terça-feira, 1 de outubro de 2013

Samuel Belchior se defende, na Tribuna da ALEGO

Defesa

Na sessão desta 3ª feira, Samuel Belchior se defende, na Tribuna, de denúncias feitas contra ele na Operação Miqueias da Polícia Federal.
Ao iniciar os debates do Grande Expediente, o deputado Samuel Belchior (PMDB) disse que conheceu Luciane Hoepers em março de 2013, mas que em momento algum a apresentou para prefeitos ou intermediou negócios do grupo investigado pela Polícia Federal durante a Operação Miqueias. O peemedebista afirmou ainda que desafia publicamente qualquer pessoa a provar que tenha qualquer envolvimento com a iniciativa.
"Conheci essa moça (Luciane Hoepers) em março de 2013. Muitos boatos já surgiram. Fui convidado a comparecer à Polícia Federal. Não fui intimado ou convocado coercitivamente. Não receio em dar explicações. Lutei a vida toda honestamente. Os senhores sabem disso. E não há hoje um empresário que diga que lhe pedi um favor. Na Polícia Federal, fui entender o que estava acontecendo. Leiam o inquérito que vão se assustar com os nomes que lá estão. Desafio qualquer um a provar que tenho qualquer envolvimento com esta operação", disse o deputado.
Samuel Belchior disse que a investigação que resultou na Operação Miqueias começou a partir de 2009. Para o peemedebista, a divulgação de informações pela imprensa é sensacionalista e teria por objetivo atingir sua família, especialmente sua mulher.
"Essa investigação é de 2009 para cá. Mais de 120 pessoas foram grampeadas. Não conheço a empresa e os envolvidos. E conheci apenas uma pessoa envolvida. Mas aí começou o sensacionalismo. E imaginem se eu estivesse grampeado? Todos vocês (deputados) estariam presos, já que chamei a todos de chefe. Quantos aqui se apresentam por apelido ou nome que gostam de ser chamados. O interesse é atingir minha família e minha esposa, que sofre humilhação pública. Disseram que eu era íntimo da moça por chamá-la de Lu. Leiam o inquérito, que apesar de sigiloso, está espalhado país afora", afirmou o peemedebista.
Samuel Belchior disse que sentiu-se violado ao ter a casa revistada por uma delegada e dois agentes da Polícia Federal às 6 horas da manhã. O parlamentar argumentou que teve de retirar os filhos pequenos para que os policiais pudessem vasculhar o interior de sua residência.
"Em 19 de setembro, recebi às 6 horas da manhã uma delegada e dois agentes da Polícia Federal. Praticaram contra mim e minha família ato que não desejo a nenhum de meus adversários. Invadiram meu lar. Meus filhos ainda não tem idade para entender as coisas e não são achincalhados por coleguinhas. É desnecessária a atitude dessas operações. Os agentes e delegada foram respeitáveis. Pude tirar meus filhos para que pudessem revirar minha casa de cabeça para baixo. E após revirar, a delegada percebeu o constrangimento pelo qual estávamos passando", afirmou o parlamentar.

Ele comentou que teve os dois carros apreendidos pela polícia federal, mas explicou que é impossível fazer qualquer relação entre esses bens e as operações investigadas na operação Miqueias, pois um dos carros foi adquirido em 2009 e o outro em 2012 e, no entanto, ele só conheceu Luciane em março de 2013.

O deputado disse ainda que jamais intermediou nenhum encontro entre Luciane Hoepers e prefeitos. Samuel Belchior também afirmou que nunca intermediou negócios do grupo investigado pela Polícia Federal.
"Se o deputado compra um bom carro ou boa casa, é porque roubou. E se tem empresa, é porque a usa para lavar dinheiro. Infelizmente, essa é a imagem que se tem dos políticos no país. Apreenderam meus dois carros. Repito o que disse à Polícia. Jamais acompanhei essa moça (Luciane Hoepers) em prefeitos ou intermediei negócios desse grupo. Lá, no inquérito, identifica cada um que está nos autos", afirmou o deputado.
 Samuel Belchior afirmou ainda que os políticos são culpados por praticamente todos os males que a sociedade pode apontar. Para o parlamentar, os políticos são colocados na vala comum de maneira generalizada.
"Recebi de meus pais criação rígida. Aprendi com eles que, para atingir qualquer coisa na vida, não é preciso passar por cima do próximo, atacar ou prejudicar outros. São com atos e dedicação, e acima de tudo honestidade, é que se faz trabalho bem feito na política. Estou deputado. Somos taxados de forma generalizada a pior classe que a sociedade possa imaginar. Os políticos são culpados praticamente por tudo o que acontece. Não digo que as pessoas não tenham razão, mas colocam todos nós na mesma vala comum", disse o parlamentar.
Samuel Belchior agradeceu o apoio recebido dos amigos, aliados e familiares durante o período em que seu nome foi citado pela imprensa em decorrência da Operação Miqueas. O parlamentar fez ainda um breve retrospectiva de sua carreira como político.
"Agradeço a todo apoio que recebi de meus amigos, companheiros políticos e familiares. Por saber que este pronunciamento estará espalhado em todas as redes sociais, peço um parênteses para que possa me apresentar. Sou o deputado Samuel Belchior. Fui eleito vereador de Goiânia em 2004. Fui eleito deputado estadual em 2006, o mais votado da capital, e aos 26 anos. Em 2010, fui novamente eleito. Fui líder do prefeito Iris Rezende na Câmara de Goiânia. E sou presidente do Diretório Estadual de meu partido", afirmou o peemedebista.
Fonte: Portal da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. http://al.go.leg.br/noticias/ver/id/120617/defesa+

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