Em Goiás é muito comum ouvir as pessoas se perguntando: "eu não voto em Marconi, não conheço ninguém que vota no Marconi. Como é possível ele aparecer sempre na frente nessas pesquisas eleitorais?" A resposta não é tão difícil assim. Não existe muito mistério quanto aos números apresentados. Ocorre que o Governo de Goiás, comandado por Marconi Perillo, já gastou, de 2011 a 2014, mais de R$ 500 milhões em propaganda, ou seja, mais de meio bilhão de reais. Os beneficiários de toda essa fortuna é a mídia goiana, formada por rádios, jornais e televisão, além de blogs sem nenhum compromisso com a verdade. Os institutos de pesquisas, sempre estão ligados a algum tipo de veículo de comunicação e não fazem pesquisas de graça. Logo, se é tão difícil encontrar eleitor que vota em Marconi mas ele está sempre liderando as pesquisas, é crível concluir que essas pesquisas atendem aos interesses de quem paga por elas. Ademais, esse expediente tem um grande poder de indução do eleitorado. Infelizmente o eleitor brasileiro, e nele se inclui o goiano, tem o hábito de não "perder" seu voto. É muito comum ouvirmos as pessoas dizendo que vota em fulano porque ele vai ganhar "mesmo", já que as famigeradas pesquisas apontam o tal candidato disparado na frente. Em Goiás é assim. Esse instituto SERPES, que hoje divulgou pesquisa dando Perillo 15 pontos à frente d Iris, está, desde 2010, moralmente impedido de fazer pesquisas de intenção de votos em Goiás. Digo e repito: o SERPES está moralmente impedido de divulgar pesquisas em Goiás. E a razão é lógica: Ana Cardozo de Lorenzo, dona da empresa SERPES Pesquisas de Opinião e Mercado, foi contratada para a campanha de Perillo em 2010 e, empurrada para dentro do imbróglio Cachoeira, viu-se obrigada a confessar que havia recebido dinheiro sujo em pagamento do serviços prestados para Marconi Perillo em 2010, conforme reportagem que você pode ler aqui. Chamada à CPMI instalada para apurar o envolvimento de servidores da administração estadual com o bicheiro Cachoeira, Ana de Lorenzo enviou documento à CPMI confessando que havia recebido R$ 28 mil da empresa fantasma Alberto & Pantoja Construções Ltda, em pagamento de parte dos serviços encomendados por Perillo, cujo total era de R$ 56 mil. Diante desse fato, como é possível acreditar nas pesquisas divulgadas por um instituto que fez parte do staf de campanha do candidato que ele aponta como primeiro colocado nas pesquisas? Teríamos que ser muito ingênuos para acreditar nos números apresentados pelo SERPES e em todos os outros que não dispõem de um mínimo de credibilidade. O que existe em Goiás é um projeto de manipulação da opinião pública que usa os expedientes das pesquisas eleitorais, e da propaganda como um todo, para induzir e alienar o povo goiano. Não se permita ser vítima dessa prática criminosa.
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