sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Governadoriáveis" e as polêmicas em 2014

Saiu no Giro de hoje (abaixo):
Alvo Segundo um deputado do PMDB, Duda Mendonça teria dito na reunião fechada do escritório de José Batista Júnior: “Para derrotar Marconi Perillo, Lula é capaz até de sacrificar a reeleição da Dilma.”

Alguém acredita nessa balela? Enquanto o PMDB insiste em trabalhar na linha dos factoides - alimentando, inclusive, o egocentrismo de pessoas que já não cabem em si - a trilha sonora - goiana - desta nota é: "é a sua indiferença que me mata, que me mata, que me mata...". #doucontanão

PMDB, pede pra sair. Não sejam amadores! Tem aqueles que fazem política com o fígado; vocês estão fazendo com o intestino! Neste pleito de 2014, tem quatro pessoas "chaves", que sabem jogar o jogo profissionalmente:


Marconi Perillo - atual governador, tem feito a lição de casa. Tem conversado pouco e, do ponto de vista político, tem respondido as conversas que surgem com ações. Tem a estrutura do Estado e é um marqueteiro nato. Mas peca pela cobiça exagerada e pelo egocentrismo, que ocasionalmente o tira da realidade. Ao abrir demais o leque de alianças para vencer a última disputa, transformou seu governo numa torre de Babel, o que o impediu de cumprir todas as promessas feitas, inclusive em relação aos servidores, que já foram aliados incondicionais. Por conta deste cenário, só conseguiu fazer seu governo deslanchar de 2013 para cá.

Iris Rezende - muito experiente. Também tem conversado pouco e isso, na política, é um ponto positivo. Candidato bom abre a boca na hora certa, assim, sua palavra tem o peso ideal, na direção correta. "Isso é bíblico", inclusive. Tendo já vencido os ímpetos da juventude, age pela razão, catalisando a emoção para o "aplauso na hora certa", o que o impulsiona para a frente mais ainda. Sua imagem, no entanto, não mais favorece o cargo de governador. Para o senado, Duda Mendonça tem razão, é imbatível. Seja quem for o candidato, qualquer chapa de oposição precisa dele disputando o Senado, isso é fato.

Antônio Gomide - é o novo, o arrojado; é o Marconi do primeiro enfrentamento com Íris, só que com mais experiência administrativa comprovada à frente do Executivo, porque já é um prefeito consolidado (coisa que Marconi não era). O prefeito que reviveu o cemitério de prefeitos. É a bola da vez. Uma candidatura sólida da oposição em torno de seu nome - com a composição correta - tem tudo para vencer. Seu maior problema? Por incrível que pareça, não é o PT - que tem feito a lição de casa -, mas o PMDB e sua incrível capacidade de só olhar o próprio umbigo, fazer merda e, quase sempre, estragar tudo.


Ronaldo Caidado - representa um setor forte do Estado e tem coerência com as propostas que sempre defendeu. É possível não concordar com nada do que ele diz ou pensa, mas é impossível afirmar que não tem legitimidade política, história e tradição. Seu partido, fragilizado pelo cenário político nacional, não o ajuda. O escândalo Demóstenes, a saída de Vilmar Rocha e, depois, de José Eliton, encolheram demais o DEM aqui. O fôlego seria o PSB de Eduardo Campos e Vanderlan Cardoso. O primeiro preferiu Marina Silva; ela e Caiado são água e óleo. Então... embora seja um quadro político expressivo de Goiás, está isolado. E na política, o máximo que se consegue ser, isolado, é uma eterna oposição (vide PT antes da eleição de Lula).


Os outros candidatos, naturalmente, são importantes; mas não comandam o jogo. Enfim, política é tradição. O poder econômico é importante, mas é sustentação e não chamariz. Essa coisa de ser o dono da bola e por isso escolher a posição que vai jogar é coisa de menino mimado, criado com avó; não cola na política nem na vida, só aumenta a antipatia.

#minhaopinião

Rodrigo N. Leles

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