segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Joaquim Barbosa critica pretensão de Dilma consultar MP antes de anunciar ministros.

O ex-Presidente do STF, Joaquim Barbosa, criticou duramente a pretensão da Presidente Dilma Roussef, de consultar o Ministério Publico antes de nomear seu ministério para o 2º mandato. O anúncio feito por Dilma Roussef se deu durante café com jornalistas. A Presidente espera que o Ministério Público diga quem é, ou quem não é, investigado na Operação Lava Jato, que investiga provavelmente o maior escândalo de desvio de dinheiro público da república do Brasil. Em seu perfil no Twitter, Joaquim Barbosa mostrou-se incrédulo quanto a pretensão de Dilma: "que degradação institucional! Nossa presidente vai consultar órgão de persecução criminal antes de nomear um membro do seu governo!!", disse Barbosa como quem não acredita que a formação de um ministério de uma nação precise passar pelo crivo do MP para saber quem está enrolado ou não com o malfeito na Petrobrás. Noutro ponto, o Ministro que deu cara à Justiça brasileira, anotou: "há sinais claros de que a chefe do Estado Brasileiro não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise". Lecionando sobre as atribuições do Ministério Público, Joaquim Barbosa tuitou: "Ministério Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo, não para assessorá-lo" e pergunta: "onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: "Ministério Público não é órgão de assessoria!!!" Como se vê, a formação do Ministério de Dilma Roussef está condicionado não a probidade do candidato, mas as chances desse indivíduo ser preso ou não.

Um comentário :

  1. Entendo que a simples dúvidas quanto a probidade do sujeito o afasta de qualquer possibilidade de assumir um cargo de tamanha magnitude no âmbito da administração pública. Diferentemente da presunção de inocência, que persiste até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, a moralidade pública requer a inquestionável e ilibada moral do sujeito, sobre ele não podendo haver dúvidas quanto a sua honestidade.

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