Notícia veiculada hoje (22/08) no Jornal Opção, dá conta de que Marconi Perillo informou que autorizou a prorrogação do prazo para convocação dos remanescentes do último concurso da PM/GO. Esses remanescentes são aqueles homens e mulheres que ficaram acampados por 99 dias numa ilha entre o anel interno e o externo da Praça Cívica, em frente ao Palácio Pedro Ludovico, no centro de Goiânia. É a mesma turma que tentou por diversas vezes uma audiência com Perillo, mas nunca foram recebidos. Em busca da nomeação que entendem ser de direito, esse pessoal foi até o Senado, onde o orador da turma fez duras críticas ao governo de Goiás que, em detrimento desses concursados, preferiu nomear soldados temporários para preencher o quadro de polícias militares no estado de Goiás. Os chamados SIMVE, objetos de ADIN junto ao Tribunal de Justiça de Goiás, ocupam as vagas que deveriam ser daqueles que prestaram concurso público e cumpriram todas as etapas do certame. O discurso de Perillo candidato soa absolutamente eleitoreiro, haja vista já ter descartado o chamamento desse pessoal. Em coletiva à imprensa, em fevereiro de 2014, Marconi Perillo foi peremptório: "Não existe legalidade para convocar excedentes da PM". E foi além: "o que existe hoje em Goiás é a maldade de algumas pessoas que tentam confundir a cabeça da população. Eles não passaram no concurso, ele foram reprovados!" É de ser perguntar: se o Governador tinha essa convicção em fevereiro/2014, chamando de "maldade" a defesa da expectativa daquela turma, por que agora, às véspera das eleições, autorizou a prorrogação do prazo para a convocação dos excedentes da PM/GO? Isso sim é maldade. Isso sim é confundir a cabeça da população. Isso sim é demagogia. Essa estratégia de alimentar a esperança dessa turma, jogando com o sonho de milhares de pessoas, abusando da boa-fé desses homens e mulheres, sabendo que não será possível fazê-lo, tudo em troca de votos, é de uma covardia sem tamanho. Que Goiás saiba reagir a esse populismo barato.
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