O Governo de Goiás comemora levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) que aponta o estado como o 2º melhor, dentre todos da Federação, em gestão e desempenho de sua Secretaria de Segurança Pública. O que quer dizer isso, realmente, ninguém sabe. E na prática o cidadão não tem o que comemorar. Denominado "Levantamento de governança de segurança pública", a pesquisa do TCU teve a intenção de avaliar como estaria sendo gerida a segurança pública do estado. Segundo esse levantamento, o Estado de Goiás tem planos estratégicos para a área da segurança. Se tem, não estão em andamento, pois o que se vê, na realidade, é um estado entregue ao banditismo. Levantamento do Instituto Sangari indica que Goiás é o 4º estado mais violento do País. A taxa de homicídios na terra do pequi chega a 44,3 mortes/100 mil habitantes. O número de crimes contra o patrimônio, só em abril/2014, foi de 16.528 roubos ou furtos, ou seja, 551 crimes por dia. Contrariando os dados do TCU, o CNJ acaba de exigir que o governo de Goiás abra vagas para menores infratores, uma vez que a situação é crítica, obrigando os juízes, inclusive, a soltarem menores infratores, por não ter onde mantê-los segregados. Logo, o Governo comemora o fato de ter respondido a contento um questionário enviado pelo TCU. A avaliação do Tribunal é meramente teórica e é possível que não exista, de fato, nenhum projeto em andamento pelo Governo de Goiás para a área da segurança pública, já que os números da violência não dão trégua e mostram uma realidade absolutamente incompatível com um estado que pudesse estar gerindo com competência a sua área de segurança pública. Não é demais lembrar que o governo de Goiás devolveu à União mais de R$ 12 milhões destinados à área da segurança pública, fato que está sendo investigado pelo MP-GO. Obviamente isso aconteceu porque não tinham projetos para a aplicação da verba e, em outros casos, como aponta o CNJ, houve irregularidades na conduta dos gestores da segurança pública em Goiás.
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