O PT não digeriu as críticas do ex-governador Olívio Dutra, que defendeu as prisões de José Dirceu e José Genoino. O presidente Rui Falcão chegou a fazer uma reunião para discutir o assunto, mas a avaliação foi a de não responder por enquanto para não tumultar o partido em meio à disputa interna, sobretudo no Rio Grande do Sul, onde Jairo Jorge e Ary Vanazzi disputam a presidência do PT. A ideia é não contaminar o PED (Processo de Eleições Diretas), que será realizado neste domingo, mas o troco a Olívio está sendo preparado.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, defendeu a prisão dos petistas condenados no mensalão e disse que não crê que o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) tenha sido político.
— Funcionou o que deveria funcionar. O STF julgou e a Justiça determinou a prisão, então cumpra-se a lei —analisou Dutra.
Olivio disse ainda que respeita a história política de Dirceu e Genoíno, mas ressalvou que o passado de combate à ditadura militar não abona condutas ilícitas.
— Há personalidades que fazem política por cima das instâncias partidárias e seguem seus próprios atalhos. Respeito a biografia passada dessas figuras que lutaram contra a ditadura, mas (a corrupção) é uma conduta que não pode se ver como correta — criticou.
Um dos fundadores do PT, Olivio praticamente foi enxotado do ministério das Cidades de Lula por José Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, antes do escândalo do mensalão vir à tona. Foi demitido para abrigar na Esplanada o PP – sigla também envolvida no escândalo de corrupção. Antes de deixar o cargo, Olívio foi comer uma traíra sem espinha em um restaurante na Vila Planalto em Brasília. Pelo jeito, ficou uma atravessada na garganta.
Por: Klécio Santos
Fonte: RBS
Por: Klécio Santos
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