Em seu programa diário na Rádio Sucesso, o renomado jornalista Rosenwal Ferreira, um dos mais conceituados profissionais do jornalismo goiano, disse hoje, 08/08, que ouviu de uma graduada autoridade policial de Goiás que as mortes de mulheres em Goiânia, que têm levado pânico às mulheres e à sociedade em geral, não estariam sendo praticadas por um serial killer, como tem sido cogitado. Segundo Rosenwal, essa autoridade teria-lhe garantido que o motivo desses assassinatos seria outro, ainda mais grave que a hipótese de ser um psicopata o autor de tais atrocidades. O motivo, segundo essa fonte, seria retaliações de facções que cumprem pena no complexo penitenciário Odenir Guimarães, antigo CEPAIGO, em Aparecida de Goiânia, que tiveram certos privilégios cessados por uma atuação mais rígida da direção do presídio. O fim desses privilégios teria levado os "chefes" presidiários a determinarem que se iniciasse uma matança aleatória de pessoas em Goiânia até que as autoridades cedessem e restaurassem a situação de comodidade e conforto em que viviam até recentemente. Os assassinatos deveriam seguir um padrão que deixasse a população em pânico e surtissem os efeitos desejados. A escolha por vítimas mulheres, dessa forma, não foi por acaso. Não se pode dizer com certeza que seja esse o motivo dos mais de 17 homicídios cometidos contra mulheres desde fevereiro deste ano em Goiânia, todos em circunstâncias semelhantes, mas em se confirmando tal tese, o que já era feio, fica horroroso. Admitir que tais assassinatos foram tramados e ordenados de dentro do sistema penitenciário goiano é admitir a falência total do estado no quesito segurança. É admitir que a população está à mercê de bandidos que, ao invés de estarem segregados, estão decidindo quem vive e quem morre em Goiás. Essa tese provaria que o Governo de Goiás é absolutamente incapaz de garantir o mínimo de segurança ao cidadão e que se submete ao mando de uma facção criminosa já condenada pela justiça. Em se comprovando que os crimes sejam retaliações comandadas por presidiários, o governo de Goiás perde completamente a legitimidade enquanto garantidor da segurança pública e medidas urgentes, tal como a intervenção federal no estado, se impõem para garantir a vida dos goianos.
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