terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pesquisa SERPES sobre segurança em Goiás deixa dúvidas.

A pesquisa SERPES produz outra pérola em Goiás. Ou falta critério para as pesquisas ou, simplesmente, os entrevistados estão zombando dos entrevistadores. Capa de "OPopular" de hoje (19/08), traz em letras garrafais a seguinte manchete: "População dá nota 5 para a segurança. 24% da zero". A análise matemática da referida pesquisa nos permite certos questionamentos, que colocam em dúvida o resultado do levantamento. Senão vejamos: se 24%, ou seja, 1/4 da população, deram nota zero à Segurança Pública do Estado de Goiás, a porcentagem daqueles que opinaram e deram nota superior a zero para a Segurança Pública de Perillo, foi de 76%. Se a média final, incluindo os 24% que deram zero, como apregoado pela pesquisa, foi 5, podemos inferir que a média dos 76% que opinaram teria que ser, necessariamente, 7 pontos percentuais, em se aplicando a regra de arredondamento. E considerando, numa hipótese plausível, que 50% desses 76% deram nota 5 (cinco) para a SSP-GO, necessariamente os outros 50%, dos 76%, teriam que ter dado nota 9 (nove). Teríamos que admitir que 38% dos goianos avaliaram com nota 9 a insegurança que assola Goiás. Isso é praticamente impossível diante do quadro que Goiás atravessa. Ou seja, a pesquisa SERPES, mais uma vez, não guarda verossimilhança com a realidade.

Um comentário :

  1. Cloves,
    Apesar da conta não fechar, infelizmente acredito que boa parte da população de Goiânia "acha" que os problemas da segurança pública são iguais em todo lugar. Sim, são praticamente iguais, mas não levam em conta são os números e as condições, e isso não é em todo lugar NÃO. Estou decepcionado, triste e inconformado com essa forma de pensar de muita gente aqui em Goiás. Muitos dizem aqui em Goiás que para melhorar tem que mudar de país, quando na verdade basta mudar de Estado. O povo de Goiás não pode se nivelar por baixo, tem que se valorizar, não comparar o estado com regiões piores, mas sim com as melhores. É difícil engolir esse conformismo.
    Continuar com o governo Perillo é dizer que está tudo certo, e não está, não sou eu e nem você que diz isso, são os números, são os fatos, são os servidores do Estado.
    Abç.

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