lutavam por melhores condições de trabalho, foram brutalmente assassinadas. A manifestação que elas promoviam, visando a redução da carga horária de trabalho, foi reprimida com violência. Elas foram trancadas dentro da fábrica e ali foi ateado fogo. Na oportunidade 130 mulheres morreram carbonizadas. Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem àquelas mulheres que morreram na fábrica incendiada. Passados 157 anos, num mesmo 8 de março, aqui no Estado de Goiás, governado por Marconi Perillo, que prometera fazer "o melhor governo da vida dos goianos", 4 mulheres foram assassinadas com requintes de crueldade - crime que já é conhecido como "chacina do Mendanha". A violência em Goiás, infelizmente, não escolhe sexo. Depois que Marconi Perillo assumiu, Goiânia alcançou a horrorosa condição de 28ª cidade mais violenta do mundo. A média de homicídios em Goiás é de 44,45 mortes/100 mil habitantes, quando o aceitável pela OMS é de 10 por cada grupo de 100 mil moradores. A estatística de Goiânia é ainda pior: são 47,46 homicídios por cada grupo de 100 mil pessoas, quase 5 vezes mais do que o admitido como aceitável. O governo Marconi perdeu completamente o controle sobre a criminalidade em Goiás. Não há um único projeto em curso capaz de conter essa onda de violência que amedronta os goianos e nos coloca a todos como reféns do medo. Lamentavelmente, somos todos vítimas em potencial dessa situação causada pela omissão do estado. Nesse dia internacional da mulher, Goiás não tem o que comemorar e, infelizmente, o assassinato dessas quatro jovens em Goiânia mostra a realidade de um Estado abandonado por seu gestor. Enquanto a propaganda oficial do governo insiste dizer o contrário, a realidade mostra que "Goiás tá muito mal na foto".
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